A foto acima mostra um homem de 69 anos. Não é Photoshop:
metade do seu rosto parece, realmente, bem mais velha que a outra metade. Como
isso aconteceu?
Por conta de seu trabalho como entregador, esse senhor
passou 28 anos de sua vida fazendo certas rotas dirigindo um caminhão e expondo
mais seu lado esquerdo do rosto ao sol. Os raios ultravioleta do sol refletiam
em sua janela e atingiam a sua pele em maior quantidade do lado esquerdo, o que
provocou envelhecimento cutâneo, ou fotoenvelhecimento.
Você já deve ter ouvido falar mil vezes da importância de
usar protetor solar. Sua mãe já deve ter brigado com você por esse motivo, e
você já provavelmente já ficou vermelho como um pimentão por conta do sol,
ardendo tanto quanto. Também provavelmente sabe que essa exposição desprotegida
ao astro-rei pode causar câncer de pele.
Se nada disso lhe convenceu o suficiente a se cuidar,
quem sabe o exemplo desse caminhoneiro seja o empurrãozinho que faltava.
Afinal, quando mexe com a aparência ou com dinheiro, as coisas parecem ter mais
impacto na sociedade atual.
Esse caso em particular foi estudado pelos
dermatologistas Jennifer R.S. Gordon e Joaquin C. Brieva, da Universidade
Northwestern (EUA). Segundo eles, o caminhoneiro possui uma condição chamada de
fotoenvelhecimento (dermatoheliosis unilateral), resultante da exposição
crônica aos raios UVA e UVB do sol.
A radiação ultravioleta faz parte da luz solar que atinge
a Terra. Ela tem três tipos, A, B e C, e apenas os dois primeiros atingem nosso
planeta. Ao penetrar na nossa pele, esses raios (UVA e UVB) desencadeiam
reações imediatas como queimaduras solares, alergias (desencadeadas pela luz
solar) e bronzeamento.
A longo prazo, também podem provocar o envelhecimento
cutâneo (o fotoenvelhecimento) e alterações celulares que, através de mutações
genéticas, podem levar ao câncer da pele.
E, se você acha que está seguro desses raios por enquanto
por que estamos no inverno, está muito enganado. A maior parte do espectro
ultravioleta, a radiação UVA, possui intensidade constante durante todo o ano,
atingindo a pele praticamente da mesma forma durante o inverno e o verão, e
sendo a principal responsável pelo fotoenvelhecimento.
Fugir do sol para se bronzear em câmaras artificiais
também é uma péssima escolha: o UVA está presente nessas câmaras muitas vezes
em doses mais altas do que na radiação proveniente do sol.
O UVB, por outro lado, é mais incidente no verão,
especialmente nos horários entre 10 e 16 horas, quando a intensidade dos raios
atinge seu máximo. Por isso precisamos ter cuidado especial no verão: os raios
UVB, apesar de penetrarem superficialmente, são os principais responsáveis
pelas alterações celulares que predispõem ao câncer da pele.
O fotoenvelhecimento
A expressão fotoenvelhecimento é usada hoje em dia para
caracterizar alterações causadas pelo sol em nossa pele, como rugas, manchas,
asperezas, etc. Foi o que os dermatologistas viram no rosto do caminhoneiro: um
engrossamento e enrugamento gradual da pele do lado esquerdo por conta da
exposição solar.
Não sei se você sabia disso, mas não é o processo de
envelhecer em si que altera nossa pele. O processo que a danifica é o sol! Ele
é o responsável por essa aparência “velha” de uma pele, que pode deixar alguém
parecendo ter bem mais idade do que realmente tem.
Toda a exposição que temos ao sol no nosso dia-a-dia,
andando de carro, caminhando, praticando esportes, etc, é o que altera e
envelhece nossa pele. Por exemplo, confira duas simulações, que, com muita
dificuldade, mas usando nossas melhores habilidades como usuários do Paint,
conseguimos criar para vocês visualizarem a diferença que o sol causa na nossa
pele.
O melhor conselho que já foi inventado até hoje
permanece: use protetor solar.
Hypescience.com.
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