Sete tratamentos para
disfunção erétil que melhoram sua vida sexual
Problema atinge quase
metade da população masculina com idades entre 40 e 80 anos.
Pouco se fala sobre a
disfunção erétil, mas, recentemente, o assunto ganhou destaque graças à
divulgação de um procedimento cirúrgico peniano pouco conhecido ao qual o
jornalista esportivo Jorge Kajuru se submeteu. Nos mais jovens, a principal
causa da impotência costuma ser a ansiedade, enquanto doenças crônicas como
diabetes, colesterol descontrolado, hipertensão, obesidade, sedentarismo e
tabagismo estão relacionados a episódios de impotência nos homens com mais
idade. "A disfunção erétil atinge quase 50% dos brasileiros com idades
entre 40 e 80 anos", afirma o urologista Geraldo de Faria, diretor do
Departamento de Sexualidade Humana da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
Diante da alta incidência
do problema, entretanto, a busca por ajuda médica ainda é bastante tímida.
Constrangidos com a situação, homens esperam de três a cinco anos para agendar
uma consulta com um especialista, de acordo com o urologista. Segundo ele,
esperar é perder tempo. "A medicina avançou muito nesta área, sendo
possível afirmar que, hoje em dia, só tem disfunção erétil quem quer",
afirma. A seguir, listamos sete tratamentos para a impotência.
Medicamentos orais
Medicamentos orais são
sempre a primeira opção de tratamento da disfunção erétil, desde que o paciente
não apresente lesões nas artérias do pênis ou alguma contraindicação quanto às
substâncias presentes nas fórmulas. "Eles melhoram o fluxo sanguíneo para
o pênis, o que favorece a ereção", afirma o urologista Conrado Alvarenga,
do Grupo de Disfunção Sexual do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
da USP. Eles devem ser ingeridos com estômago não muito cheio, por volta de uma
a duas horas antes da relação sexual e variam quanto ao tempo de ação e
potência máxima.
Medicamentos de ação
prolongada, por exemplo, podem agir por até 36 horas. Isso não significa que o
homem terá uma ereção de 36 horas, mas que durante esse período ele conseguirá
ter ereções se for estimulado sexualmente. A obrigação de tomar o remédio antes
de ter a relação, entretanto, incomoda alguns homens por atrapalhar a espontaneidade
do momento. Nestes casos, o profissional pode receitar uma dosagem diária do
medicamento, como se fosse um tratamento contínuo. Os principais efeitos
colaterais são dor de cabeça, rubor, sensação de nariz entupido e taquicardia.
Ao sinal desses ou de quaisquer outros sintomas, o médico deverá ser informado.
Injeção intra-cavernosa
Se os medicamentos via
oral não surtirem efeito ou forem contraindicados, o especialista partirá para
a segunda opção de tratamento: injeção intra-cavernosa. A vantagem do método é
o fato de o medicamento agir cerca de quinze minutos depois da aplicação. Além
disso, neste caso não é necessário qualquer estímulo para que o homem tenha a
ereção. "A substância injetada estimula a circulação e promove a dilatação
das artérias no local, o que aumenta o fluxo sanguíneo no pênis levando à
ereção", afirma o urologista Geraldo. O tempo de duração da ereção varia
de acordo com a dose injetada, o que é estabelecido na consulta com o médico.
Embora eficaz, o
tratamento nem sempre é bem aceito pelos pacientes. "Algumas pessoas têm
pavor de agulha", afirma o urologista Geraldo. "Imagine, então, se
ela precisar ser introduzida no pênis". O especialista ressalta ainda que
indivíduos com dificuldade de visualizar o pênis ou doenças que gerem tremores
nas mãos devem solicitar auxílio do parceiro para a aplicação. Os efeitos
colaterais da injeção intra-cavernosa se restringem a alergias a alguma das
substâncias presentes no medicamento.
Prótese peniana maleável
Próteses penianas são
intervenções cirúrgicas e, portanto, tratamentos mais complexos do que a
ingestão de medicamentos ou injeções. Assim, eles ocupam o terceiro lugar na
escala de opções para o paciente com disfunção erétil. O tipo maleável é o mais
simples e mais em conta. "O médico introduz uma
haste metálica envolvida em silicone no pênis do paciente, o que faz com que
ele fique rijo o suficiente para a penetração 100% do tempo", explica o
urologista Geraldo. Na hora da relação, basta elevar o pênis.
A cirurgia de prótese
peniana maleável dura cerca de uma hora e ele já pode sair do hospital 24 horas
após a intervenção com um curativo compressor para evitar hematomas e para
manter o pênis para baixo, facilitando a ida ao banheiro, por exemplo. Nos dias
que se seguem, há um incômodo natural da cirurgia, mas nenhuma dor aguda.
A vida sexual, por sua
vez, pode ser retomada 30 dias depois da alta. Vale reforçar que esta é uma
ereção completamente artificial. Mas, segundo o urologista, costuma
proporcionar maior satisfação ao paciente do que os medicamentos ou a injeção.
O único cuidado do homem é na hora de "acomodar" o pênis. Já que ele
está ereto o tempo inteiro, ele pode precisar de cuecas especiais para
disfarçar o volume.
Prótese peniana inflável
Diferente da prótese
peniana maleável, a prótese inflável permite que o pênis volte ao estado de
flacidez após o ato sexual. O método inclui a introdução de cilindros infláveis
no pênis conectados a uma bombinha com líquido, que simularia o sangue,
implantada na região escrotal, como se fosse um terceiro testículo. Para
promover a ereção, basta acionar a bombinha que drenará esse líquido para o
cilindro. Após a relação, o pênis deve ser levemente pressionado para baixo
para que o líquido volte para a bombinha e ele fique novamente flácido.
A cirurgia dura cerca de
duas horas e o paciente precisa ficar hospitalizado durante um dia,
aproximadamente. Assim como na prótese maleável, atividade sexual pode ser
retomada cerca de 30 dias depois do procedimento e nenhuma atividade do dia a
dia é prejudicada. Dos dois tipos, este é o que consegue deixar o pênis mais
ereto. As vantagens, entretanto, têm seu custo. Segundo o urologista Conrado, a
prótese custa um pouco mais caro.
Terapia
"Em muitos casos, a
disfunção erétil têm como origem fatores psicológicos", afirma o urologista
Conrado. Para esses pacientes, nenhum dos tratamentos anteriores é indicado. O
melhor é consultar um terapeuta com formação em sexologia que poderá ajudar a
acabar com esse bloqueio. O problema pode começar num dia qualquer em que, por
causa da ansiedade, o homem não conseguiu ter a ereção. Se não controlar o medo
de sofrer impotência nas próximas oportunidades, a cobrança se torna cada vez
maior, o que atrapalha ainda mais seu desempenho.
Segundo o urologista
Geraldo, é comum que homens com disfunção erétil peçam indicação de um
medicamento para um colega em vez de consultar um especialista. Isso pode não
só mascarar o problema, como ainda trazer sérios problemas de saúde, caso ele
não tenha o perfil adequado para aquele medicamento.
Revascularização
A revascularização é um
procedimento indicado para um público com disfunção erétil bastante restrito.
"Ela é feita quando o paciente tem problemas nas artérias que irrigam o
pênis", explica o urologista Geraldo. O caso, entretanto, deve ser muito
bem avaliado. Fazer uma ponte de safena no coração, por exemplo, é fundamental
já que o órgão funciona 24 horas por dia. O pênis, por sua vez, passa a maior
parte do tempo inativo. Melhorar sua vascularização, portanto, pode levar à
obstrução de veias, já que o fluxo sanguíneo diminui muito quando ele está
flácido.
Bomba de vácuo
De acordo com o urologista
Conrado, as bombas de vácuo ficaram esquecidas como parte do arsenal de
tratamentos da disfunção erétil, mas vem novamente ganhando força entre
pacientes operados por câncer de próstata, funcionando como auxiliares na
reabilitação peniana. Hoje, elas são vendidas apenas em sex shops, já que
aumentam o volume do pênis. Ele consiste em um cilindro dentro do qual o pênis
é introduzido. "Por meio de um sistema de sucção, então, o ar é retirado
do cilindro, diminuindo a pressão interna", afirma. Essa pressão negativa
favorece o fluxo de sangue para dentro do pênis, o que favorece a ereção.
A bomba de vácuo é usada
no meio médico apenas em pacientes que precisaram remover a prótese peniana por
infecções ou rejeição. Durante o período que eles precisarão esperar para fazer
outra intervenção, a bomba pode ser útil impedindo que as cicatrizes deformem o
órgão.
POR LAURA TAVARES -
ATUALIZADO EM 25/09/2012 .
Foto Getty Images
minhavida.com
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