Estudo
indica que a ação de fungos pode não ser o principal fator gerador da
descamação, que parece mais ligada a um desequilíbrio das bactérias existentes
no couro cabeludo.
Por
possuir tratamento relativamente simples, a caspa é uma das doenças dermatológicas
mais exploradas pela indústria de cosméticos, que comercializa em supermercados
e farmácias uma grande variedade de xampus que prometem o controle da dermatite
seborreica — como o problema é formalmente chamado — por meio do combate a
fungos presentes no couro cabeludo. No entanto, um estudo publicado na revista
Scientific Reports alerta que a descamação também pode ser provocada pelo
desequilíbrio de bactérias existentes na cabeça, indicando que tratamentos
antifúngicos comuns podem não resolver o problema de muitas pessoas.
“Micro-organismos
no couro cabeludo, especialmente fungos do gênero Malassezia, eram considerados
os principais causadores da doença. Nesse trabalho, ficamos surpresos ao
observar que a relação da caspa com a proporção de bactérias era mais forte do
que a relação com os fungos. A gravidade da doença parece depender mais da
diminuição das taxas de Propionibacterium em relação à Staphylococcus do que da
ação dos fungos”, explica Menghui Zhang, autor sênior do trabalho e pesquisador
da Shanghai Jiao Tong University, na China.
Comparados
com pessoas que não sofrem com o problema, as taxas de Propionibacterium nos
sujeitos com caspa avaliados caíam de 70,8% para 50,2%, ao passo que as de
Staphylococcus aumentavam de 26,0% para 43,5%. Além disso, a pesquisa constatou
tipos do fungo Malassezia que não provocam o problema. A espécie M. restricta,
por exemplo, foi encontrada em 87,2% dos participantes saudáveis e em 90,6% das
pessoas com caspa, uma diferença muito pequena para ser apontada como vilã.
“Não negamos a ação dos fungos completamente, pois ainda é possível que eles
exerçam diferentes papéis na geração da caspa, ao lado das bactérias”, observa
Zhang (leia mais abaixo).
Para
chegar às conclusões, os pesquisadores associaram os micro-organismos que
residem no couro cabeludo com a gravidade e a área da cabeça mais afetada pela
caspa em 59 chineses de 18 a 60 anos. Produção de sebo capilar, sexo e idade
dos participantes também foram considerados. Os cientistas observaram que a
descamação ocorre com mais frequência na região superior do couro cabeludo, que
é mais oleosa e menos úmida. Curiosamente, participantes mais jovens tinham
taxas de sebo relativamente maiores do que os do grupo mais velho. Apesar
disso, sofriam menos com a doença, indicando que a oleosidade não é, de fato,
uma determinante para a caspa.
Dos
dois principais tipos de bactéria, a Propionibacterium era mais abundante nos
lados do couro cabeludo, próximos às orelhas, em indivíduos do sexo masculino e
entre jovens. Já a Staphylococcus prefere o topo da cabeça, onde há mais
oleosidade e menos água.
Proteção
Professora
de microbiologia no Centro Universitário de Brasília (UNICEUB), Fabiola Castro
considera os achados uma grande novidade. “Os pesquisadores colocam em xeque a
teoria de que o fungo é o grande vilão da caspa. Além disso, as bactérias da
microbiota do couro cabeludo não costumam ser levadas em consideração na
avaliação da caspa e muito menos no tratamento”, diz a também microbiologista
clínica do Grupo Fleury Medicina e Saúde e do Instituto de Cardiologia do
Distrito Federal (ICDF).
Outro
destaque dos resultados é a possibilidade de a Propionibacterium ser protetora
contra a descamação: algumas espécies desse gênero de micro-organismo secretarem
substâncias que suprimem o crescimento de Staphylococcus. “O desequilíbrio
(entre bactérias), portanto, pode ser um dos fatores por trás da descamação”,
especula Zhang. Segundo ele, a partir dos resultados, será possível desenvolver
medicamentos que regulem e mantenham o equilíbrio de bactérias e fungos e as
condições normais do couro cabeludo. “Esses fatos interagem uns com os outros e
constituem uma rede complexa. Desenvolver esse tipo de tratamento não deve ser
fácil e, para nós, impõe um grande desafio”, diz o autor.
Fabiola
Castro aponta que há riscos em criar drogas que façam uma modulação drástica do
microambiente. “Elas podem fazer com que algumas bactérias fiquem resistentes e
ainda podem deixar o paciente predisposto a infecções oportunistas. Tudo deve
ser avaliado com muito critério. Inclusive, devemos pensar se há realmente a
necessidade de envolver drogas assim para controlar a caspa”, avalia a
especialista.
Concordância
com trabalho brasileiro
O
artigo de Menghui Zhang, pesquisador da Shanghai Jiao Tong University, na
China, também encontrou fungos Malassezia que não têm relação com o surgimento
da caspa. “Isso é consistente com os estudos anteriores na população brasileira
e na japonesa, nas quais diferentes subtipos foram encontrados em diferentes
proporções”, diz o cientista.
“Os
resultados brasileiros mostraram que uma grande variedade de subtipos desse
gênero foi detectada no couro cabeludo e na testa tanto de pessoas saudáveis
quanto de indivíduos com dermatite seborreica. Há, então, uma diversidade
intraespecífica. No nosso estudo, também notamos que diferentes formas de
Malassezia mantêm relações opostas com a caspa, o que significa que nossos
resultados, de certa forma, confirmam os dos brasileiros”, prossegue Zhang.
A
autora da descoberta no Brasil, Luciana Campos Paulino, professora pesquisadora
da Universidade Federal do ABC (UFABC), em São Paulo, diz ter ficado feliz com
os resultados em comum. “Em nosso estudo, vimos que os fungos não são
diretamente relacionados com a caspa, e até mesmo encontramos organismos
supostamente novos. O artigo chinês encontrou esses micro-organismos em uma
população diferente, e isso é muito interessante. Ainda não sabemos se são
novas espécies ou variantes das espécies existentes, mas notamos que estão
presentes em grande quantidade, inclusive nas pessoas saudáveis.” Os resultados
de Paulino foram publicados em janeiro de 2015 na revista Plos One.
Xampus
No
início deste ano, a pesquisadora publicou outro artigo, no British Journal of
Dermatology, que reforça os resultados. Dessa vez, ela investigou a eficácia
dos xampus à base do antifúngico cetoconazol. Em pessoas saudáveis, a população
de fungos do couro cabeludo e testa se manteve relativamente constante, mas em
pacientes tratados com o antifúngico apresentaram variações acentuadas. Embora
o efeito esperado fosse a diminuição no tamanho das colônias de Malassezia, em
alguns casos, houve aumento.
“Apesar
disso, os sintomas melhoraram. Suspeitamos que a substância não mate o fungo,
mas promova alguma alteração nele, como fazer com que pare de produzir uma
proteína associada à caspa. Há evidências na literatura de que o cetoconazol
tenha ação anti-inflamatória, o que amenizaria a descamação, a vermelhidão e a
coceira. Talvez fosse mais interessante trocarmos a substância antifúngica por
outra exclusivamente anti-inflamatória.”
Saiba-mais
Formas
variadas de tratamento
“A
caspa, ou descamação, é um dos sintomas da dermatite seborreica, doença crônica
e sem cura. Podemos mantê-la sob controle, mas não há nenhum medicamento que
garanta seu fim. Também não há uma única causa, mas sabemos que fungos
Malassezia são estimulantes, além de estresse, oleosidade, algumas medicações
e, agora, o desequilíbrio entre bactérias. Chegou recentemente ao mercado um
medicamento pro biótico que melhora a barreira cutânea do couro cabeludo,
diminuindo o processo inflamatório como um todo. É uma forma nova de tratar, a
partir da mudança do ambiente da região. É isso que diz a pesquisa chinesa: não
matar as bactérias do couro cabeludo, mas reequilibrar suas concentrações.
Sobre xampus de supermercado, eles podem ser usados na manutenção dos
tratamentos, mas só o dermatologista sabe dizer as necessidades de cada caso e
quais medicamentos devem ser usados. Alguns, inclusive, são orais.”
Rodrigo
Frota, dermatologista da clínica Aepit e membro da Sociedade Brasileira de
Dermatologia (SBD)
Veja
oito dicas para evitar as caspas
Com
os dias mais frios e secos, os cabelos sempre começam a sofrer mudanças. E uma
delas é o aparecimento de caspas, que nada mais é que uma descamação acentuada
do couro cabeludo que atinge tanto homens quanto mulheres. Segundo o
dermatologista e consultor da Netfarma Daniel Gontijo, as caspas aparecem com
mais frequência no inverno, pois os banhos começam a ficar mais quentes e o uso
de secadores é mais contínuo, o que estimula as glândulas sebáceas a produzirem
mais oleosidade favorável ao desenvolvimento das caspas. O problema da caspa
não tem cura, porém ela não é contagiosa. Pode ser prevenida com hábitos
cotidianos e acompanhamento médico. Gontijo dá algumas dicas de cuidados para
evitar o problema nesta estação do ano.
Atenção
na hora do banho: lavar o cabelo é muito importante para retirar o excesso de
oleosidade acumulado no couro cabeludo. Opte pelo banho morno.
Seque
o cabelo corretamente: ao usar o secador, prefira a temperatura morna ou fria.
Lembre-se de que o calor pode agravar o problema.
Escolha
os produtos certos: o uso dos shampoos anticaspa pode ajudar a retirar os
resíduos e deixar o couro mais saudável.
Evite
coçar: as regiões atingidas podem vir a coçar. Evite usar as unhas para coçar,
e se o incômodo for muito grande, massageie a região com a ponta dos dedos,
fazendo movimentos suaves e circulares.
Use
chapéu com moderação: o uso em demasia de chapéus, boinas, bonés e toucas é
proibido para quem tem caspa, pois esses acessórios contribuem para a
proliferação de fungos na região do couro cabeludo. Tente usá-los apenas em
dias em que a exposição solar for grande.
Mantenha
uma dieta balanceada: fuja das gorduras, como alimentos fritos ou embutidos.
“Evitar laticínios e alimentos alergênicos, como amendoim, também é uma
orientação importante. Já aqueles com propriedade anti-inflamatória, como atum,
sementes de chia e gergelim, nozes, laranja ou limão são permitidos. E não se
esqueça de tomar muita água”, indica o dermatologista.
Fuja
do estresse: O estresse sozinho não causa caspa, mas, como muitas outras
condições de saúde, pode agravar os seus sintomas. Ele pode afetar o funcionamento das glândulas
sebáceas, provocando mais oleosidade para o seu couro cabeludo. Preocupar-se
com a caspa apenas piora o problema.
Consulte
o médico: as crises podem ocorrer em diferentes intensidades. Em quadros mais
complicados, medicamentos de uso tópico ou oral podem ser recomendados.
Baixas
temperaturas contribuem para maior incidência da caspa
Especialistas
mostram como controlar descamação incômoda e, por vezes, constrangedora.
Se
não bastassem incomodar, elas nos envergonham. Ninguém merece andar por aí
exibindo as indefectíveis caspas. É automática aquela olhada no espelho para
ver se não tem uma profusão de flocos brancos sobre a roupa para imediatamente
iniciar os famosos tapinhas no ombro para se livrar delas. Para piorar, elas podem
aumentar no inverno e, como a tendência é usar roupas escuras, ficam ainda mais
em evidência.
A
caspa incomoda muitas pessoas e o problema se intensifica nas baixas
temperaturas. A dermatologista Ana Cláudia de Brito Soares explica que a caspa
é uma das manifestações da dermatite seborreica que piora no clima frio e seco.
Nesta época do ano, o ressecamento da pele, pernas e braços é maior, assim como
do couro cabeludo. “A tendência é que as glândulas sebáceas produzam mais para
evitar a perda de água. Com isso, aumenta a oleosidade e a quantidade de sebo.
O couro cabeludo mais oleoso desencadeia a proliferação do fungo Malassezia,
que está relacionado com a ocorrência da dermatite seborreica, tendo como uma
das manifestações a caspa.”
Ana
Cláudia de Brito Soares reforça que o ideal é lavar o cabelo, ainda que seja
complicado no inverno, na água mais fria, para não tirar a oleosidade. Se
preciso usar shampoo anticaspa, que tem princípio ativo antifugicida e
anti-inflamatório. Ela ressalta que hoje há produtos de qualidade que não
ressecam e nem danificam os cabelos. E a terceira medida para se livrar das
caspas, indicada pela dermatologista, é não deixar o cabelo úmido. Logo, o
secador é o melhor aliado nesta época do ano.
Hidratação
Mito-e-verdade-caspa-01A
dermatologista Juliana Neiva, pós-graduada em dermatologia pela Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), reforça a mudança na hidratação
natural do cabelo que resulta em maior retenção de células mortas na
descamação. “A caspa é um distúrbio comum que afeta o couro cabeludo, causando
descamação, vermelhidão e aumento da sensibilidade no local. A coceira também é
uma queixa comum. Em casos mais severos, crostas e queda de cabelo podem estar
presentes. Banhos quentes, maus hábitos de saúde e procedimentos químicos nos
cabelos são fatores que provocam ou intensificam o problema.”
Juliana
Neiva diz que durante o inverno pode haver um agravamento do quadro devido ao
maior ressecamento da pele do couro cabeludo. Baixa umidade do ar, clima seco e
banhos quentes e demorados deixam a pele do couro cabeludo mais vulnerável. “Há
um aumento da velocidade da renovação celular, ou seja, o acúmulo de células
mortas da camada mais externa da pele (extrato córneo). Geralmente, há a
presença do fungo Malassezia. Por isso, os cuidados diários com o couro
cabeludo, que incluem higienização correta, hidratação e combate antifúngico,
são os grandes aliados no combate à caspa.”
O
conforto é que há opções e é possível controlar as caspas, que teimam em grudar
nas roupas e nos cabelos. O uso de xampus anticaspa dá um efeito de
anti-inflamatório, nutre o couro cabeludo e hidrata os fios. É a uma boa opção
para evitar a descamação. A alimentação equilibrada contribui, assim como
evitar banho quente demais e o uso excessivo de secadores próximos ao couro
cabeludo. A caspa é esteticamente desconfortável, por isso é importante cuidar.
E lembre-se: tente se manter calma, já que os hormônios do estresse atuam
diretamente sobre a glândula sebácea, levando a uma maior produção de sebo e,
consequentemente, da caspa.
Dicas
. - Lave
os cabelos regularmente com xampu anticaspa: isso vai ajudar a remover a
sujeira e todos os resíduos que vão se acumulando, além de evitar a oleosidade excessiva.
. - Lave
os cabelos com água morna e use produtos adequados ao seu tipo de cabelo
. - Diminua
a temperatura do secador e a frequência de uso de chapinhas
. - Evite
dormir com cabelos molhados (ou ficar com eles molhados durante muito tempo.
Lavou, secou!) e não abafe o couro cabeludo.
. - Procure
o médico dermatologista caso não haja controle dos sintomas
9
receitas caseiras para acabar com a caspa
Sabemos
que dentre os problemas mais comuns referentes ao couro cabeludo, encontra-se a
indesejada caspa. Hoje vamos aprender algumas receitas caseiras para acabar com
a caspa. Ninguém merece colocar aquela belíssima roupa preta e alguns
minutinhos depois aparecerem àqueles pontinhos brancos. Só quem passou sabe a
vergonha que é não é mesmo?
O
que é a caspa?
As
caspas ou dermatite seborreica é uma lesão no couro cabeludo que pode se
estender a orelhas, ouvidos, nariz e outras partes do rosto. A pele descama e
desprende do couro dando origem a placas avermelhadas, coceira e até mesmo
queda do cabelo!
A
caspa é a resposta do couro cabeludo a uma irritação. A irritação do couro
cabeludo pode causar alterações na pele, provocando coceira, ressecamento e
vermelhidão.
A
irritação também acelera o processo de troca celular e faz com que células
imaturas se aglomerem na superfície do couro cabeludo. A aglomeração de células
cria os flocos de caspa visíveis.
A
caspa surge quando três fatores ocorrem em conjunto:
1.
Um microrganismo: O Malassezia globosa (antes conhecido como Pityrosporum) é um
microrganismo que aparece naturalmente no couro cabeludo de qualquer pessoa.
2.
Oleosidade do couro cabeludo: O microrganismo decompõe os óleos do couro
cabeludo. Isto cria uma substância que irrita a pele chamada ácido oleico.
3.
Sensibilidade da pele: A pele de cerca de 50% das pessoas reage de maneira
adversa ao ácido oleico. Esta sensibilidade causa a caspa.
A
caspa é contagiosa?
A caspa não é contagiosa porque o
microrganismo que a causa – o fungo Malassezia – está presente naturalmente no
couro cabeludo de todas as pessoas. Somente alguns desenvolverão a caspa, mas
compartilhar pentes, travesseiros ou roupa não a contagiam. O Malassezia
globosa é um fungo microscópico naturalmente presente no couro cabeludo. Sob a
influência de determinados fatores, este fungo prolifera-se excessivamente,
tanto no couro cabeludo quanto no folículo pilossebáceo, onde fica a raiz do
cabelo, desencadeando uma inflamação no local. Essa inflamação provoca uma
descamação excessiva no couro cabeludo, conhecida por caspa.
“A caspa é hereditária”: A tendência a
desenvolver caspa pode ser herdada, mas vários fatores devem ser conjugados
para sua aparição. A manifestação da caspa pode ser facilitada pelo estresse,
pela dieta (baixa em vitamina E), as mudanças hormonais, um couro cabeludo
ressecado ou com excesso de sebo, entre outros.
Caspa
crônica: A caspa não tem cura porque o fungo que a provoca não pode ser
eliminado completamente. No entanto, com o uso frequente e contínuo de um
shampoo contra a caspa, acompanhado de uma alimentação saudável e o domínio do
estresse, pode ser totalmente controlada.
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o pente ou escova transmite caspa?
Ahahahahaha…
Quem disse que você vai “pegar” caspa se usar o pente de um “casposo”? Caspa
não é uma doença, muito menos contagiosa. Ao usar o pente de uma pessoa que
sofre desse problema, é bem provável que você leve para o seu cabelo alguns
daqueles floquinhos esbranquiçados – na verdade, fragmentos de um couro
cabeludo que está descamando. Acontece que esses floquinhos são tecidos mortos,
incapazes de se multiplicar numa nova cabeça. Depois de um banho, você estará
livre deles. “Isso significa que a caspa não é para quem quer”, brinca Ricardo
Romiti, dermatologista do Hospital das Clínicas de São Paulo. “Ela é para quem
pode.”
A
pele fica avermelhada, resseca e começa a descamar. O quadro pode ser agravado,
segundo Romiti, por fatores externo como frio, pouca lavagem dos cabelos e até
estresse. “É mais ou menos como a gastrite: há pessoas que pioram em momentos
de ansiedade.”
Quem
tem caspa hoje pode não tê-la na semana que vem, caso a irritação de pele
desapareça naturalmente. Sim, ela tem períodos de melhora e piora, atingindo
homens e mulheres na mesma proporção. Estima-se que 50% dos brasileiros têm
caspa pelo menos uma vez por ano. E nem sempre o problema se manifesta no couro
cabeludo. Pode ocorrer também nas sobrancelhas, nos ouvidos e no nariz. “Existem
muitos cremes e xampus à base de cortisona que controlam o problema
rapidamente. Mas esses medicamentos têm efeitos colaterais no longo prazo”,
afirma o dermatologista. “Eles podem dilatar os vasos sanguíneos e estimular o
crescimento de pelos no rosto. Ou pior: a pele pode se acostumar e passar a
exigir uma dose cada vez maior do remédio.”
Remédios
caseiros
A
dermatite seborreica tem cura e para isso pode ser feito uso de xampus,
remédios e até mesmo, quem diria, diversos tipos de tratamentos caseiros.
Que
tal anotar essas soluções caseiras, com baixo custo e, de quebra, naturais.
1– Solução a base de folhas de sabugueiro
Essa
receita é extremamente simples e bastante eficiente. Você vai precisar de:
1
punhado de folhas de sabugueiro (cerca de 2 colheres de sopa) picadas
1
copo de água
Misture
os ingredientes e leve o fogo até ferver e reserve. Espere a solução esfriar,
coe bem e lave os cabelos normalmente e ao final passe a solução no couro
cabeludo massageando bem e deixe secar naturalmente.
2 – Chá de carqueja
A
carqueja é um ótimo remédio para a caspa, pois ela limpa as impurezas do sangue
e isso é parte essencial e complementar no tratamento de combate a caspa.
Ingredientes:
O
equivalente a 2 colheres de sopa de folhas de carqueja picadas
500
ml de água
Coloque
os ingredientes na panela e deixe ferver por 5 minutos. Espere esfriar e coe.
Você pode diluir em 1 litro d’água e tomar durante o dia inteiro.
3 – Loção de louro
Ingredientes:
3
colheres (chá) de folhas de louro trituradas
1
litro de água fervente
Adicione
as folhas em um recipiente com a água e deixe sob infusão até esfriar
totalmente. Aplique no cabelo antes de lavar e deixe agir por aproximadamente 2
horas.
4 – Loção de tomilho
Com
propriedades antissépticas, esse chá ajuda a combater as caspas e aliviar a
coceira.
Ingredientes:
O
equivalente a 4 colheres de tomilho
2
xícaras de água fervente
Adicione
as folhas na água fervente e deixe tapado sob infusão até que esfrie. Coe e
aplique no couro cabeludo após lavar normalmente o cabelo, massagear
delicadamente e deixar secar naturalmente.
5 – Loção de alecrim
Ingredientes:
1
colher de sopa de alecrim
1
xícara de água fervente
Adicione
as folhas em um recipiente com a água e deixe sob infusão até esfriar
totalmente. Coe e aplique no couro cabeludo massageando e deixe secar
normalmente.
6 – Sumo da folha de couve
Ingredientes
4
folhas de couve
Macere
as folhas de couve e passe a solução diariamente no couro cabeludo.
7 – Vinagre
Por
se tratar de um antisséptico por natureza, o vinagre é excelente combatente da
caspa. Ele pode ser usado de duas diferentes formas:
Após
lavar os cabelos normalmente, pegue um algodão e aplique o vinagre
delicadamente no couro e deixar secar naturalmente. Essa pode ser mais efetiva,
mas o cheirinho não é nada agradável, então você pode inverter o processo:
antes de lavar o cabelo aplique da mesma forma o vinagre por todo o couro
cabeludo e deixe agir por 2 minutos e lave normalmente.
8 – Solução de ervas naturais
Essa
solução também anti-bactericida auxilia na neutralização do ph do couro
cabeludo.
Ingredientes
1
colher de salviá seca
1
colher de chá de tomilho seco
1
copo de água fervente
80
ml de vinagre do tipo sidra
Gotas
de óleo eucalipto
Gotas
de óleo de alfazema
Despejar
as folhas sobre a água fervente e tapar, deixar agir por infusão até que esfrie
e em seguida coar. Adicione todos os outros ingredientes a solução e misture
bem e está pronto.
Aplicar
suavemente por todo o couro cabeludo e deixe agir por 5 minutos e em seguida
lave normalmente.
9 – Dieta balanceada
Diversas
situações favorecem o aparecimento das caspas, como o estresse e a má
alimentação. Problemas digestivos, no fígado e até mesmo a constipação
intestinal podem ser causadores de caspas. Para combater a caspa seborreica, é
necessário sobretudo mudar o modo de vida.
A
dieta para tratar a caspa é baseada na eliminação de laticínios e alimentos
gordurosos. O ideal também é consumir frutas frescas, cereais, sementes,
verduras e legumes crus. Além disso, é imprescindível tomar pelo menos 2 litros
de água por dia.
Essas
são algumas receitas caseiras que realmente funciona, escolha uma e seja
beneficiada pelos resultados.
Fonte:
http://www.lersaude.com.br/