A farinha de bagaço de uva foi desenvolvida na USP em 2008 e, agora, utilizada para compôr uma bebida que combate as chamadas "doenças do envelhecimento" em mulheres.[Imagem: Ag.USP]
Redução do estresse oxidativo
Uma bebida desenvolvida a partir da farinha do bagaço da uva tem potencial para prevenir ou reduzir, em mulheres saudáveis, o estresse oxidativo e suas consequências: envelhecimento precoce, doenças cardiovasculares e alguns tipos de cânceres.
Isto ocorre devido à existência de ácidos fenólicos na bebida, substâncias antioxidantes que protegem o organismo contra a ação de radicais livres que provocam estes tipos de doenças.
A descoberta é fruto da pesquisa realizada por Marcela Piedade Monteiro e Elizabeth Torres, da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP).
Uva com jeito de açaí
A bebida foi desenvolvida a partir de um subproduto do suco de uva, e foi testado em mulheres saudáveis.
Para a obtenção da bebida, a pesquisadora utilizou uma farinha de bagaço de uva, um produto desenvolvido na própria USP em 2008.
A farinha é produzida com o bagaço, que é formado por cascas e sementes, obtido das uvas prensadas após a separação do suco concentrado a ser engarrafado.
A produção da bebida ocorre a partir do acréscimo de água a aproximadamente 4,8% da farinha e da homogeneização feita por técnica industrial. Segundo a pesquisadora, essa bebida "possui aparência semelhante ao suco de açaí."
Açaí tem antioxidantes naturais benéficos à saúde
Gosto da bebida
O próximo passo da pesquisa foi identificar a aceitabilidade da bebida.
Para isso foi feita análise sensorial com o uso de uma escala hedônica estruturada de 9 pontos em que havia a observação de parâmetros como odor, aroma, sabor e gosto.
Para cada critério, a pontuação varia de 1 ("desgostei muitíssimo") a 9 ("gostei muitíssimo"), sendo a média 6 ("gostei ligeiramente"). A bebida obteve nota igual a 6 em todos os quesitos, o que a definiu como aceitável. Por isso, a etapa seguinte passou a ser realizada.
Por meio de análises físico-químicas foram testados pH, cor, grau Bricks (quantidade de açúcar presente na bebida) e a capacidade antioxidante, que significa proteger contra o ataque de radicais livres. Assim, foram quantificados os compostos fenólicos, que possuem propriedades antioxidantes.
Teste dos efeitos sobre a saúde
A segunda etapa da pesquisa foi experimentá-la em uma intervenção que envolveu 15 mulheres jovens e saudáveis.
Esta fase foi dividida em quatro etapas. Inicialmente, foi feita a coleta de sangue como amostra controle para verificar as modificações ao longo das demais fases.
A seguir, as mulheres foram divididas em dois grupos. A primeira metade ingeriu por 15 dias a bebida de farinha. Posteriormente, não beberam nada que contivesse uva por 15 dias. Nos últimos 15 dias, ingeriram um suco comercial em pó de uva de baixa caloria, equivalente à bebida em estudo.
Já o segundo grupo intercalou o suco em pó, nada e a bebida. A cada etapa o sangue era novamente coletado. Foi recomendado a todas as mulheres que não modificassem a dieta, apenas que não se bebesse mais nada que pudesse conter uva e interferir na análise.
Benefícios para as mulheres
Nenhuma modificação significativa pôde ser percebida após a ingestão do suco em pó em relação à amostra controle de sangue.
Já quanto à bebida, a melhora foi significativa no que se relaciona à capacidade antioxidante.
"O que é muito bom, explica a pesquisadora, porque indica que pode contribuir na prevenção ou redução de doenças relacionadas ao estresse oxidativo, tais como envelhecimento precoce e doenças cardiovasculares."
Redução do estresse oxidativo
Uma bebida desenvolvida a partir da farinha do bagaço da uva tem potencial para prevenir ou reduzir, em mulheres saudáveis, o estresse oxidativo e suas consequências: envelhecimento precoce, doenças cardiovasculares e alguns tipos de cânceres.
Isto ocorre devido à existência de ácidos fenólicos na bebida, substâncias antioxidantes que protegem o organismo contra a ação de radicais livres que provocam estes tipos de doenças.
A descoberta é fruto da pesquisa realizada por Marcela Piedade Monteiro e Elizabeth Torres, da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP).
Uva com jeito de açaí
A bebida foi desenvolvida a partir de um subproduto do suco de uva, e foi testado em mulheres saudáveis.
Para a obtenção da bebida, a pesquisadora utilizou uma farinha de bagaço de uva, um produto desenvolvido na própria USP em 2008.
A farinha é produzida com o bagaço, que é formado por cascas e sementes, obtido das uvas prensadas após a separação do suco concentrado a ser engarrafado.
A produção da bebida ocorre a partir do acréscimo de água a aproximadamente 4,8% da farinha e da homogeneização feita por técnica industrial. Segundo a pesquisadora, essa bebida "possui aparência semelhante ao suco de açaí."
Açaí tem antioxidantes naturais benéficos à saúde
Gosto da bebida
O próximo passo da pesquisa foi identificar a aceitabilidade da bebida.
Para isso foi feita análise sensorial com o uso de uma escala hedônica estruturada de 9 pontos em que havia a observação de parâmetros como odor, aroma, sabor e gosto.
Para cada critério, a pontuação varia de 1 ("desgostei muitíssimo") a 9 ("gostei muitíssimo"), sendo a média 6 ("gostei ligeiramente"). A bebida obteve nota igual a 6 em todos os quesitos, o que a definiu como aceitável. Por isso, a etapa seguinte passou a ser realizada.
Por meio de análises físico-químicas foram testados pH, cor, grau Bricks (quantidade de açúcar presente na bebida) e a capacidade antioxidante, que significa proteger contra o ataque de radicais livres. Assim, foram quantificados os compostos fenólicos, que possuem propriedades antioxidantes.
Teste dos efeitos sobre a saúde
A segunda etapa da pesquisa foi experimentá-la em uma intervenção que envolveu 15 mulheres jovens e saudáveis.
Esta fase foi dividida em quatro etapas. Inicialmente, foi feita a coleta de sangue como amostra controle para verificar as modificações ao longo das demais fases.
A seguir, as mulheres foram divididas em dois grupos. A primeira metade ingeriu por 15 dias a bebida de farinha. Posteriormente, não beberam nada que contivesse uva por 15 dias. Nos últimos 15 dias, ingeriram um suco comercial em pó de uva de baixa caloria, equivalente à bebida em estudo.
Já o segundo grupo intercalou o suco em pó, nada e a bebida. A cada etapa o sangue era novamente coletado. Foi recomendado a todas as mulheres que não modificassem a dieta, apenas que não se bebesse mais nada que pudesse conter uva e interferir na análise.
Benefícios para as mulheres
Nenhuma modificação significativa pôde ser percebida após a ingestão do suco em pó em relação à amostra controle de sangue.
Já quanto à bebida, a melhora foi significativa no que se relaciona à capacidade antioxidante.
"O que é muito bom, explica a pesquisadora, porque indica que pode contribuir na prevenção ou redução de doenças relacionadas ao estresse oxidativo, tais como envelhecimento precoce e doenças cardiovasculares."
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