Os cientistas ateus querem que suas crianças conheçam as diferentes religiões para que possam tomar decisões mais bem fundamentadas sobre suas próprias preferências religiosas.[Imagem: Rice University]
Preferências religiosas
Estudos já demonstraram que as pessoas religiosas são mais felizes do que os ateus.
E, a depender de suas ações em relação aos próprios filhos, os ateus também parecem acreditar nisso.
Um novo estudo revelou que 17% dos cientistas que se declaram ateus e que possuem filhos, adotam tradições religiosas.
Uma das conclusões do estudo é que esses cientistas ateus querem que suas crianças conheçam as diferentes religiões para que possam tomar decisões mais bem fundamentadas a respeito de suas próprias preferências religiosas.
Escolha religiosa
"Nossa pesquisa mostrou o quão intimamente ligadas estão a religião e a família na sociedade - tanto que mesmo algumas das pessoas menos religiosas da sociedade acham que a religião é importante em suas vidas privadas," afirmou Elaine Howard Ecklund, da Universidade Rice (EUA).
O estudo incluiu 275 cientistas de 21 universidades de elite dos Estados Unidos, que se declararam ateus, de uma amostra de 2.198 pesquisadores.
"Nós pensávamos que essas pessoas estariam menos inclinadas a iniciar suas crianças nas tradições religiosas, mas descobrimos que é exatamente o contrário," disse a pesquisadora.
"Eles querem que suas crianças tenham escolha, e a exposição a todas as fontes de conhecimento é mais consistente com sua identidade científica," afirma.
Fontes de conhecimento
Os cientistas citaram várias razões pessoais e sociais para integrarem a religião em suas vidas.
A primeira delas foi o desejo de expor suas crianças a todas as fontes de conhecimento, o que inclui a religião, permitindo que elas façam suas próprias escolhas sobre sua identidade religiosa.
Outro fator importante foi a influência do esposo ou esposa, quando os cientistas foram levados à prática religiosa por influência do parceiro.
Por último, destaca-se o desejo de integração com a comunidade, em busca de um comportamento e de uma comunidade morais, mesmo que eles próprios não concordem com a argumentação religiosa.
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