Ainda é um mistério por que as mulheres negras são mais propensas a morrer de câncer de mama do que as mulheres brancas. publicado 28/07/2011.
Um novo estudo mostra que essa diferença não pode ser atribuída a diferenças de obesidadeComo um todo, as mulheres negras nos EUA tendem a ser mais obesas do que as brancas e os pesquisadores acharam que isso poderia explicar por que apenas 78% delas sobrevivem cinco anos após o diagnóstico de câncer, em comparação com 90% das mulheres brancas.
Vários estudos têm ligado a obesidade a uma pior sobrevida após o câncer de mama, mas apenas alguns têm testado se essa relação varia de acordo com a raça.
O novo estudo é o mais detalhado até agora.
Os pesquisadores usaram dados coletados em um estudo anterior de câncer de mama, feito com mais de 4.500 mulheres que vivem em grandes cidades americanas. Cerca de um terço eram negras e o restante brancas.
Depois de mais de oito anos, 14% das mulheres brancas e um quarto das mulheres negras tinham morrido de câncer de mama. As mulheres foram entrevistadas sobre seu peso cinco anos antes do diagnóstico de câncer e mais do dobro de mulheres negras eram obesas em comparação com as brancas.
Mulheres obesas brancas tinham uma chance 46% maior de morrer de câncer de mama do que as que tinham um peso normal, e o risco aumentado permaneceu depois de tomar outras doenças em conta. Mas essa relação não ocorreu também com as mulheres negras.
Para os cientistas, foi uma surpresa o estudo ter mostrado uma relação entre obesidade e câncer de mama nas mulheres brancas, mas não nas negras. Isso levanta questões importantes sobre outras possíveis razões.
Alternativamente, os pesquisadores acreditam que pode haver diferenças na biologia do tumor, bem como de acesso a cuidados de saúde.
No ano passado, por exemplo, um estudo revelou que as mulheres negras e hispânicas demoram mais tempo para receber tratamento após a cirurgia de câncer de mama do que as brancas.
Pesquisas anteriores também descobriram que as mulheres negras normalmente são diagnosticadas com câncer em estágios mais avançados da doença.
Hypescience!!!
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