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terça-feira, 22 de novembro de 2016

Família de alcoólicos deve ter todos os membros tratados.

Famílias alcoolistas

Uma pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP revela a necessidade de se acompanhar, até por volta de 15 anos, crianças de famílias cujos pais e maridos são alcoolistas. Além de ser uma maneira de previnir um eventual problema de alcoolismo no futuro, o estudo mostra a importância da terapia familiar como uma das estratégias que deve ser usada no tratamento do alcoolismo.

A psicóloga Joseane de Souza, autora da tese de doutorado, entrevistou três membros de cada família: a mãe, o pai e um dos filhos que estivesse na faixa etária entre 9 e 11 anos. A pesquisa foi aplicada em 14 famílias atendidas em serviços públicos de saúde para tratamento de alcoolismo na cidade de Guarapuava, no Paraná.

Afetividade entre mães e filhos

"Nesses núcleos familiares a relação entre as mães e seus filhos apresenta mais afetividade do que na relação dessas mulheres com seus maridos e desses filhos com seus pais", explica a pesquisadora.

"A relação afetiva entre mãe e filho, nesta faixa etária, tem sido positiva, pois quanto mais afetividade existe nesta relação, menos sinais de depressão e problemas de comportamento a criança apresentava. Por outro lado a literatura mostra que, nas famílias alcoolistas, os filhos mais próximos das mães acabam auxiliando-a no cuidado com o pai e os seus irmãos. O fato de assumir responsabilidade da qual ele ainda não está preparado pode predispô-los para distúrbios psicológicos na sua vida adulta."


Tratamento familiar

O objetivo do estudo longitudinal seria acompanhar o desenvolvimento dessa criança até por volta dos 15 anos (adolescência), quando começa o processo de individualização. "Não sabemos até que ponto essa relação mãe-filho será positiva, visto que constatamos nesta pesquisa que há uma repetição no padrão comportamental dessas famílias: a maioria desses pais e dessas mães apresentam um histórico de alcoolismo na família de origem", revela.

A pesquisa também aponta para a necessidade de se tratar todos as pessoas que fazem parte da família alcoolista, em razão de que a doença acaba afetando a todos da casa. Joseane explica que, de acordo com a Teoria Sistêmica da Família, desenvolvida pelo pesquisador Salvador Minuchin, quando se oferece ajuda para um membro da família, você ajuda a mudar os outros membros.

Resgate da auto-estima

"Se você resgata a auto-estima do pai, você melhora a condição do filho", aponta. "Neste estudo, percebemos que a maioria das mães entrevistadas apresentava sinais de depressão e estavam sobrecarregadas, pois muitas eram as provedoras da casa, pois o marido estava desempregado", comenta.

Em relação aos pais, a sugestão é que seja levado em conta que eles também desempenham outros papéis sociais, como homem, marido e filho. "Muitos deles tiveram dificuldades em responder aos questionários sobre os sintomas de depressão e outros comentaram que nunca haviam falado sobre a sua experiência de conviver com o pai alcoolista", relata.

A psicóloga sugere que sejam realizados estudos semelhantes com famílias de alcoolistas pertencentes às classes média e alta para comparar os resultados. Joseane ressalta que apesar de o número de famílias analisadas ter sido pequeno, os resultados do estudo foram bastante significativos.

Histórico de alcoolismo
Foram aplicados dois instrumentos para avaliar cada uma das 14 famílias. O primeiro foi o genograma, que possibilita coletar dados do histórico familiar do casal e averiguar como era o relacionamento deles com as famílias de origem (pai, mãe e irmãos). "Os pais entrevistados relataram que cuidavam da mãe quando criança. Eles contaram que havia muita violência, tanto física como psicológica, e falaram dos próprios pais com muita mágoa", conta.

Uma outra avaliação foi realizada por meio do familiograma, um instrumento, construído pelo professor Maycoln Martins Teodoro, da Universidade Unisinos, que permite constatar se há ou não conflito e afetividade na relação familiar atual. Além da grande afetividade entre mães e filhos, a pesquisadora constatou uma congruência nesses resultados, pois os filhos relataram que havia mais afetividade na relação deles com as mães do que com os pais. Ainda sobre conflito, Joseane observou que tanto na visão do pai como na da mãe, a relação do casal era muito mais conflituosa do que a relação de cada um deles com os filhos.

Segundo Joseane, a escolha da faixa etária entre 9 e 11 anos ocorreu porque é um período em que a criança já apresenta uma auto-percepção sobre si mesma e o mundo ao seu redor, e já capaz de identificar os próprios sentimentos, além de ainda não fazer uso de nenhum tipo de droga.
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/


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