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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Diabetes pode começar no intestino


A ausência da enzima FAS (sintase do ácido graxo) permite que bactérias invadam as células saudáveis dos intestinos, criando uma inflamação que está na base da resistência à insulina e ao diabetes.[Imagem: Washington University School of Medicine]

Origem do diabetes

Cientistas da Universidade de Washington (EUA) fizeram uma descoberta surpreendente sobre a origem do diabetes.

Sua pesquisa sugere que os problemas de controle do açúcar no sangue - a marca registrada do diabetes - podem começar no intestino.

O novo estudo pode desconstruir teorias sustentadas há décadas sobre as causas e as origens da doença.

Como a insulina é produzida no pâncreas e o açúcar é armazenado no fígado, os cientistas têm procurado as causas do diabetes nesses órgãos. Mas ninguém havia prestado atenção nos intestinos.

Síntese dos ácidos graxos

Na nova pesquisa, os cientistas estudaram camundongos geneticamente modificados para serem incapazes de fazer a síntese dos ácidos graxos no intestino.

A chamada enzima FAS (fatty acid synthase) é crucial para a produção de lipídeos, sendo regulada pela insulina. Pessoas com diabetes têm defeitos na FAS.

Os camundongos sem a enzima FAS nos intestinos desenvolveram inflamação crônica no intestino, um forte previsor de diabetes.

"O diabetes pode de fato começar em seu intestino," diz Clay Semenkovich, coordenador do estudo. "Quando as pessoas se tornam resistentes à insulina, como acontece quando elas ganham peso, a FAS não funciona corretamente, o que provoca a inflamação que, por sua vez, pode levar ao diabetes."

Revestimento protetor do intestino

"Os camundongos tiveram mudanças substanciais em seu microbioma intestinal," diz Semenkovich. "Mas não foi a composição de micróbios no intestino que causou os problemas."

Em vez disso, explica o principal autor da pesquisa, Xiaochao Wei, os camundongos ficaram doentes por causa de um defeito na sintase de ácido graxo.

Os camundongos sem sintase do ácido graxo perderam o revestimento protetor do muco no intestino, que separa as células da exposição direta aos micróbios.

Isto permitiu que as bactérias penetrassem nas células saudáveis do intestino, fazendo os camundongos adoecerem.

"A sintase de ácido graxo é necessária para manter essa camada da mucosa intacta," diz Wei. "Sem isso, bactérias danosas invadem as células no cólon e no intestino delgado, gerando inflamação, e isto, por sua vez, contribui para a resistência à insulina e o diabetes."

Inflamação e resistência à insulina

A inflamação e a resistência à insulina reforçam-se mutuamente.

Substâncias inflamatórias podem causar resistência à insulina e inibir sua produção, ambos efeitos que interferem com a regulação do açúcar no sangue.

Por sua vez, sabe-se que a resistência à insulina causa inflamações.

Semenkovich e Wei dizem que é necessário muito mais estudos, mas eles sustentam que a FAS, juntamente com um componente-chave da mucosa intestinal, chamado MUC2, podem ser alvos potenciais para terapias do diabetes.

Eles agora pretendem estudar pessoas com diabetes, para ver se a FAS é alterada de forma semelhante com o que acontece nos modelos animais, gerando danos na camada de mucosa dos intestinos.
Diário da Saúde!!!

Meditação reforça conexões elétricas no cérebro inteiro


Os pesquisadores aferiram os benefícios da meditação sobre a fisiologia do cérebro usando uma nova técnica de imageamento chamada imagens por difusores de tensão.[Imagem: Chiang et al./IEEE Transactions on Medical Imaging]

Meditação contra atrofia cerebral

Dois anos atrás, pesquisadores da Universidade da Califórnia (EUA) descobriram que regiões específicas no cérebro de pessoas que praticam a meditação há muito tempo eram maiores e tinham mais massa cinzenta do que os cérebros de indivíduos não-praticantes.

Agora, o prosseguimento do estudo sugere que pessoas que meditam também têm conexões mais fortes entre as regiões cerebrais e apresentam menos atrofia cerebral relacionada com a idade.

Ter conexões mais fortes influencia a capacidade de disparar mais rapidamente sinais elétricos no cérebro.

O que é mais significativo é que a medição produz estes efeitos em todo o cérebro, e não apenas em áreas específicas.

Conectividade do cérebro

Eileen Luders e seus colegas usaram um tipo de imagem do cérebro conhecida como imagem de tensor de difusão, uma técnica relativamente nova que fornece informações sobre a conectividade estrutural do cérebro.

Eles descobriram que as diferenças entre os meditadores e os não-meditadores não estão confinadas a uma região particular do cérebro, mas envolvem grandes redes, que incluem os lobos frontal, parietal, temporal, occipital, além do corpo caloso anterior, estruturas límbicas e o tronco cerebral.

"Nossos resultados sugerem que quem pratica meditação há muito tempo tem fibras da massa branca que são mais numerosas, mais densas ou mais distribuídas em todo o cérebro," disse Luders. "Também descobrimos que o declínio normal do tecido relacionado à idade é consideravelmente reduzido nos praticantes de meditação."

Mudanças no cérebro induzidas pela meditação

"É possível que meditar ativamente, especialmente durante um longo período de tempo, induza mudanças em um nível micro-anatômico," diz Luders.

Como consequência, afirma a pesquisadora, a robustez das conexões entre as fibras nervosas dos meditadores pode aumentar e, eventualmente, levar aos efeitos macroscópicos vistos com a nova técnica de imageamento cerebral.

"E a meditação pode causar alterações na anatomia do cérebro não apenas por uma indução no crescimento, mas também impedindo sua redução," disse Luders.

"Ou seja, se praticada regularmente ao longo de anos, a meditação pode retardar a atrofia cerebral relacionada ao envelhecimento, eventualmente afetando positivamente o sistema imunológico," conclui a pesquisadora.
Diário da Saúde!!!

Medicina moderna está transformando idosos saudáveis em pacientes.


Idade não é doença

Michael Oliver, professor emérito de Cardiologia da Universidade de Edinburgo, na Escócia, publicou um artigo no renomado British Medical Journal  no qual ele faz um alerta preocupante: a medicina moderna está transformando idosos saudáveis em pacientes.

Segundo o pesquisador, muitas pessoas acima dos 75 anos de idade estão recebendo prescrições de pílulas para pressão alta, ou diabetes, ou colesterol alto, com pouca ou nenhuma consideração quanto aos benefícios reais para o indivíduo.

Ações preventivas na terceira idade

Ele acredita que ações preventivas possam ser irrelevantes ou mesmo danosas para pacientes na terceira idade.

Por exemplo, cerca de 75 pessoas idosas com hipertensão branda estão sendo tratadas para evitar que uma delas apenas tenha um derrame. Desta forma, as outras 74 estarão condenadas a fazer o tratamento pelo resto de suas vidas, sem necessidade.

Pressão sem fim das indústrias farmacêuticas

O Dr. Oliver atribui essa tendência a muitas causas, incluindo a interpretação entusiástica e não-crítica dos guias médicos, às diretrizes governamentais para a saúde e à pressão sem fim das indústrias farmacêuticas - sobre este assunto, veja também a reportagem Indústria de medicamentos controla jornais e sociedades científicas).

Em vez de fazer exames e investigar as causas possíveis do problema, a regra é dizer à pessoa que ele ou ela tem pressão alta e que isto deve ser tratado, diz o Dr. Oliver. Ainda que as evidências reais dos benefícios de tratar qualquer fator de risco em pessoas acima dos 75 anos de idade exija uma consideração muito mais cuidadosa quando aplicada a cada indivíduo em particular.

Sobretratamento desnecessário

O pesquisador sugere que os guias de procedimentos médicos não sejam considerados como mandamentos e que o equilíbrio entre os riscos do tratamento e os riscos do não-tratamento sejam totalmente explicados para a pessoa.

Segundo ele, até mesmo exigências burocráticas para o preenchimento das documentações nos hospitais estão levando a um excesso de diagnóstico e a um sobretratamento desnecessário, além da ansiedade gerada nas pessoas em vistas desses diagnósticos.
Diário da Saúde.

Idosos têm o maior índice de satisfação com a vida


Envelhecer é bom

Depois de décadas de culto à juventude, parece que a sociedade ocidental decidiu que envelhecer é algo ruim.

Contudo, um estudo após o outro, vem demonstrando que a terceira idade  pode ser a época mais feliz da vida.

Ao examinar as complexas inter-relações entre o envelhecimento e os fatores que levam à depressão, cientistas descobriram que os idosos têm muito menos emoções negativas do que a média da população.

Em comparação com outras faixas etárias, os idosos saudáveis apresentam a maior satisfação geral com a vida e, com isso, estão menos sujeitos à depressão.

Forma de pensar

A pesquisa mostra que há diferenças na forma de pensar das pessoas nas diversas faixas etárias que influenciam o surgimento da depressão.

Quem cultiva pensamentos negativos, ou preocupações excessivas, tende a se fixar em seus problemas, sem tomar uma atitude.

Isso intensifica os humores negativos, podendo levar ao surgimento da depressão.

Os cientistas pediram que mais de três centenas de pessoas, com idades entre 15 e 87 anos, avaliassem seus pensamentos negativos, bem-estar pessoal e comportamentos depressivos.

O maior indicador de uma insatisfação geral com a vida foram os pensamentos negativos, ou "preocupações cultivadas".

Não esquente a cabeça

O grupo que menos esquenta a cabeça está na faixa dos 63 anos de idade e acima.

Esse grupo cultiva menos seus pensamentos negativos e, por conseguinte, tem um melhor índice de satisfação geral com a vida.

Além de encorajar aqueles que já estão entrando na terceira idade, os cientistas afirmam que os resultados do estudo mostram que o tratamento da depressão na terceira idade não pode ser feito com as mesmas terapias usadas para as outras faixas etárias, porque as causas da depressão são diferentes nos diversos grupos.

Medicina moderna está transformando idosos saudáveis em pacientes
O trabalho foi liderado por Stefan Sutterlin, na Universidade de Luxemburgo, e publicado no periódico científico Journal of Aging Research.
Diário da Saúde.

sábado, 12 de maio de 2012

Exercícios protegem contra disfunção erétil


Sexo e coração

Uma atividade física mais intensa está associada com uma melhor função sexual em homens com menos de 40 anos.

O estudo comparou a prática de exercícios físicos e função erétil em homens saudáveis entre 18 e 40 anos de idade.

Estudos anteriores indicaram que a disfunção erétil está correlacionada com maior risco de ataque cardíaco.

O que os cientistas queriam era encontrar um mecanismo que pudesse atuar sobre os dois efeitos conjuntamente, ou seja, tanto sobre a disfunção erétil, quanto sobre o risco cardíaco.

Eles parecem ter conseguido mais do que isso.

Exercícios mais fortes

Os resultados apontam que a solução pode estar em níveis mais intensos de atividade física - mais do que apenas uma caminhada leve.

Ocorre que as atividades físicas estão correlacionadas com um bem-estar muito mais generalizado, incluindo o combate a condições como obesidade e diabetes.

"Nós esperamos que o diagnóstico precoce da disfunção erétil ajude a motivar os homens jovens a assumir um estilo de vida saudável em uma base consistente," afirma o Dr. Wayland Hsiao, da Universidade Emory (EUA).

Isso redundaria não apenas na solução do problema específico da disfunção erétil, como também de uma série de outros, sobretudo da diminuição do risco cardiovascular.

Disfunção erétil

O estudo mostrou taxas elevadas de disfunção erétil em homens sedentários abaixo dos 40 anos de idade.

Contudo, o problema foi largamente solucionado com um nível de exercícios físicos mais intenso e regular.
Diário da Saúde.

Calorias demais dobram risco de perda de memória


Déficit cognitivo leve

Uma nova pesquisa sugere que consumir entre 2.100 e 6.000 calorias por dia pode dobrar o risco de perda de memória.

A perda de memória, ou déficit cognitivo leve, foi observado entre pessoas com 70 anos ou mais.

O déficit cognitivo leve é o estágio entre a perda de memória normalmente atribuída ao envelhecimento e os primeiros sinais da doença de Alzheimer.

"Nós observamos um padrão de dose-resposta, o que significa, em termos mais simples, quanto maior a quantidade de calorias consumidas a cada dia, maior o risco de déficit cognitivo leve," disse a Dra. Yonas Geda, da Clínica Mayo (EUA).

Ingestão de calorias

O estudo envolveu 1.233 pessoas, com idades entre 70 e 89 e livres de demência. Nesse grupo, 163 apresentaram o déficit cognitivo leve.

Os participantes relataram a quantidade de calorias que comiam ou bebiam em um questionário alimentar. Eles foram divididos em três grupos iguais, com base em seu consumo calórico diário.

Um terço dos participantes consumia entre 600 e 1.526 calorias por dia, um terço entre 1.526 e 2.143 e um terço consumia entre 2.143 e 6.000 calorias por dia.

As probabilidades de se ter déficit cognitivo leve mais do que duplicaram para aqueles no grupo de maior ingestão de calorias em comparação com aqueles do grupo de menor consumo de calorias.

Lembre-se de não comer demais

Os resultados foram os mesmos após o ajuste para o histórico de diabetes, acidente vascular cerebral, nível educacional e outros fatores que podem afetar o risco de perda de memória.

Não houve diferença significativa no risco para o grupo do meio.

"Cortar calorias e comer alimentos que compõem uma dieta saudável pode ser a maneira mais simples para evitar a perda de memória à medida que envelhecemos," disse Geda. 
Diário da Saúde.

Envelhecer não causa perda de neurônios


Trabalho feito por cientistas da USP mostra que animais idosos não apresentam redução do número de neurônios e que células nervosas continuam se dividindo na velhice. [Imagem: Ag.Fapesp]

Dogmas científicos

Mais um dos grandes dogmas da neurociência está caindo por terra rapidamente.

O primeiro foi o de que o cérebro humano teria um número "definitivo" de neurônios, e só faria perdê-los ao longo da vida.

Hoje, essa ideia já foi superada pelos estudos que lidam com a plasticidade do cérebro humano. Já se sabe até mesmo que mudanças no cérebro podem ser induzidas voluntariamente.

Mas dogmas são difíceis de morrer, e havia restado um resquício dessa ideia: a noção de que os neurônios morrem conforme a pessoa envelhece.

Cientistas brasileiros estão ajudando a enterrar também essa ideia.

Sistema nervoso autônomo periférico

Os pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) demonstraram que, diferentemente do que se afirmava até agora, não há uma redução do número de neurônios do sistema nervoso autônomo periférico - a parte do sistema nervoso situada nos diversos órgãos do indivíduo e fora do cérebro.

O estudo de Aliny Antunes Barbosa soma-se a uma série de trabalhos do grupo que reforçam a tese de que a idade não traz necessariamente uma redução do número de neurônios.

"Além disso, o trabalho teve o mérito de observar neurônios se dividindo em animais idosos - algo que há alguns anos era considerado impossível na literatura médica", disse o professor Antonio Augusto Coppi, coordenador da pesquisa.

De acordo com Coppi, já é possível afirmar que o envelhecimento não corresponde necessariamente a uma condenação à perda de células nervosas. Essa perda, segundo ele, era um dogma da neurociência há algumas décadas.

O estudo foi publicado no International Journal of Developmental Neuroscience.

Método tridimensional

"De 1954 a 1984, vários trabalhos indicavam que havia perda de neurônios durante o envelhecimento. Mas atribuímos essa conclusão ao método bidimensional utilizado na época para quantificar as células nervosas.

"A partir de 1984, quando um grupo da Dinamarca publicou o primeiro trabalho utilizando o método de estereologia em três dimensões chamado de 'Disector', a contagem de células em geral passou a ser muito mais acurada e precisa", explicou o pesquisador.

Desde então, a comunidade científica internacional começou a refazer os trabalhos realizados nas décadas anteriores, com resultados mais acurados, mas os estudos em geral são voltados para o sistema nervoso central.

Os trabalhos realizados na USP são voltados especificamente a neurônios do sistema autônomo periférico, procurando confirmar as conclusões dos demais estudos realizados no cérebro.

"Iniciamos essa linha de pesquisa em 2002 e esse é o sétimo trabalho internacional que publicamos sobre o tema. Estamos confirmando por meio desses estudos que o número de neurônios do sistema nervoso periférico não diminui necessariamente durante o envelhecimento. Ao contrário, na maior parte das vezes se mantém estável," disse Coppi.

Exceções

Por envolver dissecção, todos os estudos são feitos em animais.

E os resultados são desafiadores porque há algumas diferenças muito marcantes.

O grupo já realizou estudos com ratos, cobaias, cavalos, cães, gatos, capivaras, pacas, cutias e, agora, preás - incluindo estudos com modelos de doença de Parkinson e de doença de Huntington.

Com exceção das cobaias, todos os animais mostraram manutenção ou elevação do número de neurônios com a idade.

"No caso das cobaias tivemos uma redução de 21% no número total de neurônios entre os animais idosos. Não sabemos explicar as causas dessa redução.

"Em compensação, no caso do cão, houve um aumento incrível do número de neurônios em animais idosos: 1.700%", afirmou o pesquisador.

Apesar da exceção, o conjunto dos estudos mostra que a tendência na velhice é uma estabilidade ou aumento do número total de neurônios. "Esse dado por si só quebra o dogma de que o número de neurônios deveria necessariamente diminuir", afirmou.

A pergunta que fica é, se há exceções entre os animais, seria o animal humano uma exceção?

Descobertas revolucionam conhecimento do cérebro
Diário da Saúde.

Por que você acredita que seu time é o melhor?


O cérebro do torcedor "doura a pílula" da jogada do seu time no próprio processo de percepção.[Imagem: Wikimedia/Tito Martins]

Culpa do cérebro

Se você precisava de uma justificativa, ou uma desculpa, para explicar sua "certeza" que você tem que o time do seu coração é o melhor do mundo, agora você já tem uma.

O seu cérebro tem uma percepção diferente das ações dos jogadores do seu time em relação às ações dos jogadores dos times adversários.

Ou seja, o seu cérebro acredita mesmo que os jogadores do seu time são melhores.

Puxando a sardinha

Pascal Molenberghs, da Universidade de Queensland (Austrália) fez um experimento no qual jogadores de dois times faziam a mesma jogada, que era então avaliada por torcedores dos mesmos dois times.

Os resultados não deveriam surpreender quem acompanha as intermináveis discussões de torcedores: cada um puxou a sardinha para o seu lado.

Mesmo quando os jogadores dos dois times faziam os lançamentos em velocidade idêntica, os torcedores do seu time julgavam que o "seu jogador" havia feito melhor.

Engano cerebral

Enquanto olhavam as jogadas, os voluntários ficavam dentro de um aparelho de ressonância magnética.

Isso permitiu que os cientistas observassem que o viés claro no julgamento dos torcedores se origina em diferenças na atividade cerebral envolvida com a percepção, e não durante o processo de tomada de decisão.

Ou seja, não é que os torcedores achassem o lançamento do adversário melhor e então decidissem falar o contrário: o seu cérebro "doura a pílula" da jogada do seu time no próprio processo de percepção.

Preconceitos

Os pesquisadores afirmam que essa descoberta ajuda não apenas a entender os torcedores de futebol e outros esportes, como também pode ser estendido para outras situações onde as pessoas se consideram partes de um grupo.

O exemplo mais patente é o da discriminação e do preconceito, sobretudo do racismo.

Extrapolando os resultados, isso significa que as pessoas preconceituosas, que se veem diferentes, acreditarão realmente que tudo o que "os outros" fazem é pior do que o que seu próprio "time" faz.

Ainda que, claro, eles estejam errados.
Diário Saúde.

Nutriente do tomate inibe crescimento do câncer


Licopeno

Um nutriente presente em tomates cozidos retardou ou mesmo matou células do câncer de próstata.

O composto, chamado licopeno, foi estudado pela equipe da Dra. Mridula Chopra, da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido.

Os pesquisadores queriam conhecer os efeitos do licopeno sobre o mecanismo pelo qual as células cancerosas roubam o suprimento sanguíneo das células saudáveis.

Esse mecanismo é usado por todos os tipos de células de câncer, mas o licopeno tende a se acumular mais na próstata, o que fez os cientistas se concentrarem nesse tipo de tumor.

Tomates processados

O licopeno, que já se sabia ser capaz de prevenir o câncer, é responsável pela cor vermelha dos tomates.

Os testes deste estudo foram feitos in vitro, ou seja, em tubos de ensaio no laboratório, mas os cientistas querem passar logo para os testes em humanos.

Eles descobriram que o composto do tomate impede que essas células façam a conexão que elas precisam para se conectar ao suprimento de sangue saudável.

"Essa reação química simples ocorreu com concentrações de licopeno que podem ser obtidas facilmente comendo tomates processados," disse a Dra. Chopra.

Angiogênese

As células do câncer podem ficar dormentes por anos, até que seu crescimento seja disparado pela secreção de compostos químicos que iniciam o processo de sua ligação com as células endoteliais.

É esse processo que lhes dá acesso direto ao suprimento de sangue, iniciando o crescimento do tumor.

Nos experimentos, o licopeno interrompeu esse processo de ligação, sem o qual as células cancerosas não conseguem crescer.

Todas as células de câncer usam um mecanismo similar - chamado angiogênese - para se alimentar dos vasos sanguíneos saudáveis, mas os pesquisadores enfatizaram a importância desse mecanismo no câncer de próstata porque o licopeno tende a se acumular nos tecidos da próstata.

Interesses envolvidos

A pesquisa foi financiada parcialmente por uma indústria fabricante de tomates, a Heinz, depois que a Dra. Chopra publicou um estudo inicial independente mostrando um aumento significativo dos níveis de licopeno em amostras de sangue e sêmen de homens que comeram 400 gramas de tomates processados em um período de duas semanas.

A Dra. Chopra e seus colegas Simone Elgass e Alan Cooper aceitaram o financiamento da empresa com a condição de que os resultados seriam publicados quaisquer que fossem as conclusões.
Diário da saúde.

Brasileiros desenvolvem aparelho para monitorar pressão intracraniana


O equipamento já foi testado em pacientes, produzindo os mesmos resultados que os métodos tradicionais.[Imagem: Ag.Fapesp]

Dogma da Medicina

Há mais de dois séculos perdurava um dogma na medicina, conhecido como doutrina de Monro-Kellie, que afirmava que o crânio é uma estrutura óssea rígida e inextensível.

Nos últimos cinco anos, pesquisadores do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) começaram a derrubar esse paradigma, estabelecido em 1783.

Eles provaram que o aumento ou a diminuição da pressão intracraniana causa variações volumétricas lineares na caixa craniana.

E que, em função dessa pequena elasticidade da estrutura óssea, seria possível medir e monitorar a pressão interna do cérebro de pacientes com hidrocefalia, traumatismo craniano e tumores, sem a necessidade de perfurar o crânio, como fazem os equipamentos existentes atualmente.

Pressão intracraniana

Para isso, os cientistas brasileiros criaram um novo equipamento, simples e minimamente invasivo. Idealizado pelo professor Sergio Mascarenhas, o equipamento ganhou duas novas versões.

Na primeira versão, o monitoramento da pressão intracraniana exigia que se raspasse o cabelo e se fizesse uma pequena incisão na pele da cabeça do paciente, de modo a colar um sensor sobre o crânio.

Esse sensor era responsável por registrar a deformação óssea, que é proporcional à pressão interna do cérebro.

Na nova versão, não é preciso sequer cortar o cabelo do paciente. "Basta colocar o sensor sobre o couro cabeludo para realizar o monitoramento", afirmou.

Faixa cerebral

Batizado de Brain Strap, o equipamento consiste em uma faixa de 10 centímetros de largura, para ser colocada em volta da cabeça do paciente.

O equipamento já foi testado em pacientes com traumatismo cerebral, no diagnóstico e acompanhamento de pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) - que aumenta o volume interno do cérebro e a pressão intracraniana -, e no diagnóstico de morte encefálica, quando desaparece a pressão intracraniana, além de epilepsia.

Outras possíveis aplicações do equipamento estão em farmacologia, para medir os efeitos de drogas que atuam sobre desequilíbrios químicos do cérebro que alteram a pressão intracraniana - como a enxaqueca - e em veterinária, para medir a pressão intracraniana de animais de grande porte, como boi e porco, de modo avaliar a presença de encefalite - que aumenta o encéfalo e a pressão intracraniana.
Diário da saúde.

Consumo de açúcar deve ser controlado como cigarro e álcool


Doce demais

Se os governos querem cuidar da saúde pública, então as autoridades deveriam controlar o consumo de açúcar da mesma forma que controlam o consumo de cigarro e de álcool.

A afirmativa contundente é de um grupo de três cientistas da Universidade da Califórnia (EUA), em um artigo publicado nesta quinta-feira na conceituada revista Nature.

Segundo as Nações Unidas, as doenças infecciosas foram superadas no mundo, pela primeira vez na história, pelas doenças não-transmissíveis.

E, segundo os cientistas, o açúcar está alimentando uma epidemia global de obesidade e contribuindo para 35 milhões de mortes todos os anos, causadas por doenças não-transmissíveis, como diabetes, doenças do coração e câncer.

Controle brando

Robert Lustig, Laura Schmidt e Claire Brindis afirmam que os efeitos danosos do açúcar no organismo humano são semelhantes aos promovidos pelo álcool e que, por isso, seu consumo também deveria ser regulamentado pelas autoridades de saúde.

"Nós não estamos falando sobre proibição. Estamos falando sobre formas brandas de tornar o consumo de açúcar ligeiramente menos conveniente, mantendo assim as pessoas longe de doses excessivas," disse Schmidt.

Segundo o trio, o consumo mundial de açúcar triplicou nos últimos 50 anos.

"Todo país que adotou uma dieta ocidental, dominada por alimentos de baixo custo e altamente processados, teve um aumento em suas taxas de obesidade e de doenças relacionadas a esse problema. Há hoje 30% mais pessoas obesas do que desnutridas", destacaram eles.

Disfunção metabólica

Mas o artigo destaca que a obesidade não é o principal problema do consumo excessivo de açúcar.

"Muitos acham que a obesidade está na raiz de todas essas doenças, mas 20% das pessoas obesas têm metabolismo normal e terão uma expectativa de vida também normal.

"Ao mesmo tempo, cerca de 40% das pessoas com pesos considerados normais desenvolverão doenças no coração e no fígado, diabetes e hipertensão", explicam eles.

Além disso, a disfunção metabólica é mais prevalente do que a obesidade.

Controle do consumo de açúcar

De acordo com os autores do artigo, o cenário chegou a tal ponto que os países deveriam começar a controlar o consumo de açúcar.

A regulação poderia incluir, sugerem, a taxação de produtos industrializados açucarados, a limitação da venda de tais produtos em escolas e a definição de uma idade mínima para a compra de refrigerantes.

Cientistas descobrem por que o paladar é tão sensível ao açúcar
Mas, diferentemente do álcool ou do cigarro, que são produtos consumíveis não essenciais, o açúcar está em alimentos, o que dificulta a sua regulação.

"Regular o consumo de açúcar não será fácil, especialmente nos 'mercados emergentes' de países em desenvolvimento, nos quais refrigerantes são frequentemente mais baratos do que leite ou mesmo água," destacaram.

Comparativo entre consumo de açúcar e álcool

Veja o comparativo apresentado pelos cientistas sobre os danos à saúde causados pelo açúcar e pelo álcool.

Efeitos Mortais do Açúcar e do Álcool
Consumo excessivo de frutose pode causar muitos dos mesmos problemas de saúde que o álcool
Exposição crônica ao álcool       Exposição crônica ao açúcar
Desordens hematológicas         
Anormalidades eletrolíticas      
Hipertensão                                  Hipertensão (ácido úrico)
Dilatação cardíaca
Cardiomiapatia                            Infarto do miocárdio (dislipidemia e              resistência à insulina)
Dislipidemia                                  Dislipidemia (lipogênese)
Pancreatite                                    Pancreatite (hipertrigliceridemia)
Obesidade (resistência à insulina)        Obesidade (resistência à insulina)
Desnutrição                                  Desnutrição (obesidade)
Disfunção hepática (esteatohepatite alcoólica)       Disfunção hepática (esteatohepatite alcoólica)
Síndrome fetal alcoólica 
Vício                                              Habituação e até viciação
Fonte: Nature, Fevereiro 2012.
Diário da saúde.

Raios de ultra-som expulsam pedras nos rins sem dor


A s pedras nos rins aparecem não apenas coloridas, mas também piscando - daí o nome da técnica: "artefato cintilante".[Imagem: Francois Manson]

Pedras no espaço

Uma nova técnica para tratar pedras nos rins poderá superar as principais deficiências dos tratamentos atuais.

As pedras são detectadas com um avançado sistema de imageamento por ultra-som, baseado em um processo chamado "artefato cintilante".

Uma vez localizadas com precisão, as pedras são empurradas por um outro ultra-som altamente focalizado.

Os doutores Lawrence Crum e Michael Bailey, da Universidade de Washington, estão desenvolvendo a técnica para que ela possa ser usada até mesmo por astronautas no espaço, uma situação que exige tratamentos rápidos e seguros, e com equipamentos pequenos.

Artefato cintilante

Antes que a pedra possa ser empurrada para fora, ela precisa ser localizada. Os aparelhos comuns de ultra-som possuem um modo de imageamento em preto e branco, chamado modo B, que cria uma imagem da anatomia.

Mas esses aparelhos também têm um modo Doppler, que mostra o fluxo sanguíneo e o movimento do sangue no interior dos tecidos em cores.

No modo Doppler, as pedras nos rins aparecem não apenas coloridas, mas também piscando - daí o nome "artefato cintilante".

Ninguém sabe por que isso ocorre, mas os cientistas decidiram tirar proveito do fenômeno.

Estimativas indicam que os cálculos renais atingem 10% da população em algum momento de suas vidas.

Além de uma condição extremamente dolorosa e incapacitante, sua remoção nem sempre é simples, e o problema pode ser recorrente.

Com a nova técnica, o tratamento pode ser muito mais simples e incrivelmente rápido.

Raio de expulsão

Com as pedras localizadas, o operador pode selecionar uma por uma e disparar contra cada uma delas uma onda focalizada de ultra-som, movendo-a para a saída do rim.

A onda focalizada de ultra-som tem uma amplitude de meio milímetro, capaz de mover a pedra a uma velocidade de um centímetro por segundo.

"Nós agora podemos usar ondas de ultra-som, vindas diretamente através da pele, para empurrar pequenas pedras, ou pedaços de pedras, rumo à saída do rim, de forma que elas passem naturalmente, evitando as cirurgias," diz o Dr. Bailey.

Segundo os médicos, a nova técnica também poderá ser útil para a ablação de tumores e para interromper hemorragias internas.

Diário da saúde.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Pular o café da manha aumenta o risco de diabetes?


Um novo estudo descobriu que pessoas que não tomam café da manhã regularmente têm um risco 21% maior de desenvolver diabetes, mesmo levando em conta fatores como índice de massa corporal e qualidade do café da manhã.
Segundo uma campanha nacional do Ministério da Saúde para detectar a doença no Brasil, pelo menos 14,67% da população com mais de 40 anos pode ser diabética. Isso significa que 3 milhões dos quase 20 milhões de brasileiros testados nos centros de saúde de todo o país apresentam níveis de açúcar acima do recomendável no sangue.
Estimativas indicam que, nos próximos 25 anos, o número de diabéticos pode dobrar em todo o mundo: serão 300 milhões de pacientes.
Em face desses números devastadores, e do fato de que a diabetes é uma doença crônica que não tem cura, embora possa ser controlada, é necessário cada vez mais olhar para seu estilo de vida e alimentação para evitar desenvolver a condição.
A nova pesquisa, publicada no periódico The American Journal of Clinical Nutrition, seguiu 29.000 homens por 16 anos e mostrou que pular o café da manhã aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2 (que 2.000 dos participantes desenvolveram).
Outros estudos que também mostram essa ligação sugerem que comer bem de manhã estabiliza o nível de açúcar no sangue durante o dia, ou que consumir muitas calorias à noite aumenta os níveis de açúcar no sangue, que tem tudo a ver com a doença, caracterizada por altos níveis de açúcar no sangue.
Os benefícios do café da manhã

A nutricionista Daniela Jobst explica que, apesar de muitas pessoas acharem que não comer de manhã pode ajudar na dieta, o oposto ocorre. Ter uma alimentação balanceada que leva a perda de peso significa comer a cada 4 horas, e começar pelo café da manhã é imprescindível.
Segundo estudos, entre os benefícios do café da manhã, podemos citar:
Melhoras no humor, memória e energia para gastarmos ao longo do dia (o café da manhã nos dá mais força e resistência para nos envolvermos em atividade física, e melhora nosso humor e memória);
Evita a perda de massa muscular e o ganho de peso, e garante refeições mais balanceadas (principalmente porque nos faz comer menos em outros horários, como no almoço, já que comemos bem de manhã);
Diminui a fome durante o dia e os níveis de colesterol;
Ativa o metabolismo;
Evita o depósito de gordura localizada;
Ajuda nas atividades intelectuais (o café da manha ajuda na concentração e desempenho em sala de aula ou reuniões de trabalho, inclusive dando a adolescentes mais estímulo para resolver problemas);
Ajuda as pessoas a terem uma dieta nutricionalmente mais completa, com nutrientes, vitaminas e minerais;
Diminui os riscos de desenvolver diabetes.
Não está convencido ainda? Então simplesmente tome café da manhã porque ele é muito gostoso![NYTimes, WebMD, MinhaVida]hypes Science.

8 fatores que podem interferir no risco de diabetes

De acordo com o Ministério da Saúde brasileiro, pelo menos 14,67% da população com mais de 40 anos pode ser diabética, totalizando mais de 3 milhões de pessoas por todo o país.
E o quadro piora quando observadas as estimativas da Organização Mundial da Saúde de que, nos próximos 25 anos, o número de diabéticos pode duplicar em todo o mundo.
Hoje, no total, são 346 milhões de pacientes por todo o globo, número equivalente à soma estimada das populações da França, Alemanha e Brasil, segundo os números fornecidos pelo FactBook da Agência Central de Inteligência ianque (CIA, na sigla em inglês). Desse total, 80% dos que tem a doença vivem em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento.
Por isso, não custa tomar precauções para evitar essa doença sem cura. Confira 8 fatores que podem diminuir ou aumentar o risco de desenvolver a diabetes:
1 – TESTOSTERONA
Em homens, baixos níveis de testosterona estão intimamente ligados a um aumento no risco de desenvolver diabetes. Em pesquisa feita com camundongos, na Universidade de Edimburgo, na Escócia, descobriu-se que baixos níveis desse hormônio sexual levam a uma resistência à insulina, hormônio que controla o nível de açúcar no sangue. Essa deficiência no nível de testosterona pode, então, aumentar o risco de desenvolver diabetes do tipo 2. Além disso, esses baixos níveis hormonais também estão relacionados à obesidade.
2 – PERDA DE PESO
Estudo da Universidade de Gothenburg, na Suécia, e do Instituto Nacional para Saúde e Bem-estar, na Finlândia, afirma que diminuir cinco unidades do seu índice de massa corporal pode reduzir drasticamente o risco de desenvolver diabetes. Os resultados recolhidos em 10 anos mostram que mesmo pacientes obesos com diabetes podem se livrar da doença.
3 – CAFÉ DA MANHÃ
Estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition descobriu que aqueles que não tomam café da manhã regularmente têm um risco 21% maior de desenvolver diabetes, mesmo levando em conta fatores como índice de massa corporal e a qualidade da alimentação. Por isso, embora não possa ser curada, a diabetes pode ser evitada, e ter um bom estilo de vida, aliado à alimentação, parece ser chave.
4 – POUCA OU NENHUMA BEBIDA ALCÓOLICA
Se você parar de consumir álcool, suas chances de ter diabetes diminuem em até 39%. Essa foi a descoberta de pesquisa conduzida na Universidade da Califórnia, em San Diego, Estados Unidos, e publicada nos Anais de Medicina Interna.
5 – REFRIGERANTE
É amplamente conhecido no mundo acadêmico o fato de que refrigerantes levam à diabetes. Em pesquisa conduzida na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, 40 mil pessoas foram acompanhadas por 10 anos pelos cientistas. Os que consumiam frequente refrigerantes, 7% tinham desenvolvido diabetes.
6 – CHÁ VERDE OU VINHO (A EXCEÇÃO)
Cientistas austríacos descobriram que o vinho tinto é uma poderosa fonte de compostos antidiabéticos. Eles testaram 10 vinhos tintos e dois brancos para descobrir como os vinhos se ligavam a uma proteína chamada PPAR-gama, que regula a absorção de glicose nas células adiposas. Resultado: os tintos se ligavam facilmente à proteína. A tendência visualizada é de que 100 mililitros de vinho tinto se vincule com a PPAR-gama até quatro vezes mais que uma dose diária do remédio Rosiglitazona, utilizado como tratamento para a diabetes tipo 2. O responsável por esse efeito é o flavonóide epicatequina galato, que também está presente no chá verde.
7 – ÁGUA MINERAL
Quem já viveu na Europa sabe que comprar água mineral é mania de americanos. Lá, eles confiam na água que sai da torneira, e parecem estar redondamente certos, de acordo com pesquisa da Escola Bloomberg Johns Hopkins de Saúde Pública, nos Estados Unidos. Por quê? Segundo os cientistas, não é raro encontrar arsênico – um elemento químico venenoso e carcinogênico – na água mineral ou em outras fontes subterrâneas. O pior é que o composto é altamente solúvel e não tem sabor, cor ou odor característico. Sem falar que também pode aumentar as chances de desenvolver cânceres. O arsênico eleva 3,5 vezes sua chance de desenvolver diabetes. No Brasil, até 5 microgramas de arsênico por litro são permitidos na água potável, de acordo com a legislação, como contou o geólogo Eduardo Hinvi, que trabalha no Laboratório de Pesquisas Hidrológicas da Universidade Federal do Paraná. Segundo ele, a água mineral não é necessariamente mais saudável do que a água tratada da sua torneira. A legislação obriga que cada poço tenha um químico responsável que certifique que a água esteja dentro dos níveis seguros para ingestão humana. “O problema é que ninguém faz isso”, disse o geólogo, adicionando que o custo do procedimento pode ultrapassar R$ 2 mil.
8 – POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
De acordo com artigo do The New York Times, um estudo aponta uma forte ligação entre a diabetes e a poluição atmosférica. A pesquisa, que durou anos, baseou-se em estudos anteriores que ligaram a poluição do ar a um aumento da resistência à insulina, um precursor da diabetes. Os ianques não têm dados sobre a exposição individual de cada participante do estudo, por isso não podem provar a causalidade dessa relação, mas destacam que a poluição surgiu como um fator significativo em todos os modelos adotados pela pesquisa. Os cientistas norte-americanos descobriram que, para cada 10 microgramas por metro cúbico de partículas finas, há um aumento de 1% nas taxas de diabetes. Eles asseguram que existe um fator ambiental na causa da doença.[ScienceDailyLiveScienceHypeScienceCNNReutersTelegraphNewScientistAFP,NewYorkTimes]
  
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