FOTO COMO DOCUMENTO, FOTO COMO ARTE
Registrar um momento especial, documentar um fato noticioso, produzir
uma obra de arte, denunciar situações de exploração. O ato fotográfico
pode ser motivado por uma infinidade de provocações do mundo. Desde o
século XIX, quando a impressão de um instante num pedaço de papel
reconfigurou o papel das artes visuais, lançando a pintura na corrida
selvagem que desembocou na abstração e no novo figurativismo, passando
pelas vanguardas clássicas, a fotografia se desenvolveu como arte de
documentação do real e adquiriu status de meio de expressão estética.
A substituição do gesto artesanal do pincel pelo clique numa máquina
de espelhos e lentes, capaz de aprisionar luz, lançou as
representações do mundo em novo universo a ser explorado por
profissionais e especialistas, e, hoje, por qualquer um que possua um
aparelho celular dos mais baratos disponíveis no mercado. A
banalização do registro maquínico do real por meio do barateamento das
tecnologias de captura, projeção, transmissão e impressão de imagens
cada vez mais abundantes democratiza também a expressão de pontos de
vista sobre determinados temas em pauta nas discussões da opinião
pública.
O tema incansavelmente frisado do meio ambiente e da ecologia ganha
concretude na proposta inovadora da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro com o Ecomuseu Ilha Grande, unidade que restitui à sociedade,
sob a forma de investimentos na preservação e difusão do patrimônio
ambiental de Mata Atlântica, um espaço onde antes funcionou uma
instalação de encarceramento de presos políticos, o Instituto Penal
Candido Mendes, por onde passaram personalidades como Graciliano Ramos
e Fernando Gabeira. As pesquisas acadêmicas, o ensino de graduação e
pós-graduação e as atividades de extensão e cultura convergem num
mesmo espaço para a produção de conhecimento sobre a flora local e
sobre a história política do país.
Mentes em Ação!!!
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