Os testes mostraram uma
redução do número de bactérias sobre a superfície de 96,7% em comparação com os
revestimentos à base de prata usados nos catéteres atualmente.[Imagem:
University of Nottingham]
Biofilmes
Cientistas descobriram uma nova classe de plásticos que
não permite a adesão de bactérias.
Esses novos materiais poderão ajudar a reduzir
significativamente as infecções hospitalares e problemas em equipamentos
médicos.
As bactérias formam colônias, conhecidas como biofilmes,
que afetam diversos equipamentos médicos, como catéteres venosos e urinários,
além de recobrir áreas comuns, do chão ao teto, passando por camas e outros
mobiliários.
Essas comunidades bacterianas protegem os microrganismos
contra as defesas naturais do organismo, contra os antibióticos e contra materiais
de limpeza.
Plástico antibacteriano
Os pesquisadores da Universidade de Nottingham, na
Grã-Bretanha, criaram um revestimento de polímero - uma espécie de plástico -
que impede a fixação das bactérias e, por decorrência, a formação dos temidos
biofilmes.
"Este é um grande avanço científico. Nós descobrimos
um novo grupo de materiais estruturalmente similares que reduzem dramaticamente
a fixação de bactérias patogênicas, como Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus
aureus e Escherichia coli," diz o Dr. Morgan Alexander, coordenador da
pesquisa.
Os materiais foram descobertos com a ajuda de uma nova
técnica de rastreamento, desenvolvido no MIT (EUA), que permite a comparação
das características de vários tipos de materiais.
"Nós analisamos milhares de materiais utilizando
esta abordagem de alto rendimento, levando à descoberta de novos materiais
resistentes à fixação bacteriana. Isto não poderia ter sido feito utilizando
técnicas convencionais," disse o pesquisador.
Melhor que prata
Os novos plásticos inibem a formação do biofilme em seu
estágio inicial, quando uma bactéria individualmente tenta se fixar.
Os testes mostraram uma redução do número de bactérias
sobre a superfície de 96,7% em comparação com os revestimentos à base de prata
usados nos catéteres atualmente.
O material também foi eficaz contra as bactérias em um
modelo de infecção em implantes, usando camundongos.
Sendo possível evitar a fixação da bactéria, o próprio
sistema imunológico pode matar os indivíduos, antes que eles tenham a
oportunidade de formar biofilmes.
Diário da saúde.
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