Colesterol genético
Pesquisadores do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia
revelaram que o efeito genético do colesterol alto é bastante baixo.
Depois de analisar o histórico familiar de 100 crianças e
adolescentes, com idade entre 5 e 17 anos, constatou-se que a alta taxa de
colesterol tinha ligação com a genética em apenas 30% dos casos.
A pesquisa revelou que 8% das crianças têm uma taxa
elevada de LDL (colesterol ruim) e 45% delas apresentam HDL (colesterol bom) em
níveis abaixo do padrão.
Descoberto lado mau do "bom colesterol"
Colesterol ruim não é tão ruim quanto se pensa
Colesterol e alimentação
De acordo com a nutricionista do instituto, Renata Alves,
a alimentação controlada ajuda a regular as taxas de colesterol nas crianças
com predisposição genética, mas isso não impede que elas possam apresentar
níveis acima do normal.
"Eu mesma já vi crianças de 3 anos de idade com
colesterol muito alto e que a alimentação não era necessariamente ruim",
disse.
Quando apenas um dos pais tem colesterol alterado, conta
a nutricionista, existe o risco de transmissão pela carga genética. Se o pai e
a mãe apresentam a elevação, as chances aumentam.
Em casos de casamento entre primos, a predisposição é
ainda maior. "A família carrega a carga genética e é muito provável que a
criança venha a ter também", explica.
"Bolinhas de gordura"
A pesquisadora explica que a maior parte do colesterol é
produzida no organismo e que o risco de a criança tê-lo em altos níveis não
está simplesmente relacionado à quantidade de gordura corporal. "É mais a
capacidade do organismo de fabricar e utilizar esse colesterol", disse.
Quanto aos sinais, eles são praticamente inexistentes nas
crianças.
Segundo a nutricionista, aparecem apenas quando as taxas
já chegaram a níveis muito elevados e se manifestam como "bolinhas de
gordura" ao redor dos olhos ou nas articulações.
O tratamento, conforme a avaliação do médico, pode variar
do uso de remédios ao simples controle da alimentação, que, no entanto, se
mostrou inadequada em 87% das crianças avaliadas pela pesquisa.
Colesterol
O colesterol ajuda na formação de uma capa protetora nos
nervos e na produção da vitamina D, da bile e de hormônios.
A maior parte (cerca de 70%) é produzida pelo fígado e o
restante vem da ingestão de alimentos.
Em excesso, o colesterol contribui para o entupimento das
artérias, impedindo a passagem do sangue, e torna-se fator de risco para
doenças cardiovasculares.
O HDL (colesterol bom) reduz o risco de acúmulo de placas
de gordura. O LDL (colesterol ruim) deposita gordura nas artérias e dificulta o
fluxo sanguíneo.
Diário da saúde.
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