Aparelho dental pelo SUS
Aparelhos bucais para corrigir a posição dos dentes e a mordida, os
chamados aparelhos ortodônticos, e implante dentário passarão a ser
ofertados pelo programa governamental Brasil Sorridente, por meio do
SUS.
Os novos serviços devem ser incluídos pelas secretarias estaduais e
municipais de Saúde, segundo o Ministério da Saúde.
Com os dois novos tratamentos, o governo federal estima atender mais
1,15 milhão de brasileiros este ano. Em 2010, foram 25 milhões de
atendimentos nos centros de odontologia do programa em todo o país.
Ortodondia e implantes dentários
A ortodontia faz a correção, por meio de aparelhos bucais, do
posicionamento dos dentes e da mordida, evitando problemas com dores e
desconforto.
Já o implante dentário visa à substituição de dentes perdidos. O
implante pode substituir um único dente, ou mesmo toda a arcada
dentária, através das overdentures (dentaduras fixadas na boca por
meio de implantes).
Os recursos para a inclusão dos novos tratamentos no Programa Brasil
Sorridente serão repassados diretamente pelo Fundo Nacional de Saúde
(FNS) para as secretarias estaduais e municipais de saúde,
responsáveis pela gestão dos CEO’s.
Os pagamentos serão liberados de acordo com a produção apresentada
pelo município.
Programa Brasil Sorridente
Lançado em 2004 pelo Ministério da Saúde, o Programa Brasil Sorridente
está inserido na Estratégia Saúde da Família (ESF) e tem como objetivo
garantir as ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal
dos brasileiros.
O aumento da oferta de serviços públicos de saúde bucal e de ações
preventivas poupou a extração de 400 mil dentes por ano no país.
A segunda Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil 2010) constatou,
para a população adulta, redução de 30% no número de dentes cariados,
queda de 45% no número de dentes perdidos por cárie, além do aumento
de 70% no número de dentes tratados, entre 2003 e 2010.
O estudo também revelou crescimento de 57% nos atendimentos
odontológicos no SUS.
Os bons indicadores da SB Brasil 2010 ajudaram o Brasil a ser
classificado (segundo os parâmetros da Organização Mundial de Saúde)
como país com baixa prevalência de cárie.
A proporção de crianças livres de cárie aos 12 anos cresceu de 31%
para 44%. Isso significa que 1,4 milhão de crianças não têm nenhum
dente cariado atualmente - 30% a mais que em 2003.
Ação dos estados e municípios
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a inclusão dos
procedimentos na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), durante a 3ª
Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite, realizada em
Brasília, nesta semana.
A oferta dependerá da organização das secretarias estaduais e
municipais de Saúde, que ficam responsáveis pela oferta dos serviços e
expansão da iniciativa na região.
Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil 2010),
35% da população brasileira possui alguma disfunção que necessita de
tratamento ortodôntico.
"Esses novos tratamentos serão ofertados, na medida em que os serviços
forem sendo implantados nos Centros de Especialidades Odontológicas
(CEOs). As Equipes de Saúde Bucal (ESB) farão a busca e a
identificação dos casos prioritários, que serão encaminhados aos CEO’s
para realizarem os tratamentos indicados," explica o coordenador de
Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca.
Somente em 2010, o Programa Brasil Sorridente investiu R$ 710 milhões
em ações de saúde bucal. Com a inclusão dos novos procedimentos, a
previsão de investimento total para 2011 é de um acréscimo de R$ 134
milhões.
Saúde bucal no SUS
Atualmente, são mais de 20,4 mil ESB presentes em 4.829 municípios
brasileiros. Depois de avaliados, os pacientes que tiverem necessidade
de implante ou aparelho ortodôntico são encaminhados para algum dos
853 Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) em funcionamento em
todos os 26 estados e no Distrito Federal (ver tabela 1, abaixo).
Por meio dessa ação, o governo federal ampliará a assistência em saúde
bucal para mais 1,15 milhão de brasileiros em 2011 (um milhão de
atendimentos de ortodontia e 150 mil atendimentos de implantes).
Em 2010, foram realizados 25 milhões de atendimentos nos CEOs. Esses
centros já realizam procedimentos como canal, tratamento de gengiva,
cirurgias orais menores, exames para detectar câncer bucal e
intervenções estéticas.
http://www.diariodasaude.com.br
Um comentário:
A iniciativa é louvável, certamente melhorará a qualidade de vida de muitos pacientes com falta de dentes! O que me preocupa, é que profissionais irão executar tais procedimentos, visto que a remuneração paga aos profissionais do atendimento público é vergonhosa. Será que um implantodontista aceitaria trabalhar por esses baixos salários pagos aos dentistas? Sinceramente eu não!
Dr. Fernando Mallmann
Especialista em Prótese Dentária e Implantodontia
Ijuí-RS
mallmann.fernando@gmail.com
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