Terapia de reposição hormonal
Pesquisadores da Universidade McMaster (Canadá) encontraram evidências consistentes de que o uso da terapia reposição hormonal está associado com uma maior incidência do câncer de mama.
Ao contrário de estudos anteriores, geograficamente localizados, os indicadores agora foram colhidos em nível global.
Na verdade, estudos anteriores encontraram indícios de associação da terapia de reposição hormonal não apenas com o câncer de mama, mas também com ataques cardíacos e derrames.
"A evidência é convincente de que a terapia de reposição hormonal aumenta o risco de câncer de mama, e a cessação do tratamento reduz esse risco," afirmam os pesquisadores em seu estudo, publicado no Journal of Epidemiology and Community Health.
Reposição hormonal reduzida
Segundo os pesquisadores, apesar dos alertas, tem havido uma crescente procura por parte das pacientes por medicamentos para aliviar os calores repentinos e outros sintomas da menopausa.
Depois de um alerta feita em 2002, pela Iniciativa pela Saúde da Mulher (WHI), o uso da terapia de reposição hormonal sofreu um rápido declínio, logo acompanhado de uma redução nos índices de câncer de mama em muitos países.
Contudo, a reposição hormonal continua sendo oferecida, ainda que em doses menores e por períodos mais curtos.
Último caso
"Em nosso estudo, nós examinamos todas as pesquisas que relataram câncer de mama e uso da terapia de reposição hormonal depois do alerta emitido pela WHI," conta o Dr. Kevin Zbuk, um dos autores do novo trabalho.
"Há uma evidência muito clara de que os países com elevadas taxas de [aplicação da] terapia de reposição hormonal apresentam as maiores quedas na incidência de câncer de mama depois que a terapia é suspensa," diz ele.
"Dadas as ameaças potenciais associadas com o uso da terapia de reposição hormonal, médicos e pacientes devem se lembrar das lições aprendidas com o levantamento da WHI. Se a reposição hormonal for necessária, ela deve ser feita pelo tempo mais curto possível e com a menor dose suficiente para aliviar os sintomas," conclui o pesquisador.
Diário da Saúde!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário