Há no mínimo seis genótipos do vírus da hepatite C e a maior parte deles possuem subtipos. [Imagem: Nature/Fiocruz]
Diagnóstico da hepatite C
Diagnosticar hepatite C não é uma tarefa simples.
Primeiro, o paciente deve fazer um exame de sangue para checar anticorpos para o vírus no corpo, podendo a espera pelo resultado durar duas semanas.
Depois de confirmada a infecção, ainda é preciso saber se ela está ativa a partir de novo exame de sangue (o que pode demorar mais duas semanas) e, se o resultado novamente for positivo, é necessário identificar qual o genótipo do indivíduo e do vírus, fatores que determinam o tratamento adequado para enfermidade.
Teste para hepatite C
Em sua última edição, a revista científica britânica Nature publicou artigo que aborda o trabalho que tem sido desenvolvido por instituições de pesquisas no mundo a fim de tornar os testes para a doença mais rápidos, baratos e menos invasivos.
O Instituto Carlos Chagas (Fiocruz Paraná) recebeu destaque pelo esforço que tem realizado para simplificar o diagnóstico com teste único que avalia a infecção e define o subtipo do vírus.
"Há no mínimo seis genótipos do vírus da hepatite C e a maior parte deles possuem subtipos. No Brasil, os subtipos 1a, 1b, 2a, 2b, 2c e 3a representam quase todas as infecções. Atualmente, o teste foi desenvolvido para identificar as sequências genéticas que são comuns na maioria dos subtipos e as várias sequências que os distinguem", explica o pesquisador Marco Krieger, coordenador do estudo.
Ele acrescenta que, por causa do grande número de genótipos diferentes presentes em diversas partes do mundo, tem sido complicado desenvolver um teste que funcione universalmente.
No entanto, o método elaborado pela equipe da Fiocruz, diferente dos convencionais, pode detectar diferentes sequências numa única reação, podendo ser facilmente adaptado para determinar diferentes grupos de genótipos. "A flexibilidade do ensaio também permite adicionar novas sequências no futuro, por exemplo, as relacionadas à resistência aos medicamentos," diz o pesquisador.
Chip genético
O teste desenvolvido no Ipec faz uso de uma tecnologia intitulada microarranjo líquido, na qual pequenos pedaços de DNA são ligados a minúsculas contas de plástico ou microestruturas que flutuam nas amostras.
É similar a um chip genético que pode identificar muitas sequências de ácido nucléico simultaneamente, o que torna o teste rápido e flexível ao mesmo tempo.
O artigo ainda aponta que o diagnóstico da doença é apenas uma parte do problema.
A hepatite C é muitas vezes uma infecção silenciosa, na qual os sintomas não se desenvolvem por mais de 20 anos. Estima-se que menos da metade das pessoas infectadas pela doença tem ciência desta e, por isso, não procuram auxílio médico ou realizariam o teste. Isso não é um problema se a doença não progride, mas pode ser fatal em alguns casos.
O desafio é desenvolver programas para identificar o vírus nessas pessoas. "Não importa o quanto seu tratamento é bom se a maior parte das populações afetadas ainda não foi diagnosticada", comenta no artigo o pesquisador Gregory Dore, da Universidade de Nova Gales do Sul, em Sidney, na Austrália.
Com informações da Fiocruz!!!
Diário da Saúde!!!
Diagnóstico da hepatite C
Diagnosticar hepatite C não é uma tarefa simples.
Primeiro, o paciente deve fazer um exame de sangue para checar anticorpos para o vírus no corpo, podendo a espera pelo resultado durar duas semanas.
Depois de confirmada a infecção, ainda é preciso saber se ela está ativa a partir de novo exame de sangue (o que pode demorar mais duas semanas) e, se o resultado novamente for positivo, é necessário identificar qual o genótipo do indivíduo e do vírus, fatores que determinam o tratamento adequado para enfermidade.
Teste para hepatite C
Em sua última edição, a revista científica britânica Nature publicou artigo que aborda o trabalho que tem sido desenvolvido por instituições de pesquisas no mundo a fim de tornar os testes para a doença mais rápidos, baratos e menos invasivos.
O Instituto Carlos Chagas (Fiocruz Paraná) recebeu destaque pelo esforço que tem realizado para simplificar o diagnóstico com teste único que avalia a infecção e define o subtipo do vírus.
"Há no mínimo seis genótipos do vírus da hepatite C e a maior parte deles possuem subtipos. No Brasil, os subtipos 1a, 1b, 2a, 2b, 2c e 3a representam quase todas as infecções. Atualmente, o teste foi desenvolvido para identificar as sequências genéticas que são comuns na maioria dos subtipos e as várias sequências que os distinguem", explica o pesquisador Marco Krieger, coordenador do estudo.
Ele acrescenta que, por causa do grande número de genótipos diferentes presentes em diversas partes do mundo, tem sido complicado desenvolver um teste que funcione universalmente.
No entanto, o método elaborado pela equipe da Fiocruz, diferente dos convencionais, pode detectar diferentes sequências numa única reação, podendo ser facilmente adaptado para determinar diferentes grupos de genótipos. "A flexibilidade do ensaio também permite adicionar novas sequências no futuro, por exemplo, as relacionadas à resistência aos medicamentos," diz o pesquisador.
Chip genético
O teste desenvolvido no Ipec faz uso de uma tecnologia intitulada microarranjo líquido, na qual pequenos pedaços de DNA são ligados a minúsculas contas de plástico ou microestruturas que flutuam nas amostras.
É similar a um chip genético que pode identificar muitas sequências de ácido nucléico simultaneamente, o que torna o teste rápido e flexível ao mesmo tempo.
O artigo ainda aponta que o diagnóstico da doença é apenas uma parte do problema.
A hepatite C é muitas vezes uma infecção silenciosa, na qual os sintomas não se desenvolvem por mais de 20 anos. Estima-se que menos da metade das pessoas infectadas pela doença tem ciência desta e, por isso, não procuram auxílio médico ou realizariam o teste. Isso não é um problema se a doença não progride, mas pode ser fatal em alguns casos.
O desafio é desenvolver programas para identificar o vírus nessas pessoas. "Não importa o quanto seu tratamento é bom se a maior parte das populações afetadas ainda não foi diagnosticada", comenta no artigo o pesquisador Gregory Dore, da Universidade de Nova Gales do Sul, em Sidney, na Austrália.
Com informações da Fiocruz!!!
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