Há mais de dois anos, a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) proíbe o uso de câmaras de bronzeamento artificial no
Brasil. Isso significa que, não se pode, em território nacional, importar,
vender, alugar, doar ou usar estes equipamentos que aceleram um processo
realizado naturalmente pela ação solar.
Os argumentos para esta proibição são simples. De acordo
com um estudo da Agência Internacional para Pesquisas sobre Câncer (IARC, na
sigla em inglês), no qual a Anvisa se baseou, fazer uso desta máquina, que parece
um caixão com iluminação interna, aumenta em 75% as chances de melanoma.
Carro-chefe da preocupação dos médicos cancerologistas, o
melanoma é
o mais grave entre os tipos de câncer de pele, pois é
sempre maligno (ou seja, as células que ativam o tumor são degenerativas e a
doença progride muito mais rapidamente). Quase 6 mil brasileiros faleceram
devido a este câncer em 2010.
O dado mais alarmante, no entanto, não é sobre a doença
em si, mas em relação à faixa etária mais atingida: jovens de até 30 anos.
Outra informação: de acordo com a clínica americana Mayo (uma das mais
badaladas do mundo, inclusive nos quesitos que dizem respeito à estética), a
taxa de mulheres atingidas é quatro vezes superior à de homens.
O vínculo entre tais números, conforme a própria clínica
apurou, está ligado ao bronzeamento artificial. Meninas, em sua maioria, que
não se assustaram com a cena horripilante do filme “Premonição” (Final
Destination, em inglês, no qual duas garotas morrem queimadas vivas em um
acidente no equipamento), correm o risco de uma morte menos violenta, mas
igualmente perigosa.
E porque as câmaras de bronzeamento são ainda mais
perigosas que tomar sol sem proteção? Pela mesma razão: radiação Ultravioleta
(UV). Os raios UV, tão temidos pela população, são também a base da máquina de
bronzeamento artificial.
Por essa razão, os médicos recomendam cuidado: seja sob
raios solares ou dentro da câmara, o bronzeamento não oferece 100% de
segurança. Em uma visão alarmante, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma
que a obsessão pela pele morena é tão cancerígena quanto cigarros, gás de
mostarda, além de elementos químicos perigosos como plutônio e arsênio, usados
em usinas nucelares. Será que vale a pena?
Hypescience.com
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