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domingo, 29 de maio de 2011

Anvisa libera vacina contra HPV para homens!!!


HPV em homens

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a aplicação da vacina contra HPV em homens de 9 a 26 anos.

Até então, a vacina estava sendo aplicada apenas em mulheres, como forma de prevenção do câncer de colo de útero, já que o HPV é responsável por cerca de 90% dos casos.

De acordo com a Anvisa, novos estudos comprovaram a eficácia da vacina também em pessoas do sexo masculino.

HPV também é coisa de homem
A imunização, entretanto, ainda não está disponível no sistema público de saúde, apenas em clínicas particulares.

Transmissão do HPV

O HPV, sigla em inglês para papiloma vírus humano, é transmitido pelo contato genital com a pessoa infectada (incluindo sexo oral) e por via sanguínea, de mãe para filho, na hora do parto.

Recentemente, comprovou-se que a transmissão também pode ser feita sem contato sexual:

HPV pode ser transmitido pela pele
Na maioria das vezes, a infecção é transitória e desaparece sem deixar vestígios.

Dados do Ministério da Saúde indicam que o HPV é uma das doenças sexualmente transmissíveis (DST) mais comuns em todo o mundo. Uma em cada cinco mulheres é portadora do vírus. No Brasil, 137 mil novos casos são registrados a cada ano.
Paula Laboissière - Agência Brasil
Diário da Saúde!!!

HPV também é coisa de homem!!!


Estudo em São Paulo, Tampa (EUA) e Cuernavaca (México) analisa o comportamento sexual masculino para entender como o homem é afetado pelo HPV.[Imagem: Ag.Fapesp]

Comportamento sexual do homem

Em 1948, o pesquisador Alfred Kinsey abalou os Estados Unidos ao lançar o livro O Comportamento Sexual do Homem, resultado de pesquisa que mostrou que perto de 10% dos homens no país que se relacionavam sexualmente com mulheres tinham tido experiências sexuais com outros homens.

Agora, 60 anos depois, o epidemiologista Alan Nyitray, do Centro de Câncer H. Lee Moffitt, em Tampa, na Flórida, realiza pesquisa na qual investiga o comportamento sexual de homens para entender como o HPV (papilomavírus humano) afeta a população masculina.

HPV entre homens

Embora seja comumente associado às mulheres - causador de câncer do colo do útero -, a infecção pelo papilomavírus humano pode causar câncer de pênis e câncer anal em homens. Alguns especialistas já defendem a vacinação contra HPV para homens.

Foi o aumento nas taxas de incidência do câncer anal entre homens e mulheres, e a diminuição no número de câncer cervical - causada provavelmente pelo surgimento da vacina contra o HPV - que levou Moffitt a realizar o estudo.

O trabalho envolveu 4,2 mil homens nas cidades de Tampa, Cuernavaca (México) e São Paulo, recrutados em diversos meios, como universidades e quartéis militares.

Sexualmente "típicos"

A pesquisa comparou a infecção pelo vírus entre homens que fazem sexo com mulheres (HSM) e homens que se relacionam sexualmente com homens (HSH).

"A maior parte das pesquisas são sobre a distribuição do HPV entre HSM, mas não tem havido muitos trabalhos envolvendo o papilomavírus entre os HSH", disse Nyitray. O epidemiologista esteve no Rio de Janeiro em abril, para participar do Simpósio Internacional de Pesquisa em HPV, realizado pela Fundação Oswaldo Cruz.

No estudo não foram usadas as categorias "homem heterossexual" ou "homossexual".

"Não recrutamos voluntários com base em seus comportamentos sexuais. Perguntamos se eles tiveram sexo penetrativo, oral, anal ou vaginal, se mantêm relações sexuais com mulheres ou homens, se essas relações eram recentes ou passadas. Preferimos não usar 'hetero' ou 'homossexual' porque não pedimos a eles para se rotularem, mesmo porque o conceito de homossexualidade varia culturalmente e de entre países", disse Nyitray.

Relacionamentos entre homens

Em um resultado bem parecido com o obtido por Kinsey da década de 1940, 10% dos entrevistados afirmaram ter tido relações sexuais exclusivamente com homens ou com homens e mulheres.

"Em aproximadamente 12% dos HSM o HPV foi detectado no canal anal. Entre os HSH, o índice chegou a 48%, o que faz sentido, levando em conta o comportamento sexual dessa população, que apresenta maior número de parceiros. Mas mesmo assim tivemos 12% de ocorrência do HPV no canal anal de homens que fazem sexo exclusivamente com mulheres, o que nos causou surpresa", disse o epidemiologista.

Desses 12%, metade apresentou o mesmo tipo do vírus no ânus e nos genitais. "Acreditamos na hipótese de inoculação. O HPV é muito infeccioso, facilmente transmitido. Talvez a transmissão tenha ocorrido entre as partes de seus corpos por meio de inoculação ou sua parceira pode estar passando o vírus por meio de secreções vaginais. Outros estudos também mostram o HPV na ponta dos dedos, então, nessas relações, a transmissão pode estar ocorrendo ao se passar a mão por essas partes do corpo", disse.

Número de parceiros sexuais

O estudo apontou que, na comparação com homens de Tampa e de Cuernava, os de São Paulo se mostraram mais ativos sexualmente: o número médio de parceiras sexuais dos entrevistados HSM em São Paulo foi de 15 mulheres, contra cinco em Cuernava e sete em Tampa.

E dois terços dos que afirmaram terem tido experiências sexuais com outros homens no passado também eram de São Paulo.

A infecção por HPV em homens é geralmente transitória e não gera implicações clínicas. No entanto, em alguns casos, a infecção persiste e há maior chance de se desenvolver câncer anal.

Entre os dois grupos, a maior persistência foi detectada entre os HSH. Em São Paulo, o estudo contou com a coordenação de Luisa Lina Villa, coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do HPV (INCT-HPV).
Washington Castilhos - Agência Fapesp
Diário da Saúde!!!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Cominho combate radicais livres e protege o DNA!!!

O cominho inibiu a oxidação dos lipossomas usados como modelo para a oxidação da membrana celular e ofereceu proteção total contra danos ao DNA.[Imagem: Sanjay Acharya/Wikipedia]


Cominho

O cominho é usado extensivamente na medicina tradicional para tratar uma variedade de doenças, do vitiligo à hiperglicemia.

A planta é considerada como antiparasitária e antimicrobiana e a ciência tem repetidamente verificado sua eficácia para reduzir a febre, ou como um analgésico.

Agora, uma nova pesquisa mostra que a humilde especiaria também contém altos níveis de antioxidantes.

Radicais livres

As chamadas espécies reativas de oxigênio, mais conhecidas como radicais livres, são produzidas naturalmente, como parte dos processos metabólicos necessários à vida.

O estresse oxidativo, no entanto, é causado por uma superprodução ou sub-remoção desses radicais livres.

O estresse oxidativo está ele próprio envolvido em uma série de doenças, incluindo aterosclerose, doença degenerativa neural, inflamação, câncer e envelhecimento precoce.

Antioxidantes

Acredita-se que os antioxidantes eliminem os radicais livres, reduzam o estresse oxidativo e previnam doenças.

Os compostos fenólicos das plantas, especialmente os compostos polifenólicos, são muitas vezes considerados antioxidantes.

Um grupo de pesquisadores agora usou técnicas bioquímicas e biológicas para mostrar que as sementes do cominho (Centratherum anthelminticum (L.) Kuntze), um membro da família da margarida, representam uma rica fonte de antioxidantes fenólicos.

"Os extratos de cominho mostraram-se fortes antioxidantes nos sistemas testados. Os extratos também mostraram-se grandes doadores de elétrons e, portanto, agentes redutores, outro marcador da antioxidação," afirmam os cientistas do Central Food Technological Research Institute, na Índia.

Proteção do DNA

Nos testes biológicos, o cominho inibiu a oxidação dos lipossomas usados como modelo para a oxidação da membrana celular e ofereceu proteção total contra danos ao DNA, segundo os cientistas.

"A quantidade de fenóis que conseguimos extrair e a atividade antioxidante do cominho dependeu do método utilizado. No entanto, a atividade antioxidante do cominho está correlacionado com o teor de fenóis totais.

Por isso, uma série de compostos fenólicos dentro das sementes de cominho devem ser os responsáveis pela atividade antioxidante verificada," concluíram os cientistas.
Diário da saúde!!!

Plantas medicinais são esperança de novos antibióticos!!!


Plantas contra infecções

Tratamentos contra o câncer frequentemente têm o efeito colateral de comprometer o sistema imunológico do paciente.

Isso pode resultar em infecções secundárias por bactérias e fungos que levam à morte, especialmente com as bactérias como o Staphylococcus aureus tornando-se resistentes aos antibióticos.

Mas uma nova pesquisa realizada por médicos da Índia descobriu uma série de plantas medicinais eficazes contra as infecções bacterianas e fúngicas associadas à queda imunológica que acompanha a quimioterapia a.

Antibióticos naturais

Os pesquisadores da Universidade Rohtak testaram extratos de várias plantas usadas na medicina tradicional ou popular contra microrganismos encontrados na boca de pacientes com câncer bucal.

Dos 40 pacientes envolvidos no estudo, 35 tinham sistemas imunológicos comprometidos, com severa redução no número de neutrófilos.

Oito das plantas testadas foram capazes de afetar significativamente o crescimento dos microrganismos tanto na boca quanto nas culturas puras de bactérias e fungos cultivados em laboratório.

As plantas medicinais pesquisadas incluem aspargos selvagens, data do deserto (desert date), falsa margarida, curry, mamona (caster oil plant) e feno-grego (fenugreek).

Conhecimento popular

"Os medicamentos naturais estão se tornando cada vez mais importantes no tratamento de doenças, e o conhecimento tradicional fornece um ponto de partida na busca de medicamentos à base de plantas," afirma o Dr. Jaya Parkash Yadav, líder do estudo.

"E é importante destacar que observamos que o processo de extração teve um efeito enorme tanto sobre a especificidade, quanto sobre a eficácia do extrato da planta contra os micróbios.

"No entanto, várias das plantas testadas demonstraram ser antibióticos de amplo espectro, capazes de combater bactérias, incluindo E. coli, S. aureus e os fungos Candida e Aspergillus.

Esperança

"Tanto a data do deserto quanto a mamona foram especialmente eficazes em combater bactérias como a Pseudomonas aeruginosa, que são conhecidas por serem difíceis de tratar com os antibióticos convencionais.

"Apesar de as plantas testadas apresentaram menor potência do que os antibióticos convencionais, elas oferecem uma esperança contra as espécies [de microrganismos] resistentes. Estes resultados são um ponto de partida para novos testes," concluiu o pesquisador.
Hilary Glover
Diário da saúde!!!

A felicidade tem um lado ruim?


Ciência e filosofia

Recentemente, um filósofo alertou que, pouco a pouco, a busca pela felicidade está se transformando em uma obsessão muito pouco saudável.

Além da filosofia, os testes práticos e repetitivos da ciência parecem concordar com isso.

Foi o que demonstrou um levantamento de todas as pesquisas científicas feitas sobre o tema ao longo da última década.

Segundo as pesquisadoras, as pesquisas mostram que a busca desenfreada pela felicidade, que parece ser uma marca registrada da época atual, tem um lado negativo - eventualmente, muito negativo.

Lado escuro da felicidade

Segundo o artigo, publicado na revista científica Perspectives on Psychological Science, o sentir-se bem não pode ser pensado como algo universalmente bom - e destaca situações em que a felicidade pode ser bem ruim.

As pessoas que se esforçam para obter a felicidade podem acabar sentindo-se pior do que quando começaram, afirmam June Gruber, da Universidade de Yale (EUA) e suas colegas.

As "ferramentas" sugeridas para se tornar mais feliz não são necessariamente ruins - como dedicar um tempo todos os dias para pensar sobre coisas que lhe deixam feliz ou grato, ou a criação de situações que possam fazer você feliz.

"Mas quando você está fazendo isso com a motivação ou a expectativa de que essas coisas deveriam fazê-lo feliz, isso pode levar à decepção e à diminuição da felicidade," diz Gruber.

Por exemplo, um estudo mostrou que pessoas que leram um artigo de jornal enaltecendo o valor da felicidade sentiram-se pior depois de assistir um filme feliz do que as pessoas que leram um artigo de jornal que não mencionou a felicidade - presumivelmente porque elas ficaram desapontadas por não se sentirem mais felizes depois do filme.

Quando as pessoas não acabam tão felizes como esperavam, seu sentimento de fracasso pode fazê-las sentir-se ainda piores.

Felicidade demais vira problema

Muita felicidade também pode ser um problema. Um estudo acompanhou crianças dos anos 1920 até a velhice e descobriu que aquelas classificadas como altamente alegres por seus professores morreram mais jovens.

Os pesquisadores concluíram que as pessoas que se sentem extremamente felizes não pensam mais de forma criativa e tendem a assumir mais riscos.

Por exemplo, pessoas que têm manias, como no transtorno bipolar, têm um grau excessivo de emoções positivas que podem levá-los a assumir riscos - o que inclui abuso de drogas, dirigir em alta velocidade ou gastar todas as suas economias.

Outro problema é a "sensação de felicidade de forma inadequada" - obviamente, não é saudável sentir-se feliz quando você vê alguém chorando a perda de um ente querido ou quando ouve que um amigo ficou ferido em um acidente de carro.

As pesquisas descobriram que essa felicidade inadequada também ocorre em pessoas com manias.

A felicidade exagerada também pode significar prestar pouca atenção nas emoções negativas, que igualmente têm o seu lugar na vida - o medo pode evitar correr riscos desnecessários, a culpa pode ajudar a lembrar de se comportar bem em relação aos outros, e assim por diante.

O que traz felicidade?

Relendo as pesquisas, as cientistas também descobriram o que parece realmente aumentar a felicidade.

"O mais forte preditor da felicidade não é o dinheiro e nem o reconhecimento externo, através do sucesso ou da fama", diz Gruber. "É ter relações sociais significativas."

Isto significa que a melhor maneira de aumentar a sua felicidade é parar de se preocupar em ser feliz e centrar suas energias em nutrir os laços sociais que você tem com outras pessoas.
Redação do Diário da Saúde!!!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sorria!!!

Sorria


Novos medicamentos chegam ao Programa Farmácia Popular!!!

De graça e com desconto

Cinco novos medicamentos passaram a integrar a lista de remédios encontrados nas unidades do Programa Farmácia Popular.

É a seguinte a lista de novos medicamentos:

losartana potássica (contra a hipertensão arterial)
loratadina (antialérgico)
fluoxetina (antidepressivo)
clonazepan (ansiolítico)
alendronato de sódio (contra a osteoporose)
De acordo com o Ministério da Saúde, dos cinco medicamentos, apenas o losartana potássica será distribuída de forma gratuita.

Os outros quatro terão desconto de 90%.

Lista de remédios do Farmácia Popular

A lista de remédios do Farmácia Popular que são distribuídos de graça é composta de 12 medicamentos que combatem a hipertensão e o diabetes.

Ao todo, 547 unidades administradas pelo governo federal, em 431 municípios brasileiros, fazem a distribuição dos remédios.

Na rede privada de farmácias e drogarias, o programa recebe a denominação Aqui Tem Farmácia Popular e oferta gratuitamente 25 medicamentos em 2,5 mil cidades.
Com informações da Agência Brasil!!!
Diário da saúde!!!

Produtos plásticos liberam substâncias tóxicas!!!


Um terço dos produtos de plástico - incluindo 5 de 13 produtos destinados a crianças - liberam substâncias tóxicas quando em contato com água pura.[Imagem: Delilah Lithner]

Substituição

Um terço dos produtos de plástico - incluindo 5 de 13 produtos destinados a crianças - libera substâncias tóxicas quando em contato com água pura.

Esta é a conclusão de uma série de experimentos realizados na Universidade de Gotemburgo, na Suécia,

"Considerando como os produtos de plástico são comuns, a rapidez com que a produção de plástico cresceu e a quantidade de produtos químicos aos quais os seres humanos e o meio ambiente estão expostos, é importante substituir os materiais mais perigosos presentes nos produtos plásticos por alternativas menos perigosas," afirmou Delilah Lithner, coordenadora do estudo.

Resíduos tóxicos dos plásticos

Existem plásticos com as mais variadas composições químicas diferentes, e com os mais diversos usos - a produção anual de plástico em todo o mundo duplicou nos últimos 15 anos, atingindo 245 milhões de toneladas em 2008.

Os polímeros plásticos não são considerados tóxicos, mas podem conter resíduos químicos tóxicos, aditivos químicos e outros produtos que se degradam antes que o plástico e se soltam.

Todos esses produtos podem vazar para o seu entorno, pois não estão quimicamente ligados ao polímero plástico.

Em sua pesquisa, Delilah estudou a toxicidade dos 83 produtos plásticos e fibras sintéticas selecionados por sorteio.

Os produtos, todos novos, foram mergulhados em água pura (não ionizada) por um período entre 1 e 3 dias.

A toxicidade da água foi então testada usando pulgas de água (Daphnia magna), um pequeno crustáceo reconhecido como o primeiro colonizador das fontes de água pura, sendo um importante indicador da qualidade das águas.

Toxicidade dos produtos de plástico

"Um terço de todos os 83 produtos plásticos e produtos químicos sintéticos que foram testados liberaram substâncias altamente tóxicas para as pulgas d'água, apesar da lixiviação [a liberação da substância pelo plástico] ser leve. Cinco dos 13 produtos destinados a crianças são tóxicos - por exemplo, brinquedos para o banho e auxiliadores de flutuação, como braçadeiras infláveis," conta Delilah.

Os produtos que resultaram em água tóxica são produtos macios e semi-macios, feitos de PVC plastificado ou poliuretano, assim como os produtos de epóxi e têxteis feitos a partir de várias fibras plásticas.

A toxicidade foi causada principalmente pela liberação de substâncias orgânicas lipossolúveis.

Os polímeros plásticos considerados mais perigosos são feitos de substâncias como os poliuretanos, poliacrilonitrilos, PVC, epóxi e copolímeros de estireno.
Redação do Diário da Saúde!!!

HPV pode ser transmitido pela pele!!!

Família



Transmissão do HPV

A Fiocruz Bahia foi palco da palestra HPV, câncer e vacinas: o que você precisa saber?

No encontro, que reuniu profissionais e estudantes de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Edson Duarte, pesquisador da Fiocruz, discutiu os principais aspectos do HPV.

O vírus é conhecido como o causador de quase 100% dos casos de câncer de colo de útero e de metade dos casos de câncer de pênis.

Além de alertar o público presente quanto aos cuidados e principais formas de prevenção do HPV, Edson Duarte também chamou atenção para a facilidade de transmissão do vírus, que está muito adaptado à espécie humana e pode ser contraído com um simples contato, além de relações sexuais.

"Diferentemente de outras DSTs, o HPV não precisa de fluidos ou secreções orgânicas. A transmissão pode ser pele a pele. Existe também transmissão não-sexual e a mais importante é a da mãe para o recém-nascido, que se chama transmissão vertical. A mãe com infecção na genitália pode transmitir para o filho no canal do parto", explica Edson.

HPV

O HPV (Papilomavírus Humano) é um vírus relativamente novo e conhecido no mundo inteiro, pela incidência de doenças em homens e mulheres.

Edson Duarte explica que a infecção, na maioria das vezes, é assintomática, ou seja, os sintomas não são visíveis e, em alguns casos, a doença pode desaparecer naturalmente.

Um estudo da revista Journal of Infectious Diseases mostra que, as doenças também podem se manifestar através de verrugas anogenitais, lesões displásicas ou cânceres, entre os quais está um dos mais conhecidos: o câncer de colo de útero.

HPV entre as mulheres: o que é, sintomas e tratamentos
Prevenção do HPV

Ainda segundo a pesquisa, as lesões causadas pelo HPV podem aparecer em diferentes partes do corpo humano, como colo do útero, vagina ou vulva em mulheres, ou no ânus, pênis ou orofaringe em homens.

Além disso, o estudo aponta que, no caso dos homens, o principal fator capaz de influenciar o risco de infecção anogenital por HPV foi o número de parceiros sexuais.

De acordo com Edson, homens e mulheres sexualmente ativos, de todas as idades têm chance de contrair o HPV. É inviável falar em classificação por grupos de risco.

Para exemplificar a extensão do problema, o médico apontou números representativos com relação ao HPV. Estima-se que três quartos dos adultos [75%] têm ou terão alguma forma de HPV.

HPV também é coisa de homem
Além disso, é importante destacar: até 85% das mulheres sexualmente ativas serão contaminadas por HPV em algum momento de suas vidas; por ano, existe meio milhão de casos de câncer de colo de útero; 30 milhões de casos de verruga genital; 300 milhões de infecções novas por HPV.

A partir de dados tão impactantes, Edson Duarte alerta para importância da prevenção, que não se limita apenas à camisinha e ao exame Papanicolaou.

Para ele, a principal e mais eficiente forma de prevenir as mais diferenciadas doenças causadas pelo HPV é a vacina.

Especialistas discutem vacinação contra HPV para homens
"É uma vacina excelente, porque é uma réplica perfeita do vírus", afirma o médico.

Além de ser extremamente importante para mulheres, a vacina quadrivalente (a mais eficaz) pode prevenir infecções com HPV dos tipos 6, 11, 16 e 18, e outros relacionados com o desenvolvimento de lesões nos genitais externos em homens jovens, de 16 a 26 anos.
Com informações da Fiocruz Bahia!!!
Diário da saúde!!!

Margarina probiótica e simbiótica sem gordura trans!!!


A formulações da margarina probiótica e simbiótica foram submetidas a testes para avaliação sensorial com 60 provadores em períodos de armazenamento diferentes.[Imagem: Ag.USP]

Saudável e nacional

Uma margarina probiótica e livre de gorduras trans acaba de ser testada e aprovada em pesquisa realizada na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP.

Depois de avaliarem oito formulações, os cientistas obtiveram um produto livre das gorduras hidrogenadas, e que contém ácidos graxos essenciais (ácidos linoleico e linolênico).

"A margarina contém em sua formulação uma mistura de óleos de palma e canola, o que é positivo à saúde humana", conta a bióloga Cinthia Hoch Batista de Souza.

Probióticos

Segundo a pesquisadora, um produto para ser considerado probiótico deve ter uma concentração mínima de 106 unidades formadoras de colônias de micro-organismos probióticos por grama de produto (ufc/g), de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"Dentre as formulações testadas, 6 apresentaram populações acima de 106 ufc/g de micro-organismo probiótico durante todo o armazenamento estudado, que foi de 35 dias", aponta. Os cientistas usaram nas formulações o Bifidobacterium animalis subsp. lactis Bb-12.

Cinthia explica que o micro-organismo probiótico B. animalis Bb-12 exerce várias funções positivas no intestino humano, principalmente no cólon.

"Ele impede que bactérias patogênicas se multipliquem no intestino, por exemplo, e o consumo da margarina desenvolvida pelo nosso grupo de pesquisa pode colaborar com o aumento das defesas do organismo", garante a pesquisadora.

Além disso, o consumo dos produtos probióticos repõe os micro-organismos probióticos no intestino, aumentando suas populações.

Formulação simbiótica

Entre as formulações testadas, os cientistas também obtiveram um produto simbiótico.

Cinthia explica que, nesta margarina, a contagem do probiótico também foi satisfatória, sendo acima da quantidade exigida pela Anvisa.

"Para obtermos um produto simbiótico acrescentamos na formulação um ingrediente prebiótico", descreve a pesquisadora.

Nos testes, Cinthia acrescentou um prebiótico chamado inulina. Assim, um produto simbiótico resulta da combinação de probióticos e prebióticos.

A cientista explica que o ingrediente prebiótico, no caso a inulina, pode ser metabolizado pelo micro-organismo probiótico.

"Nas formulações adicionadas de 3% de inulina obtivemos maiores contagens de B. animalis Bb-12, atingindo 108 ufc/g ao término do armazenamento em uma das formulações", contabiliza.

Margarina probiótica e simbiótica

As pesquisas de Cinthia tiveram início em 2006. Durante o estudo, as formulações de margarina (probiótica e simbiótica) foram submetidas a testes para avaliação sensorial com 60 provadores em períodos de armazenamento diferentes.

"Todos deram boas notas aos produtos. Uma das poucas diferenças encontradas em relação às margarinas convencionais foi em relação à textura da margarina que teve uma alteração mínima", lembra Cinthia.

Os estudos da pesquisadora geraram uma patente. Ela lembra, no entanto, que para que sejam realizados testes para a industrialização serão necessárias algumas adequações. "Nossos produtos foram elaborados em escala laboratorial", lembra.
Com informações da Agência USP
diário da saude!!!

Novo exame da próstata é mais preciso do que PSA!!!

Homens




Exame A+PSA

Cientistas apresentaram um novo teste para o câncer de próstata, mais sensível e mais específico que o teste de PSA convencional utilizado atualmente.

Além de medir os níveis do antígeno prostático específico (PSA), o novo exame mede seis anticorpos específicos detectados no sangue de homens com a doença.

O exame, chamado A+PSA, também reduziu a taxa de falsos-positivos - exames que apontam a presença de câncer quando a doença não está realmente presente.

"Esta é uma nova abordagem muito promissora", disse Gang Zeng, da Universidade da Califórnia, que foi quem liderou o desenvolvimento do A+PSA.

"Em vez de utilizar apenas um parâmetro, o PSA, para testar um câncer de próstata, usamos vários parâmetros que podem ser medidos em uma única reação," explica ele.

Antígenos do câncer de próstata

O teste de PSA convencional tem sido usado por quase 30 anos para avaliar o risco de câncer de próstata.

Mas, segundo Zeng, ele não é específico o suficiente para separar doenças da próstata malignas das não-malignas, como a hiperplasia benigna da próstata (HBP), uma ampliação da próstata comum em homens que entram na terceira idade, e que aumenta os níveis de PSA.

O novo exame analisa seis antígenos específicos associados ao câncer de próstata - NY-ESO-1, SSX-2,4, XAGE-lb, AMACR, p90 and LEDGF - que são encontrados predominantemente em pacientes com câncer de próstata, mas não em condições benignas da próstata.

Indicador de câncer

O exame A+PSA pesquisa simultaneamente o PSA e os seis anticorpos em uma única análise, e fica pronto em cerca de duas horas.

O resultado vem na forma de um índice numérico usados para diagnosticar o câncer - uma pontuação de 0 a 0,5 indica um resultado benigno e, de 0,5 a 1, indica a presença de câncer da próstata.

Antes de ser disponibilizado aos pacientes, o novo exame terá de passar pela aprovação das autoridades de saúde.
Redação do Diário da Saúde

terça-feira, 17 de maio de 2011

Explosão emocional no trabalho: responda com compaixão, não com sanção!!!


Explosões benéficas

Desafiando as visões tradicionais sobre a raiva no ambiente de trabalho, pesquisadoras estão sugerindo que mesmo explosões emocionais intensas podem ser benéficas se forem respondidas com compaixão.

A Dra. Deanna Geddes, da Universidade Temple (EUA), argumenta que respostas mais favoráveis de gerentes e colegas de trabalho depois de demonstrações de raiva intensa podem promover mudanças positivas no trabalho.

E, segundo ela, esses benefícios não são obtidos quando se adota a punição ou a indiferença.

Diminuição da tensão

"Quando as empresas optam por adotar sanções organizacionais contra membros que expressam uma raiva além do normal, essas ações podem desviar a atenção e recursos da correção do evento causador da raiva que provocou a explosão emocional do empregado," escrevem Geddes e sua colega Lisa Stickney, em um artigo publicado na revista Human Relations.

Em um estudo com 194 pessoas que testemunharam um incidente de "ira desviante" no trabalho, as pesquisadoras não encontraram nenhuma ligação entre despedir um empregado irado e a solução dos problemas subjacentes.

Elas também descobriram que mesmo um único ato de apoio de um gerente ou colega de trabalho ao trabalhador raivoso pode melhorar a tensão no ambiente de trabalho gerada pelo incidente.

Códigos de conduta empresariais

Os gerentes que reconhecem seu possível papel na irritação do funcionário "podem se sentir motivados a responder com mais compaixão para ajudar a restaurar uma relação favorável de trabalho," escreveram as pesquisadoras.

Se a administração apresenta "um interesse ativo nas questões fundamentais que causaram a revolta dos funcionários, a percepção de melhoria da situação [pelos demais funcionários] aumenta significativamente," afirmam.

Segundo elas, os códigos de conduta empresariais frequentemente se concentram naquilo que não se deve fazer em episódios emocionais, mas poucos, se é que existe algum que faça isso, ensinam como agir positivamente nesses casos.
Redação do Diário da Saúde!!!

Por que fazer dieta deixa as pessoas com raiva?

Os estudos médicos descobriram que pessoas em dieta tendem a ser irritáveis e agressivas. Mas há caminhos para se livrar da raiva. [Imagem: UCSD]

Raiva da dieta

Você acabou de decidir comer uma maçã em vez de uma barra de chocolate?

Então estar se sentindo feliz, porque está fazendo o que é bom para você mesmo, certo?

Bem, de acordo com pesquisadoras das universidades da Califórnia e Northwestern, ambas nos Estados Unidos, o mais provável é que você esteja com raiva.

Wendy Liu e suas colegas realizaram uma série de experiências com alunos de graduação e concluíram que o exercício do autocontrole gera sentimentos de raiva.

O achado não surpreendeu as pesquisadoras. "Ficamos surpresas que um monte de gente não veja isso", disse Liu.

Autocontrole e raiva

Outros estudos já haviam relacionado o autocontrole com o comportamento agressivo.

As pesquisadoras decidiram concentrar-se nas dietas porque esta é uma uma das formas de autocontrole mais comuns no dia-a-dia da vida moderna.

Os estudos médicos descobriram que pessoas em dieta tendem a ser irritáveis e agressivas, escrevem as pesquisadoras.

A teoria mais aceita para explicar o fenômeno é que o uso do autocontrole desgasta a pessoa, que se torna menos propensa o usar o autocontrole novamente, tornando mais difícil controlar o comportamento agressivo.

Mas as pesquisadoras projetaram seus experimentos para questionar essa teoria: elas queriam ver se as pessoas mostram uma tendência para a raiva mesmo quando não precisam exercer o autocontrole por uma segunda vez.

E foi justamente isso o que ocorreu.

"Não se trata de habilidades," disse Liu. "Você pode continuar exercendo o autocontrole, e ainda assim você fica com raiva."

Evitar as tentações

Então, se usar o autocontrole nos faz sentir raiva, haveria algo que possamos fazer a esse respeito?

Uma dica, segundo as pesquisadoras, é não se colocar em uma posição onde precise usar o autocontrole para escolher uma comida saudável.

Por exemplo, evite encher a geladeira com alimentos não saudáveis que você possa se sentir tentado a comer mais tarde. Para isso, vai ajudar bastante se, no supermercado, você simplesmente não passar pelo corredor das comidas não-saudáveis.

"Você não pode confiar somente na força de vontade", diz Liu.

Opção cognitiva

Você também pode tentar pensar de forma diferente sobre alguns alimentos.

"A razão pela qual nós pensamos que o chocolate é gratificante é porque nós o associamos a uma gratificação imediata", explica Liu.

Então, é só tentar mudar de ideia quanto àquilo que não faz bem à sua saúde - um sabor imediato e de curta duração realmente vale mais a pena do que dias, meses e anos inteiros lastimando o fracasso da sua dieta?
Redação do Diário da Saúde!!!

Dependência e passividade: você pode ter uma sem a outra!!!


Dependência ativa e positiva

Quando se fala em uma pessoa dependente, o mais comum é que se pense em alguém carente e passivo.

É assim que muitos psicólogos e terapeutas pensam nessas pessoas também: a passividade é vista como sendo o elemento a chave.

Mas a dependência é de fato mais complexa e pode mesmo ter aspectos ativos e positivos.

É o que defende Robert Bornstein, autor de um artigo publicado na última edição da revista científica Current Directions in Psychological Science.

Vontade de impressionar

Bornstein foi levado a um conceito diferente de dependência por uma série de experimentos que reuniu pessoas dependentes e não-dependentes para discutirem assuntos sobre os quais ambas discordavam.

Seguindo a hipótese tradicional que liga dependência e passividade, seria de se esperar que a pessoa dependente acabaria concordando com seu debatedor.

Mas foi o contrário que aconteceu: em 70 por cento das vezes, foi a pessoa não-dependente que deu o braço a torcer e abriu mão de sua posição.

Isso demonstra, segundo o pesquisador, que o pressuposto dos psicólogos está errado, que as pessoas dependentes não são sempre passivas.

O motivo para esse resultado, concluiu ele, era que as pessoas dependentes queriam impressionar o professor que estava realizando o experimento.

Origem da dependência

"Meu entendimento, baseado nos estudos que fizemos até agora, é que o núcleo de uma personalidade dependente é uma percepção de si mesmo como um pessoa indefesa, vulnerável e fraco," diz Bornstein.

Ele acredita que isso muitas vezes resulta de pais superprotetores ou autoritários. Então, as pessoas dependentes decidem "que o caminho a seguir na vida é encontrar alguém forte e se agarrar a elas a qualquer custo."

Isso significa que elas querem impressionar as figuras de autoridade que podem ajudá-las ou protegê-las. Essas pessoas também tendem a manter relacionamentos a todo custo.

A parte surpreendente é que essa necessidade de impressionar os outros pode levar a um comportamento muito ativo, e não passivo.

Excesso de dependência

A dependência de figuras de autoridade também explica por que as pessoas dependentes são mais propensas a procurar um médico quando têm algum sintoma, e seguirem melhor um regime de tratamento ou um programa de perda de peso quando o médico lhes recomenda.

Outros estudos também concluíram que alunos com personalidade dependente têm melhores resultados na escola porque tendem a procurar uma figura de autoridade, o professor, e pedir ajuda.

Infelizmente, isso pode ir longe demais, e pessoas muito dependentes podem procurar o médico por qualquer coisa e pressionar os professores até a exaustão destes.

Outra descoberta surpreendente é que os homens dependentes são mais propensos a cometer violência doméstica. Eles ficam tão preocupados em manter o relacionamento que, "Quando estão desesperados, eles recorrem a táticas coercitivas," escreve o pesquisador.

Dependência saudável

Bornstein acredita que a nova forma de pensar sobre a dependência é útil para os cientistas e também para os terapeutas.

"Estou tentando induzir uma mudança fundamental na maneira que os psicólogos e terapeutas lidam com os pacientes dependentes", diz ele.

Tradicionalmente, o objetivo era fazer com que a dependência fosse embora.

"Minha opinião sobre isso é que a maneira mais eficaz para lidar com pacientes dependentes é transformar a dependência não-saudável em dependência saudável."
Redação do Diário da Saúde!!!

Exame de sangue detecta Mal de Alzheimer!!!

Pesquisadores canadenses criaram o primeiro exame capaz de detectar o Mal de Alzheimer a partir de uma única amostra de sangue. [Imagem: MUHC]

Exame de Alzheimer

Um novo exame de sangue capaz de diagnosticar o Mal de Alzheimer deverá chegar em breve ao mercado.

Cientistas da Universidade McGill, no Canadá, criaram um diagnóstico bioquímico simples e preciso que identifica os pacientes com a doença.

"Até agora, não há nenhuma ferramenta de diagnóstico definitivo para a doença de Alzheimer, a não ser a análise do tecido cerebral post-mortem," diz o Dr. Vassilios Papadopoulos.

"Nosso estudo clínico mostra que um exame de sangue não-invasivo, baseado em um processo bioquímico, pode ser usado para diagnosticar o Alzheimer numa fase inicial e diferenciá-lo de outros tipos de demência," explica.

Teste bioquímico

O exame de sangue para detecção de Alzheimer baseia-se na produção de um hormônio cerebral, chamado dehidroepiandrosterona (DHEA).

Este hormônio está presente em altos níveis no cérebro, onde ele tem uma vasta gama de efeitos biológicos.

Os pesquisadores conseguiram induzir a produção de DHEA, utilizando um processo químico chamado oxidação, no sangue colhido de pacientes sem doença de Alzheimer.

Entretanto, a oxidação do sangue de pacientes com Alzheimer não resultou em um aumento do DHEA.

"Há uma correlação clara entre a incapacidade de produzir DHEA por oxidação no sangue e o grau de comprometimento cognitivo encontrado na doença de Alzheimer," disse Papadopoulos.

Exame preciso

A descoberta permitirá a realização de exames para detecção do Mal de Alzheimer com grande precisão, o que poderá ajudar a identificação a doença em seus estágios iniciais.

Atualmente, o diagnóstico da doença de Alzheimer segue a sequência histórico familiar, informações do paciente, avaliação mental e exame físico, com foco nos sinais neurológicos.

"Um teste bioquímico exato, fácil, específico e não-invasivo, que se correlacione com as conclusões clínicas é essencial. Acreditamos que o exame de sangue de oxidação-DHEA pode ser usado para diagnosticar a doença de Alzheimer em um estágio muito precoce e controlar o efeito das terapias e a evolução da doença," conclui o pesquisador.
Redação do Diário da Saúde!!!

Descoberta proteína que protege intestino contra vermes!!!


O segredo da defesa contra o verme parasita Trichuris trichiura está em uma mucina chamada Muc5ac, presente no muco intestinal, e que é tóxica para o verme.[Imagem: R. Grencis]

Defesa contra parasitas

Cientistas descobriram por que algumas pessoas têm uma proteção natural contra vermes parasitas bastante nocivos, ao passo que outras não têm defesa e acabam infectadas.

A descoberta pode levar ao desenvolvimento de novas terapias para um mal que assola cerca de um bilhão de pessoas em todo o mundo.

Os vermes parasitas respondem por uma grande parcela da mortalidade e morbidade que afeta um número enorme de pessoas, especialmente no Terceiro Mundo - assim como animais domésticos e o gado.

Muco intestinal

Pesquisadores da Universidade de Manchester, no Reino Unido, identificaram um componente-chave do muco do intestino de humanos e animais que é tóxico para esses vermes.

"Estes vermes parasitas vivem no intestino, que é protegido por uma espessa camada de muco," explica o Dr. David Thornton. "A barreira de muco é formada por uma mistura complexa de sais, água e grandes proteínas 'revestidas de açúcar', chamadas mucinas, que dão ao muco a sua característica de um gel."

Os cientistas descobriram que a atuação desse gel depende de uma mucina chamada Muc5ac.

Os estudos mostraram que os camundongos que não possuem a Muc5ac não conseguem expelir o Trichuris muris, um verme causador de doença nos animais equivalente ao Trichuris trichiura, que ataca os seres humanos.

Mesmo com uma forte resposta imunológica, as cobaias foram afetadas pela doença quando não possuíam a mucina - isso ocorre porque é a Muc5ac que é tóxica para os Trichuris.

Vermes humanos

A seguir, os pesquisadores demonstraram que a mucina estudada é essencial para a expulsão de vermes parasitas que causam doenças nos seres humanos, incluindo o verme causador da ancilostomíase.

"Nossa pesquisa pode ajudar a identificar quem é e quem não é suscetível aos vermes parasitas, e isso pode eventualmente levar a novos tratamentos para pessoas com infecção crônica por parasitas," concluem os pesquisadores.

O estudo, publicado no Journal of Experimental Medicine, mereceu uma citação de destaque pela revista científica Nature.
Redação do Diário da Saúde!!!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Doenças não-transmissíveis são a principal causa de mortes no mundo, aponta OMS!!!


Uso do tabaco é uma das principais causas de doenças e mortes em todo o mundo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou na quarta-feira, 27 de
abril, o primeiro Relatório Global sobre Doenças Não-Transmissíveis,
durante o Fórum Global que reuniu especialistas da área da saúde em
Moscou (Rússia). De acordo com o documento, cerca de 36 milhões de
pessoas morreram em 2008 devido a doenças do coração, derrames, câncer
e diabetes, e aproximadamente 80% destes óbitos ocorreram em países de
baixa ou média renda.


No lançamento do relatório, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan,
afirmou que as doenças crônicas não-transmissíveis representam um
grande desafio, não só porque provocam a perda de bilhões de dólares
para as economias nacionais, mas também por levar milhares de pessoas
para baixo da linha da pobreza a cada ano.

Doenças cardiovasculares são responsáveis pela maioria das mortes
atribuídas às doenças não-transmissíveis, ocasionando a perda de 17
milhões de vidas anualmente, seguidas pelo câncer (7,6 milhões), por
doenças respiratórias (4,2 milhões) e diabetes (1,3 milhão). Estes
quatro grupos correspondem a cerca de 80% das doenças
não-transmissíveis e compartilham de fatores de risco comuns: uso do
tabaco, atividade física inadequada, uso nocivo do álcool e dietas
pobres.

O diretor-geral adjunto para Doenças Não-Transmissíveis e Saúde Mental
da OMS, Ala Alwan, observou que cerca de 30% das pessoas mortas por
doenças não-transmissíveis em países de baixa e média renda têm menos
de 60 anos, e alertou que “estas mortes prematuras são ainda mais
trágicas por serem possíveis de ser evitadas”. De acordo com a
agência, a prevenção pode ser feita por meio de uma implementação
reforçada de medidas como controle antitabaco e da promoção de dietas
mais saudáveis, de atividades físicas e da redução da ingestão de
álcool. Também são recomendadas ações para banir as propagandas de
tabaco e proibir o fumo em lugares públicos.

Cerca de 300 representantes da sociedade civil, do setor privado e da
academia participam do Fórum Global, que fornece contribuições para a
Primeira Conferência Ministerial Global sobre Estilos de Vida
Saudáveis e Controle de Doenças Não-Transmissíveis, que será realizada
até esta sexta-feira (29), também em Moscou. Ambos os eventos
antecedem o primeiro encontro de alto nível da Assembleia Geral sobre
a prevenção e controle de doenças não-transmissíveis, que será
promovido em setembro, em Nova York (EUA).

* Publicado originalmente no site EcoD.
http://envolverde.com.br/saude

Meditação ajuda o cérebro a baixar o volume das distrações!!!


Os efeitos positivos da meditação sobre a dor e a memória de trabalho
podem resultar de uma maior capacidade de regular uma onda cerebral
fundamental, conhecida como ritmo alfa. [Imagem: MIT]

Ritmo alfa

Os efeitos positivos da meditação sobre a dor e a memória de trabalho
podem resultar de uma maior capacidade de regular uma onda cerebral
fundamental, conhecida como ritmo alfa.

Acredita-se que esse ritmo alfa "baixe o volume" das informações que
causam distração, o que sugere que a meditação pode ajudar o cérebro a
lidar com um mundo que frequentemente apresenta um excesso de
estímulos.

A conclusão é de um grupo de cientistas de três instituições renomadas
dos Estados Unidos - Massachusetts General Hospital, Escola Médica de
Harvard e Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

Meditação da mente alerta

A modulação voluntária do ritmo alfa em resposta a um pedido de
atenção foi mais rápida e significativamente mais forte entre os
participantes do estudo que completaram oito semanas de um programa de
meditação conhecida como meditação da mente alerta.

Na meditação da mente alerta os praticantes centram sua atenção
diretamente em suas sensações, sentimentos e estado de espírito, sem
nenhum julgamento.

"Tem sido documentado que a meditação da mente alerta realça inúmeras
habilidades mentais, incluindo a rápida recuperação da memória,"
explica Catherine Kerr coautora do estudo. "Nossa descoberta de que
praticantes dessa meditação ajustam mais rapidamente a onda cerebral
que filtra a distração pode explicar essa capacidade otimizada de se
lembrar rapidamente e incorporar novos fatos."

Ondas cerebrais

As células do cérebro usam diversas ondas, ou frequências de ondas,
para regular o fluxo de informações, de forma muito parecida com as
estações de transmissão de rádio, que operam em frequências
específicas.

Cérebro possui "estações de rádio" transmitindo em várias frequências
Uma dessas frequências, o ritmo alfa, é particularmente ativa nas
células que processam os toques, o som e a imagem na camada mais
externa do cérebro, chamada córtex, onde ela ajuda a suprimir
sensações irrelevantes ou de distração, e regular o fluxo de
informação sensorial entre as regiões cerebrais.

Estudos anteriores sugeriram que a atenção pode ser usada para regular
o ritmo alfa e, por decorrência, a percepção sensorial.

Quando um indivíduo antecipa um toque, visão ou som, a mudança do foco
de atenção para o estímulo esperado induz a uma onda alfa mais baixa
nas células corticais que deveriam lidar com a sensação de espera, que
na verdade "eleva o volume" dessas células.

Ao mesmo tempo, a altura das ondas alfa em células que iriam lidar com
os aumentos das informações irrelevantes ou de distração se eleva,
baixando o volume dessas regiões.
www.diariodasaude.com

SUS vai fornecer aparelho ortodôntico e implante dentário!!!


Aparelho dental pelo SUS

Aparelhos bucais para corrigir a posição dos dentes e a mordida, os
chamados aparelhos ortodônticos, e implante dentário passarão a ser
ofertados pelo programa governamental Brasil Sorridente, por meio do
SUS.

Os novos serviços devem ser incluídos pelas secretarias estaduais e
municipais de Saúde, segundo o Ministério da Saúde.

Com os dois novos tratamentos, o governo federal estima atender mais
1,15 milhão de brasileiros este ano. Em 2010, foram 25 milhões de
atendimentos nos centros de odontologia do programa em todo o país.

Ortodondia e implantes dentários

A ortodontia faz a correção, por meio de aparelhos bucais, do
posicionamento dos dentes e da mordida, evitando problemas com dores e
desconforto.

Já o implante dentário visa à substituição de dentes perdidos. O
implante pode substituir um único dente, ou mesmo toda a arcada
dentária, através das overdentures (dentaduras fixadas na boca por
meio de implantes).

Os recursos para a inclusão dos novos tratamentos no Programa Brasil
Sorridente serão repassados diretamente pelo Fundo Nacional de Saúde
(FNS) para as secretarias estaduais e municipais de saúde,
responsáveis pela gestão dos CEO’s.

Os pagamentos serão liberados de acordo com a produção apresentada
pelo município.

Programa Brasil Sorridente

Lançado em 2004 pelo Ministério da Saúde, o Programa Brasil Sorridente
está inserido na Estratégia Saúde da Família (ESF) e tem como objetivo
garantir as ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal
dos brasileiros.

O aumento da oferta de serviços públicos de saúde bucal e de ações
preventivas poupou a extração de 400 mil dentes por ano no país.

A segunda Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil 2010) constatou,
para a população adulta, redução de 30% no número de dentes cariados,
queda de 45% no número de dentes perdidos por cárie, além do aumento
de 70% no número de dentes tratados, entre 2003 e 2010.

O estudo também revelou crescimento de 57% nos atendimentos
odontológicos no SUS.

Os bons indicadores da SB Brasil 2010 ajudaram o Brasil a ser
classificado (segundo os parâmetros da Organização Mundial de Saúde)
como país com baixa prevalência de cárie.

A proporção de crianças livres de cárie aos 12 anos cresceu de 31%
para 44%. Isso significa que 1,4 milhão de crianças não têm nenhum
dente cariado atualmente - 30% a mais que em 2003.

Ação dos estados e municípios

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a inclusão dos
procedimentos na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), durante a 3ª
Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite, realizada em
Brasília, nesta semana.

A oferta dependerá da organização das secretarias estaduais e
municipais de Saúde, que ficam responsáveis pela oferta dos serviços e
expansão da iniciativa na região.

Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil 2010),
35% da população brasileira possui alguma disfunção que necessita de
tratamento ortodôntico.

"Esses novos tratamentos serão ofertados, na medida em que os serviços
forem sendo implantados nos Centros de Especialidades Odontológicas
(CEOs). As Equipes de Saúde Bucal (ESB) farão a busca e a
identificação dos casos prioritários, que serão encaminhados aos CEO’s
para realizarem os tratamentos indicados," explica o coordenador de
Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca.

Somente em 2010, o Programa Brasil Sorridente investiu R$ 710 milhões
em ações de saúde bucal. Com a inclusão dos novos procedimentos, a
previsão de investimento total para 2011 é de um acréscimo de R$ 134
milhões.

Saúde bucal no SUS

Atualmente, são mais de 20,4 mil ESB presentes em 4.829 municípios
brasileiros. Depois de avaliados, os pacientes que tiverem necessidade
de implante ou aparelho ortodôntico são encaminhados para algum dos
853 Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) em funcionamento em
todos os 26 estados e no Distrito Federal (ver tabela 1, abaixo).

Por meio dessa ação, o governo federal ampliará a assistência em saúde
bucal para mais 1,15 milhão de brasileiros em 2011 (um milhão de
atendimentos de ortodontia e 150 mil atendimentos de implantes).

Em 2010, foram realizados 25 milhões de atendimentos nos CEOs. Esses
centros já realizam procedimentos como canal, tratamento de gengiva,
cirurgias orais menores, exames para detectar câncer bucal e
intervenções estéticas.

http://www.diariodasaude.com.br

Anemia está associada à falta de vitamina D!!!


Quanto menores os níveis de vitamina D, mais baixos os níveis de
hemoglobina no sangue e mais elevado é o risco de anemia.[Imagem:
FRL/UCR]
à falta de vitamina D:
Uma nova pesquisa destaca a relação entre carência de vitamina D e
anemia em crianças.

O excesso de cuidado na exposição das crianças ao Sol, provavelmente
motivadas pelos alertas contra o câncer de pele, tem levado a níveis
insuficientes de vitamina D entre crianças e jovens.

O novo trabalho foi apresentado no domingo (1º/5), por cientistas do
Centro Infantil Johns Hopkins e de outras instituições durante a
reunião anual das Sociedades Acadêmicas Pediátricas dos Estados
Unidos, em Denver.

Vitamina D e anemia

A anemia é diagnosticada e acompanhada pela medição nos níveis de
hemoglobina no paciente. Para investigar a relação entre hemoglobina e
vitamina D, os pesquisadores analisaram dados de amostras de sangue de
mais de 9,4 mil crianças de 2 a 18 anos.

Segundo o estudo de Meredith Atkinson e colegas, quanto menores os
níveis de vitamina D, mais baixos os de hemoglobina e mais elevado é o
risco de anemia.

Crianças com níveis de vitamina inferiores a 20 nanogramas por
mililitro (ng/ml) de sangue apresentaram risco 50% maior de contrair
anemia do que as com níveis mais elevados.

Para cada 1 ng/ml a mais da vitamina, o risco de anemia caiu 3%. O
estudo indicou que apenas 1% das crianças brancas avaliadas tinha
anemia, contra 9% das negras.

Essas últimas apresentaram, em média, níveis inferiores (18 ng/ml) da
vitamina do que as primeiras (27 ng/ml).

Fatores genéticos e biológicos

Estudos anteriores já haviam destacado que a anemia é mais comum em
crianças negras, mas os motivos para a diferença permanecem
desconhecidos.

O novo estudo indica que, além de fatores biológicos e genéticos, o
nível de vitamina D deve ser levado em conta na manifestação da
anemia.

Os pesquisadores ressaltam que, embora os resultados do estudo apontem
uma clara relação entre níveis da vitamina D e anemia, eles não devem
ser usados para estabelecer uma condição de causa e efeito.

Isto é, os resultados mostram que insuficiência de vitamina D e anemia
ocorrem juntas, mas não são conclusivos de que a deficiência de
vitamina D seja a causa da anemia.

Importância da vitamina D

Estudos recorrentes têm mostrado uma importância cada vez maior da
vitamina D em diversos processos biológicos:

Falta de vitamina D pode prejudicar o coração
Deficiência de vitamina D aumenta risco de gripe
Deficiência de vitamina D aumenta risco de hipertensão em mulheres
Vitamina D é essencial para ativar o sistema imunológico
Deficiência de vitamina D é associada com declínio cognitivo
Vitamina D diminui risco de Mal de Parkinson
Vitamina D influencia mais de 200 genes
Jovens brasileiros têm insuficiência de vitamina D

Com informações da Agência Fapesp
http://www.diariodasaude.com.br

Pessoas obesas têm maior sensibilidade ao sabor doce!!!


Adultos obesos ou com sobrepeso podem ter um paladar mais apurado para
identificar o gosto doce nos alimentos do que pessoas com o peso
normal.[Imagem: Wikimedia]

Paladar tendencioso

Adultos obesos ou com sobrepeso podem ter um paladar mais apurado para
identificar o gosto doce nos alimentos do que pessoas com o peso
normal.

Em função disso, a vontade de ingerir mais alimentos doces seria maior.

Mas também pode ocorrer o contrário: consumir mais alimentos com sal
devido ao desenvolvimento de rejeição por alimentos adocicados.

Sabor e gênero

As mulheres, por uma questão de saúde, bem-estar ou estética,
supostamente preferem alimentos com menos açúcar em comparação com os
homens, que são mais afeitos aos alimentos salgados.

E essas diferenças na percepção dos gostos básicos e de gordura, seja
por sexo ou estado nutricional, podem estar relacionadas, entre outros
fatores, aos hábitos alimentares.

É o que sugere a tese de doutorado defendida por Maria Carolina Campos
von Atzingen, na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São
Paulo (USP).

Sensibilidade ao doce

Para verificar se existe diferença na forma como as pessoas percebem
os gostos básicos em função da idade, estado nutricional e sexo, Maria
Carolina realizou uma série de testes sensoriais com 123 adultos. Ela
utilizou suco de laranja, para avaliar a percepção do gosto doce, e
purê de batata, para avaliar a sensibilidade ao gosto salgado e a
percepção de gordura.

Os testes indicaram que as mulheres preferem menores quantidades de
açúcar e que os participantes com excesso de peso perceberam mais
facilmente o gosto doce.

"Foi uma surpresa, porque se achava que as pessoas com sobrepeso ou
obesas perceberiam com menor intensidade o gosto doce e, por isso,
consumiriam mais alimentos adocicados", disse a nutricionista.

Uma das hipóteses levantadas para a maior sensibilidade ao gosto doce
por parte das pessoas com sobrepeso ou obesas foi o próprio hábito de
consumir mais alimentos adocicados.

Porém, de acordo com a orientadora do estudo, Maria Elisabeth Pinto e
Silva, professora da Faculdade de Saúde Pública da USP, ainda é
preciso aumentar a população investigada e realizar mais estudos sobre
os hábitos alimentares para fazer essas associações e afirmar,
categoricamente, que as pessoas com sobrepeso ou obesas têm mais
sensibilidade para o açúcar, sal ou a gordura.

"O estudo é importante e traz algumas indicações sobre isso. Mas é
preciso aumentar a amostra do grupo e realizar novas avaliações para
identificar as preferências por gostos, porque isso pode influenciar a
escolha dos alimentos pelas pessoas", afirmou.

Análise sensorial

Maria Carolina destaca que há poucos estudos sobre a sensibilidade
gustativa de pessoas adultas aos gostos básicos no Brasil, que são
diferentes em cada região do país e de outras populações do mundo em
função, entre outros aspectos, dos hábitos alimentares.

Segundo ela, ao identificar essas diferentes percepções do gosto seria
possível aos profissionais da área de saúde dar uma melhor orientação
nutricional aos pacientes, elaborando cardápios saudáveis e adaptados
às suas necessidades nutricionais e preferências de gosto.

"Às vezes, insistimos para o paciente comer um determinado alimento
que pode não ter uma aceitação tão boa para ele devido à sua própria
sensibilidade. E esse nível de sensibilidade poderia nos orientar no
sentido de reduzir a quantidade de sal, açúcar ou gordura consumida
pelos brasileiros, sem afetar seu grau de satisfação e preferência",
exemplificou.

As indústrias alimentícias, que realizam com frequência testes de
análise sensorial para lançar produtos e conhecer a sensibilidade
gustativa de seus consumidores, também podem ser auxiliadas a
modificar a formulação de seus produtos, diminuindo teores de sódio e
açúcar, como pretende o Ministério da Saúde (MS), sem diminuir a
aceitação pelo consumidor.

Mudança de hábito

No início de abril, o Ministério da Saúde firmou um termo de
compromisso com a principal associação do setor para reduzir
gradualmente a quantidade de sódio na composição de 16 tipos de
alimentos industrializados, como massas instantâneas, pães e
bisnaguinhas.

Teor de sódio nos alimentos industrializados será reduzido
Isso, na opinião de Maria Carolina, representa um grande desafio
porque tanto o sal como o açúcar exercem outras funções tecnológicas
nos alimentos, além de dar sabor.

"Eles são utilizados como ingredientes para conservar as
características microbiológicas dos alimentos e como realçadores de
sabor. A indústria alimentícia terá que encontrar outros ingredientes
que também desempenhem esses papéis, sem interferir na aceitação das
pessoas", afirmou.

Entretanto, a nutricionista ressalta que, além de as indústrias
diminuírem os teores de sal, açúcar e gordura dos alimentos, também é
preciso educar a população brasileira para mudar o hábito bastante
arraigado de adicionar sal, açúcar e gordura em excesso ao preparar os
alimentos ou na hora da refeição, o que interfere na percepção dos
gostos.

Elton Alisson - Agência FAPESP
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