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terça-feira, 28 de junho de 2011

ONU aponta consumo abusivo de remédios no Brasil!!!

Opioides

Relatório divulgado hoje pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc) alerta para o consumo abusivo de medicamentos no Brasil - sobretudo emagrecedores a base de anfetamina.

Em toda a América do Sul, a estimativa é que entre 0,3% e 0,4% da população adulta (15 a 64 anos) faça uso não-médico de opioides de prescrição, com um total de usuários variando entre 850 mil e 940 mil. No Brasil, o percentual chega a 0,5%.

O documento indica uma alta prevalência de consumo desses medicamentos também na Costa Rica (0,5%) e no Chile (0,6%).

Medicamentos controlados

Durante o lançamento do relatório, o diretor de Assuntos Internacionais da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), Vladimir de Andrade, destacou as estratégias adotadas pelo governo brasileiro em relação ao consumo de substâncias controladas, como a retenção de receita médica e a proibição de misturas.

Este ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) levantou a possibilidade de proibir a comercialização de emagrecedores, alegando que os riscos à saúde superam os benefícios - mesmo quando as drogas são prescritas.

O representante do Unodc para o Brasil e o Cone Sul, Bo Mathiasen, afirmou que, em todo o mundo, cerca de 210 milhões de pessoas (4,8% da população com idade entre 15 e 64 anos) usaram drogas ilícitas pelo menos uma vez nos últimos em 2010.
Paula Laboissière - Agência Brasil!!!
Diário da Saúde!!!

Plantas reconhecem outras da mesma espécie!!!

As plantas têm sido tratadas como seres passivos e pré-programados para responder às constantes mudanças ambientais - mas elas não são. [Imagem: Ag.USP]

Plantas que se reconhecem

Experimentos realizados com ervilhas mostraram que plantas da mesma espécie se reconhecem entre si e reconhecem a outras.

"A ciência já demonstrou que elas podem reconhecer, inclusive, outras espécies e até mesmo clones", conta a bióloga Francynês da Conceição Oliveira Macedo.

No laboratório de Estresse e Neurofisiologia de Plantas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em Piracicaba, a pesquisadora constatou também que o crescimento das raízes das plantas pode ser influenciado pela presença de raízes vizinhas.

Raízes

O estudo de Francynês é pioneiro no Brasil.

O principal objetivo foi verificar se raízes de ervilha apresentam crescimento diferenciado quando na presença de raízes da mesma planta, e de raízes de outras plantas, para averiguar a capacidade de auto-reconhecimento.

Ao todo, foram 29 dias de observações de plântulas (embriões vegetais já desenvolvidos) de ervilhas mantidas em câmaras de crescimento.

Todas as plantas utilizadas no experimento tiveram o ápice da raiz principal retirado quatro dias após a germinação, o que propiciou o crescimento de raízes laterais. Após sete dias, as plantas tiveram suas raízes secundárias retiradas, deixando-se apenas duas raízes por planta.

A partir de então, as plantas foram submetidas a duas condições diferentes: sob competição e sem competição. Em ambas as situações, as ervilhas foram plantadas em vasos de 50 mililitros. Os experimentos foram realizados numa câmara de crescimento com todas as condições controladas, como temperatura, água e luminosidade.

"Nossas respostas, até o momento, são referentes ao comportamento das plantas no laboratório. Por isso, não é possível estimar ainda o comportamento no campo", alerta a bióloga.

Competição de plantas

Neste experimento, os pesquisadores utilizaram três pequenos vasos que foram dispostos de maneira que formaram três junções (veja na figura 1). Em cada junção, foi colocada uma planta que teve sua raiz dividida entre dois vasos. "Assim, cada ponta da raiz ficou em um lado da junção, sendo que cada vaso teve então duas raízes diferentes competindo por recursos", descreve Francynês.

Neste experimento, os pesquisadores constataram que as três plantas apresentaram crescimento diferenciado entre si, sendo que uma delas possuía maior tamanho de parte aérea e de raiz. Além disso, um dos lados da raiz cresceu mais que o outro.

"Isso mostra que plantas detectam suas vizinhas e competem por recursos ativamente, mesmo que apresentem alto grau de parentesco", constata a pesquisadora. Ela destaca que as ervilhas foram do mesmo cultivar, enviadas pela Embrapa Hortaliças, e receberam exatamente o mesmo tratamento que as plantas que não estavam competindo.

Crescimento uniforme sem competição

No outro tipo de experimento, os vasos foram dispostos da mesma forma, em conjunto de três. Porém, cada um deles abrigou uma única plântula de ervilha.

"Observamos que, neste caso, as plantas cresceram todas de maneira uniforme, apresentando o mesmo tamanho de raiz e parte aérea", conta a bióloga.

Analisando os dois experimentos, os pesquisadores puderam constatar que as plantas que crescem em competição, apresentaram maior crescimento do que as que foram plantadas de forma isolada em um vaso. Em ambos os testes, os cientistas observaram o crescimento da raiz e da parte aérea.

Seres ativos

Segundo Francynês, as plantas têm sido tratadas como seres passivos e pré-programados para responder às constantes mudanças ambientais.

"Nosso experimento mostrou que as plantas de mesma espécie são capazes de discriminar entre raízes delas mesmas e de outras plantas, o que sugere a existência de um sistema processador de informações em plantas.

"Claro que não se trata de um sistema nervoso como conhecemos para seres humanos e demais animais. Mas possivelmente uma rede neural que recebe, processa, armazena e transmite informações baseada na atividade de moléculas, como proteína, por exemplo.

"Pesquisas em diversas instituições no mundo inteiro tem-se dedicado ao entendimento deste processo e nós estamos nos inserindo neste contexto", afirma a bióloga.
Diário da Saúde!!!
informações da Agência USP!!!

Novas descobertas sobre o diabetes!!!

Uma das descobertas sinaliza novos tratamentos para a doença, enquanto a segunda mostra uma via clara para adiar o surgimento da doença em indivíduos na zona de risco.[Imagem: Rodriguez-Diaz et al./Nature Medicine]

Dois caminhos

Uma nova rota de sinalização que torna a célula beta liberadora de insulina mais sensível a altos níveis de glicose no sangue foi descoberta por pesquisadores da universidade sueca Instituto Karolinska.

Um segundo estudo, também inédito, revela um caminho possível para retardar a doença pela inibição de uma lipoproteína.

Acetilcolina

O primeiro estudo, publicado na revista Nature Medicine fornece novos insights sobre como as células beta reagem frente a concentrações elevadas de açúcar no sangue, que ocorrem, por exemplo, após uma refeição.

O estudo centrou-se na acetilcolina, um neurotransmissor chave na função da célula beta.

Embora a substância seja liberada pelos neurônios nos camundongos, os animais de laboratório mais utilizados nas pesquisas, o mecanismo humano não era claro até agora.

Estes novos resultados mostram que a acetilcolina no pâncreas humano é produzida pelas células alfa, que também produzem glucagon, o hormônio que aumenta os níveis de açúcar no sangue.

"O fato de que a acetilcolina tem um papel central a desempenhar na secreção eficaz da insulina em resposta a um aumento nos níveis de açúcar no sangue, e que agora entendemos como essa substância é liberada pelo pâncreas humano, torna esta via muito interessante do ponto de vista do tratamento do diabetes," diz o professor Per-Olof Berggren, coordenador da pesquisa.

Retardar o surgimento do diabetes

O segundo estudo, publicado na revista PNAS, também realizada pelos pesquisadores do Instituto Karolinska, apresenta um possível meio de retardar o surgimento do diabetes.

O diabetes tipo I coincide com altas concentrações da lipoproteína apolipoproteína CIII (Apo CIII) no sangue.

A equipe já demonstrou em ratos, que desenvolvem uma forma de diabetes tipo I semelhante à da espécie humana, que os níveis de Apo CIII sobem antes do início da doença, e que isso causa a morte das células beta produtoras de insulina.

Reduzindo a produção de Apo CIII, os pesquisadores conseguiram atrasar significativamente o aparecimento do diabetes - os ratos demoraram o dobro do tempo para desenvolver a doença.

A equipe conclui que um aumento nos níveis Apo CIII é um precursor significativo do diabetes.

Eles agora esperam que o início da doença possa ser adiado em indivíduos na zona de risco para diabetes tipo I, por meio da redução da concentração de Apo CIII em seu sangue.
Diário da Saúde!!!

Pressão sanguínea pode ser medida com ultra-som!!!

A medição da pressão em vários pontos do corpo dá muito mais informações sobre o sistema vascular do paciente do que o tradicional método de medição utilizando uma bolsa inflável no braço.[Imagem: Bart van Overbeeke]

Ultra-som sanguíneo

Pesquisadores da Universidade de Twente, na Holanda, juntamente com a empresa italiana Esaote, desenvolveram uma nova técnica para medir a pressão arterial.

A técnica permite medir a pressão arterial em muitos pontos do corpo, e não apenas no pulso.

E usando tão-somente um aparelho comum de ultra-som, do tipo usado para fazer exames pré-natais.

A medição da pressão em vários pontos do corpo dá muito mais informações sobre o sistema vascular do paciente do que o tradicional método de medição utilizando uma bolsa inflável no braço.

Assim, em um futuro próximo, os médicos poderão obter rapidamente uma visão geral da condição do coração e dos vasos sanguíneos.

Deficiências das medições de pressão

"Há muito tempo os cientistas têm estado à procura de um método não-invasivo para medir os pulsos da pressão arterial em pontos muito localizados no corpo," explica a Dra. Nathalie Bijnens.

Hoje, quando essas medições são realmente essenciais, o método usual é inserir um cateter com um sensor de pressão, um procedimento invasivo, não adequado para a prevenção.

"Há também o método tradicional, usando a bolsa inflável no braço. Mas isso não permite que se tire qualquer conclusão sobre, por exemplo, a pressão do sangue na artéria carótida," diz Bijnens.

"Nesse método, a bolsa é inflada até que o fluxo de sangue no braço seja interrompido, permitindo que as pressões sistólica e diastólica (máxima e mínima) sejam medidas. Isso significa que você não vai encontrar ninguém disposto a medir a pressão sanguínea no pescoço," brinca a pesquisadora.

Medir pressão com ultra-som

A nova técnica usa ultra-sons para realizar medições da pressão arterial do paciente em muitos pontos do corpo, de forma absolutamente não-invasiva.

Tudo que é necessário é aplicar uma pequena quantidade de gel para que o leitor de ultra-som tenha um bom contato com a pele.

A chave para a nova técnica é, acima de tudo, um sofisticado sistema informatizado de processamento de sinais.

O ultra-som permite uma boa visualização do fluxo do sangue e dos movimentos das paredes dos vasos sanguíneos, a partir dos quais a pressão arterial pode ser obtida por meio de um modelo matemático.

O método também permite ver as variações da pressão arterial e do fluxo de sangue ao longo do tempo, como resultado dos batimentos do coração.

A nova técnica permitirá aos médicos realizar investigações preventivas do sistema cardiovascular, por exemplo, e acompanhar o desenvolvimento de doenças como a aterosclerose, tromboses ou aneurismas (dilatações perigosas de um vaso sanguíneo).
Diário da Saúde!!!

Cannabis atua no alívio da ansiedade provocada por trauma!!!



A vantagem é que o canabidiol também não provoca efeitos típicos da maconha, como falhas na memória recente, taquicardia, boca seca, incoordenação motora, agitação e tosse. [Imagem: USFWS]

Canabidiol

Um componente químico da maconha mostra cada vez mais potencial de se transformar em aliado no tratamento das sequelas emocionais deixadas pelo trauma.

Experimentos indicam que o canabidiol, um dos mais de 80 constituintes da Cannabis sativa, pode ajudar no tratamento de indivíduos que sofrem de ansiedade provocada por experiência traumática.

Resultados positivos têm sido obtidos em pesquisas desenvolvidas junto ao Laboratório de Psicofarmacologia, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Os estudos com animais em laboratório resultaram em artigos científicos publicados em importantes periódicos internacionais, como o European Neuropsychopharmacologye.

Trauma

Nestas pesquisas os animais recebem um choque moderado nas patas, simulando uma situação traumática.

Quando são novamente expostos ao ambiente de condicionamento, relembram a situação e expressam uma reação de medo, caracterizada por imobilidade e conhecida como congelamento. Registrando o tempo de congelamento, os pesquisadores avaliam a intensidade do medo provocado pela lembrança do trauma.

O coordenador dos estudos, professor Reinaldo Takahashi, explica que é semelhante ao que acontece com uma pessoa que foi assaltada numa determinada rua da cidade e fica com medo sempre que tem que passar por ali. Ou ao medo sentido por uma pessoa que foi atropelada. toda vez que ouve uma freada de carro.

Terapia de exposição

Segundo ele, em uma perspectiva terapêutica, a maneira mais eficaz de se reduzir o medo em animais de laboratório consiste em realizar sucessivas exposições ao ambiente de condicionamento. Assim os animais se adaptam à situação e reaprendam que aquele local deixou de ser ameaçador.

Em humanos, este tratamento é chamado de terapia de exposição e funciona mais ou menos da mesma forma.

"Os principais resultados de nossos estudos demonstraram que o canabidiol facilita esse processo de reaprendizado emocional, tornando a exposição terapêutica muito mais eficiente e com efeitos prolongados", explica o professor Takahashi.

Função ansiolítica

A pesquisa indica que o canabidiol poderia ser associado a tratamentos psicológicos como a terapia comportamental, ajudando a atenuar traumas.

Além disso, o canabidiol reduziu a ansiedade dos animais que passaram pelo processo de condicionamento.

A avaliação faz a equipe supor que esse constituinte da maconha funciona como um ansiolítico, o medicamento que combate a ansiedade.

A vantagem é que o canabidiol possui características mais interessantes do que as substâncias benzodiazepínicas comumente usadas nesta terapia e que podem ter entre seus efeitos colaterais dependência, sonolência excessiva, piora da memória, tonturas e zumbidos.

Outra vantagem sinalizada pelos estudos realizados na UFSC é que o canabidiol também não provoca efeitos típicos da maconha, como falhas na memória recente, taquicardia, boca seca, incoordenação motora, agitação e tosse.

Esses sintomas são causados principalmente por outro canabinoide, o conhecido tetrahidrocanbinol (THC). "Então, além de ser terapêutico, estima-se que se o canabidiol for utilizado como medicamento, terá poucos efeitos colaterais", complementa o professor.

Reaprendizado emocional

Os estudos desenvolvidos na UFSC auxiliam também na compreensão da fisiologia do cérebro, dos processos cerebrais relacionados à retomada da memória traumática e ao consequente reaprendizado emocional.

Dando continuidade aos experimentos, o doutorando do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia da UFSC Rafael Bitencourt, orientando do professor Reinaldo Takahashi, aprofundou as pesquisas e obteve resultados importantes.

Seus estudos sugerem que há uma interação entre o sistema responsável por parte das respostas ao estresse, o sistema corticosteróide, e o sistema endocanabinoide, que ocorre no decorrer do processo de reaprendizado.

O primeiro está relacionado a hormônios que possuem um papel importante na regulação do metabolismo e o segundo, o sistema endocanabinoide, é formado por mensageiros cerebrais produzidos pelo próprio organismo e que parecem ter evoluído como parte da comunicação entre os neurônios (uma espécie de "fábrica natural" de maconha que os vertebrados possuem).

"Um determinado nível de estresse diante de uma situação traumática é necessário para que ocorra liberação de substâncias no nosso cérebro, levando à indução da produção dos endocanabinoides. Estes endocanabinoides facilitariam o processo de reaprendizado emocional, impedindo ou amenizando as chances de uma pessoa desenvolver um trauma", explica Rafael.

Memória traumática

Para os pesquisadores, o melhor entendimento do processo de reaprendizado emocional em situações potencialmente traumáticas pode facilitar a procura por condutas terapêuticas para aqueles indivíduos que desenvolvem algum transtorno relacionado à persistência de uma memória traumática.

O conhecimento sobre os endocanabinoides também pode ajudar na concepção de terapias que aproveitem as propriedades terapêuticas da maconha.

"O futuro dirá se os canabinoides um dia passarão de substâncias proibidas a aliados no tratamento das sequelas emocionais deixadas pelo trauma", complementa o professor Takahashi.
Reinaldo N. Takahashi e Rafael M. Bitencourt
Diário da Saúde!!!

Proteínas do aprendizado: Faça intervalos nos estudos para aprender melhor!!!


Esta descoberta sugere que as proteínas produzidas durante o aprendizado desempenham um papel fundamental na formação das memórias de longo prazo. [Imagem: RIKEN]

Estudar e repousar

Há muito se sabe que as memórias são mais propensas a se manter se a aprendizagem incluir períodos regulares de repouso.

Por exemplo, cientistas e educadores sabem há muito tempo que estudar até a exaustão não é uma forma eficaz de se lembrar da matéria na hora da prova.

O que não se sabia era por que ou como isso acontece.

Agora, pesquisadores do Instituto RIKEN, no Japão, elucidaram um mecanismo neurológico que ajuda a explicar por que isso acontece.

Consolidação da memória

Os resultados sugerem que a síntese de proteínas no cerebelo tem um papel fundamental na consolidação da memória, lançando luz sobre os processos neurológicos fundamentais que regem a memória.

O "efeito de espaçamento", descoberto pela primeira vez mais de um século atrás, descreve a observação de que os seres humanos e animais são capazes de lembrar as coisas de forma mais eficaz se o aprendizado estiver distribuído por um longo período de tempo, em vez de ser tentado de uma única vez.

Acredita-se que esse efeito esteja intimamente ligado ao processo de consolidação da memória, no qual as memórias de curto prazo são estabilizadas e "transformadas" em memórias de longo prazo.

Intervalos durante os estudos

Pesquisas anteriores sugeriram que este efeito de espaçamento é produto da transferência do traço de memória dos flóculos, uma região do córtex cerebelar que se liga ao núcleo motor envolvido no movimento dos olhos, para outra região do cérebro, conhecida como núcleo vestibular.

Em um estudo com animais, os pesquisadores japoneses descobriram que o efeito espaçamento foi anulado quando essa via de transferência foi inibida com drogas - anisomicina e actinomicina D, antibióticos que inibem a síntese protéica.

Esta descoberta sugere que as proteínas produzidas durante o aprendizado desempenham um papel fundamental na formação das memórias de longo prazo.

Esta é a primeira vez que se consegue uma explicação neurológica para os benefícios conhecidos da aprendizagem espaçada - bem como uma ótima desculpa para fazer mais intervalos durante os estudos.
Diário da Saúde!!!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Brasileiros desvendam mecanismo dos cistos nos rins!!!

Cistos nos rins

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) deram um passo importante para ampliar o entendimento sobre o mecanismo de uma doença que afeta uma em cada 400 a 1.000 pessoas em todo o mundo.

Eles elucidaram as propriedades moleculares estruturais de parte de uma proteína que exerce um importante papel para o surgimento da doença renal policística autossômica dominante (DRPAD).

A doença, que é caracterizada pela formação de diversos cistos (dilatações cheias de líquido) nos rins, fígado e outros órgãos, é causada por uma mutação nos genes PKD1 (Policystic Kidney Disease 1) ou PKD2, em decorrência da perda da função das proteínas produzidas por eles: respectivamente, a policistina-1 (PC1) e a policistina-2 (PC2), cuja atividade é controlada pela primeira.

Cauda de proteína

Canal de cátions não seletivos com permeabilidade ao cálcio, a PC2 possui uma cauda, denominada extremidade intracitosólica carboxi-terminal (PC2t), que desempenha um papel muito importante na interação física da PC2 com diversas proteínas, incluindo a PC1.

Devido à grande importância dessa parte da proteína, os pesquisadores brasileiros decidiram analisar, pela primeira vez, o arranjo macromolecular do complexo de proteínas (homo-oligômero) formado pela PC2t, utilizando uma série de técnicas de análises moleculares, biofísicas e bioquímicas.

O trabalho, de autoria do físico Frederico Moraes Ferreira, foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

"Trata-se de uma pesquisa muito importante na área de biofísica, por elucidar as propriedades estruturais do domínio intracitosólico carboxi-terminal da policistina-2, que tem enorme importância biológica", disse Luiz Fernando Onuchic, coordenador do Laboratório de Nefrologia Celular, Genética e Molecular e coautor da pesquisa.

Variação estrutural

As técnicas utilizadas pelos pesquisadores para analisar a PC2t, que incluíram, entre outras, espectroscopia de massa, espalhamento de raios X a baixos ângulos e espalhamento dinâmico de luz, foram conduzidas em experimentos feitos no Instituto de Física da USP de São Carlos e no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas (SP).

Por meio delas, os pesquisadores puderam observar que a PC2t é capaz de se organizar como um homotetrâmero (composta por quatro unidades da proteína), independentemente de qualquer outra porção da molécula. E essa organização tetramérica ocorre tanto na presença quanto na ausência do cálcio.

Para validar esses dados experimentais, o grupo iniciou uma colaboração com pesquisadores do Centro de Física Biológica Teórica da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, para fazer a análise teórica. Os resultados das simulações de dinâmica molecular realizadas no laboratório norte-americano validaram as análises experimentais realizadas pelos pesquisadores, no Brasil.

"Demonstramos tudo do ponto de vista experimental e depois fizemos as análises de estimulação dinâmica molecular e demonstramos que elas estão de acordo", disse Onuchic.

Mecanismos da doença

Segundo o pesquisador, o modelo molecular da PC2t deverá servir de ponto de partida para que se passe a focar em questões direcionadas à arquitetura da PC2, assim como nos papéis desempenhados por elas no mecanismo da doença.

"Na medida em que formos capazes de elucidar as propriedades estruturais dessa extremidade da PC2t, da arquitetura da PC2 e do mecanismo da doença, abrem-se perspectivas muito boas para o avanço nos mecanismos de compreensão da doença e, em última instância, na possibilidade de geração de drogas que possam ser utilizadas para tratá-la", afirmou.

No momento ainda não existe um tratamento específico para a doença que, segundo estimativas, afeta mais de 600 mil pessoas nos Estados Unidos e é responsável por 10% das insuficiências crônicas dos rins, em que as únicas opções para os pacientes são a diálise ou o transplante dos rins.

No Brasil, onde não há dados oficiais sobre o número de pessoas afetadas pela doença, calcula-se que ela represente 7,5% dos casos de doença renal crônica terminal na região Sul do país.
Com informações da Agência Fapesp
Diário da Saúde!!!

Medicamento para diabetes vira nova arma contra o câncer!!!

Metformina

Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) testaram com sucesso uma nova via bioquímica para o tratamento do câncer.

O estudo associou a metformina, o principal medicamento utilizado no tratamento do diabetes tipo 2, ao quimioterápico paclitaxel, droga utilizada em pacientes com câncer de mama e pulmão.

Nos estudos realizados in vitro e em cobaias, os pesquisadores conseguiram inibir o crescimento do tumor.

Esta associação representa um avanço na terapia-alvo e surge como nova linha de tratamento para os pacientes com câncer.

Obesidade: mal comum

Isto foi possível devido ao "insight" dos pesquisadores em perceber a lógica bioquímica que existe por trás de ambas as doenças, que têm uma causa comum para cerca de 30% dos casos de câncer registrados no mundo: a obesidade.

A estreita relação entre a obesidade e o câncer vem sendo confirmada por meio de estudos, pesquisas e análises em todo o mundo.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) classifica o excesso de peso como o segundo maior fator de risco evitável para a doença.

Segundo a União Internacional de Controle do Câncer, obesidade e sedentarismo são os principais fatores de risco para cerca de 30% dos casos da doença. O mecanismo de como isto acontece merece atenção de pesquisadores do mundo todo.

No caso do diabetes, a relação é a mesma. Indivíduos com sobrepeso ou obesidade têm três vezes mais risco de desenvolverem diabetes do que uma pessoa considerada com peso normal. Para o tratamento do diabetes tipo 2, a droga mais utilizada no mundo é a metformina.

Erva medicinal

A metformina é um medicamento oral derivado da guanidina, o composto ativo originário da Galega officinalis, erva medicinal também conhecida como Lilac e usada por séculos na Europa como tratamento do diabetes desde a Idade Média.

A metformina reduz a ocorrência de todas as complicações do diabetes e também pode reduzir discretamente os níveis de LDL, conhecido como colesteraol ruim, e de triglicérides.

"Na busca de um mecanismo comum para a origem da obesidade e do câncer e com o conhecimento prévio de que a metformina, ao entrar na célula, levava à ativação de uma proteína-chave que regula a proliferação celular, procuramos por quimioterápicos cujo efeito atuasse nesta mesma proteína. E achamos um que fazia isto. A ideia foi associar as drogas e o resultado que encontramos foi surpreendente", disse José Barreto Campello Caravalheira.

Quimioterapia moderna

Dentre os muitos desafios da medicina, nenhum teve início mais controverso do que o tratamento do câncer.

O início da era moderna da quimioterapia pode ser vinculado diretamente à descoberta do gás mostarda, uma arma química.

Em 1942, Louis Goodman e Alfred Gilman, ambos farmacologistas, trataram um paciente portador de linfoma não-Hodgkin com o gás mostarda baseado em achados da autópsia de soldados que morreram na I Guerra Mundial.

Uma segunda abordagem para o tratamento do câncer teve início logo após a Segunda Guerra, quando Sydney Farber, um patologista da escola de medicina da Harvard, investigou o efeito do ácido fólico em pacientes com leucemia.

A partir de 1950, outras drogas antileucêmicas foram estudadas e iniciou-se a era da quimioterapia com ensaios in vivo para inibição da síntese de DNA.

Em 1956, o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos estabeleceu um amplo programa para a coleta e teste da atividade anticâncer de plantas e algas marinhas.

Este programa resultou na descoberta dos taxanos e das camptotecinas. O paclitaxel é um dos principais taxanos usados atualmente e cuja promoção de morte celular decorre de seus efeitos em microtúbulos.

Inicialmente, o paclitaxel era difícil de ser sintetizado e virtualmente insolúvel, só tendo sido possível seu uso clínico a partir de 1991. O paclitaxel é um dos mais importantes quimioterápicos surgidos no final do século XX.

Sinalização celular

A complexidade do desenvolvimento e crescimento de organismos pode ser atribuída às interações dinâmicas e diversas entre hormônios, fatores de crescimento, contatos entre as células e outros estímulos externos que coordenam o destino de cada célula através de seus receptores de membrana.

A explosão da pesquisa em transmissão do sinal intracelular nos últimos dez anos vem decifrando os mecanismos básicos de sinalização intracelular de um grande número desses receptores de membrana.

Um dos mais interessantes aspectos da transmissão do sinal intracelular descoberto nos últimos cinco anos é a constatação de que muitas vias de sinalização com diversas ações podem interagir em múltiplos níveis - isto é frequentemente chamado de crosstalk. A elucidação das vias de crescimento celular e a observação de que essas vias estão alteradas no câncer humano levou a procura de inibidores específicos.

A célula é um dos menores organismos vivos. Além da membrana plasmática, núcleo, ribossomos, complexo de Golgi, mitocôndrias, cromossomo e DNA, 10% dela é constituída de proteínas, enzimas e outras estruturas.

Uma das características mais comuns das células cancerígenas é o seu ritmo rápido de divisão celular, conhecida na biologia como mitose. A fim de acomodar isto, a célula está em constante reestruturação. Flexibilidade é a chave.

Sensor energético

Em sua pesquisa, Guilherme Zweig Rocha descreve o funcionamento do paclitaxel e os caminhos de sua ação na célula.

Três proteínas participam deste processo. A proteína p53 é citoplasmática e sintetizada pela própria célula responsável por ativar a maquinaria de reparo do DNA.

A AMPK, sigla de proteína quinase ativada por AMP, é uma proteína que exerce efeitos sobre o metabolismo da glicose e dos lipídios. A AMPK é como um sensor energético e pode ser denominada de proteína-chave da célula.

A mTOR é a proteína responsável pelo crescimento celular, tanto de células sadias quanto cancerosas.

O paclitaxel entra na célula e se liga a microtúbulos impedindo a separação dos cromossomos duplicados e a divisão das duas células filhas. Uma vez que o número de cromossomos nas células está incorreto, a proteína p53 é ativada para que a correção seja feita. A proteína p53 é responsável por "verificar" a integridade do material genético da célula.

Se este material não estiver da forma correta, a p53 é que ativa a maquinaria de reparo. Se não for possível reparar o dano, a p53 também dá início ao processo de apoptose, ou seja, a morte da célula.

"A ativação de p53 leva ao aumento de proteínas chamadas sestrinas. As sestrinas ativadas pelo estresse genotóxico causam, por sua vez, a ativação da proteína AMPK. Essa ativação leva a inibição da mTOR, responsável pelo crescimento do tumor. A via de sinalização AMPK/ mTOR parece ser um bom alvo para o bloqueio de crescimento e morte de células tumorais", explicou Rocha.

Teste do paclitaxel e metformina

Ao perceberem que tanto o paclitaxel quanto a metformina atuavam na AMPK isoladamente, tanto na quimioterapia quanto no tratamento do diabetes, os pesquisadores resolveram associar os dois medicamentos para o tratamento do câncer de mama e pulmão.

De acordo com os resultados do estudo, a combinação entre metformina e paclitaxel tem efeito antitumoral capaz de induzir a interrupção do ciclo celular do tumor cancerígeno.

O tratamento combinado das duas drogas, descrevem, potencializa a ativação da AMPK e leva a uma redução drástica de sinalização molecular através da mTOR, o que diminui a proliferação celular.

"Ao invés de tentarmos inibir a mTOR no final do processo do desenvolvimento do tumor, achamos melhor dar um passo atrás e potencializarmos a ativação da proteína AMPK", explicou Caravalheira.

Primeiramente, as células de câncer de mama e de pulmão foram tratadas com metformina e com paclitaxel em testes in vitro. Depois, foram inoculadas em camundongos com a capacidade de permitir que células humanas crescessem neles. Os animais foram tratados com metformina ou paclitaxel separadamente ou com a combinação das duas drogas.

De acordo com a pesquisa, os animais controle, isto é, sem tratamento, tiveram o tumor aproximadamente cinco vezes maior que os animais com tratamento associado. Nos animais tratados apenas com paclitaxel, o tumor ficou o dobro do tamanho. No tratamento com metformina, alcançou quase o triplo.

"Observamos que o tratamento de metformina com paclitaxel resulta na parada do ciclo celular na fase anterior à mitose e diminui o crescimento tumoral em animais em relação aos tratamentos isolados e ao grupo controle. Assim, podemos sugerir que a associação das duas drogas potencializa a ativação da AMPK e leva a uma diminuição da atividade de vias de crescimento, proliferação e diferenciação celular. Esta pode ser uma alternativa mais eficiente para o tratamento do câncer", explicou Rocha.

Testes em pacientes

Segundo Carvalheira, em oncologia, as coisas não são passadas de uma fase de laboratório para pacientes com tanta facilidade.

Entretanto, por meio da aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa e pelos resultados promissores obtidos nos estudos, pacientes com câncer de cabeça e pescoço atendidos no ambulatório de Oncologia do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp e no Hospital do Câncer de Barretos, interior de São Paulo, já estão sendo recrutados para o tratamento com esta nova combinação de medicamentos.

A escolha desse tipo de paciente é por causa da facilidade em se conseguir a biópsia do tumor e analisar o processo bioquímico à luz da descrição científica de todo a pesquisa.

"A proteína AMPK é um alvo para o tratamento. É isto que sugerimos no artigo. Nós conseguimos parar o crescimento do tumor. Temos fé nesta nova combinação terapêutica", disse Carvalheira.
Edimilson Montalti
Diário da Saúde!!!

Brasileiros criam enxertos híbridos para veias e artérias!!!

O material forma uma trama híbrida que favorece a adesão e proliferação das células que irão formar o tecido substituto das veias e artérias lesionadas. [Imagem: Ag.USP]

Sintético e natural

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um novo tipo de material para enxertos vasculares que combina substâncias sintéticas e naturais.

O protótipo criado pela química Mariana Carvalho Burrows forma uma trama híbrida que favorece a adesão e proliferação das células que irão formar o tecido substituto das veias e artérias lesionadas.

Ao mesmo tempo, o uso de componente biológico aumenta a biocompatibilidade em relação aos enxertos feitos apenas de compostos sintéticos.

Biocompatibilidade

O material foi preparado com Poli(etilenotereftato) (PET), já usado em enxertos pela capacidade de contrair e dilatar sem perder suas propriedades mecânicas, e colágeno, um material biológico.

"Ele é o principal componente da matriz extracelular, responsável pela adesão entre células", afirma o professor Luiz Henrique Catalani, que orientou a pesquisa. "O colágeno aumenta a biocompatibilidade do material, permitindo o recobrimento com células endoteliais (que compõem o tecido dos vasos sanguíneos) e, assim, afastando os riscos de trombos como embolias, coágulos, deposição plaquetária, que podem obstruir o enxerto".

Os dois componentes são processados por meio da técnica de eletrofiação, que produz fibras e as entrelaça em uma malha não orientada. As fibras, com diâmetro da ordem de centenas de nanômetros, possuem uma arquitetura próxima da matriz extracelular. Após a preparação da trama, que servirá de suporte (scaffold) ao enxerto, ela é colocada em uma cultura de células endoteliais. "Nessa cultura acontece a formação do tecido substituto, em um processo conhecido como engenharia de tecido", diz Mariana.

Nos experimentos in vitro, verificou-se que a utilização do colágeno proporcionou uma adesão e proliferação celular maior do que nos suportes compostos unicamente por PET. "A porosidade do material favorece a adesão, além da proliferação acontecer não apenas na superfície, mas também em seu interior", aponta a química.

Malhas híbridas

A adição de até 20% de colágeno ao material permitiu uma boa resposta no teste da qualidade mecânica.

"Ao mesmo tempo, ele aumenta a hidrofilicidade do constituinte, reduzindo a adsorção de plaquetas do sangue e o risco de formação de trombos que podem comprometer o tecido substituto, afirma Mariana. "Ao mesmo tempo, as células endoteliais também liberam fatores antitrombogênicos".

De acordo com a cientista, a pesquisa procurou não apenas incorporar o colágeno na malha do suporte do enxerto de forma eficiente: "Utilizando-se a menor quantidade possível, procurou-se obter a máxima disponibilização e dispersão na malha", conta. "A arquitetura do material tem influência direta na proliferação celular e observou-se em microscópio eletrônico que havia inclusive algumas fibras de colágeno puro".

"Esta etapa dos estudos apresentou bons resultados em termos de qualidade da estrutura e adesão celular", ressalta o professor Catalani."Antes dos experimentos in vivo, com animais e seres humanos, serão necessários novos testes, realizados em colaboração com centros de pesquisa das áreas médica e biomédica".

Mariana lembra que os enxertos de PET existentes são utilizados apenas em vasos com diâmetro superior a 6 milímetros. "O fluxo sanguíneo em contato direto com a parede do vaso é maior, o que aumenta o risco de trombos", explica. "O uso de malhas híbridas de polímero-colágeno associadas ao processo de endotelização proporciona melhorias no enxerto, as quais poderão permitir no futuro sua utilização em vasos com baixos diâmetros".
Júlio Bernardes - Agência USP
Diário da Saúde!!!

Receitas para pacientes com câncer. Ou sem.!!!

A boa notícia é que estes sintomas desagradáveis da quimioterapia e da radioterapia podem ser minimizados por meio de uma avaliação nutricional. [Imagem: ICESP]

Efeitos colaterais e alimentação

Os tratamentos quimioterápico, radioterápico e de radioiodoterapia podem apresentar diversos efeitos colaterais.

Esse processo, dependendo do paciente, causa alterações no organismo, que podem ser leves ou agudas. Os efeitos têm duração variável e, geralmente, desaparecem após algumas semanas.

Contudo, esses efeitos colaterais são os grandes responsáveis pela ingestão alimentar insuficiente e, consequentemente, pela perda de peso durante o tratamento.

Receitas

A boa notícia é que estes sintomas desagradáveis podem ser minimizados por meio de uma avaliação nutricional.

Os profissionais, em conjunto, irão avaliar quais são os cuidados necessários com a alimentação durante o período de tratamento.

Por isso, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) criou um cardápio especial que pode ajudar os pacientes oncológicos a comerem melhor. Em breve, o conteúdo completo será divulgado em formato de livro. Mas, desde já, algumas receitas podem ser encontradas aqui.

"O acompanhamento médico e, em alguns casos, a prescrição de medicamentos para possíveis reações negativas e temporárias são fundamentais. Mas o auxílio também pode vir da própria cozinha de casa", disse Suzana Camacho, gerente do Serviço de Nutrição e Dietética do ICESP.

Efeitos colaterais

Vale lembrar que nem todos os quimioterápicos ou a radioterapia ocasionam efeitos indesejáveis e cada organismo responde de forma individualizada ao tratamento, dependendo da idade, da condição clínica e nutricional de cada um e da ocorrência da necessidade de tratamentos associados.

Por isso, nem todas as pessoas apresentam os efeitos colaterais da quimioterapia ou radioterapia.

Entretanto, se os efeitos colaterais manifestarem-se, lembre-se que são temporários. Seja positivo, tenha persistência e determinação em não interromper o tratamento médico.

A continuidade do tratamento e o empenho em garantir uma alimentação adequada são fundamentais para a recuperação e manutenção da saúde.

Assim, é muito importante comunicar a seu médico qualquer efeito colateral ou qualquer alteração da sua condição habitual.

Procure também um nutricionista para a avaliação, orientação e acompanhamento nutricional visando ajustar a sua dieta e contornar as possíveis reações desagradáveis decorrentes da quimioterapia e/ou radioterapia a fim de prosseguir mais confortavelmente e com mais êxito ao tratamento proposto pelo seu médico.

Cardápio para tratamento de câncer

Pratos salgados

Cestinhas de folhas (náuseas e vômitos, intestino preso)

Wrap integral de frango e hortaliças (náuseas e vômitos, intestino preso)

Rocambole de fubá (dor para engolir, feridas na boca, náuseas e vômitos, diarreia)

Almôndega de aveia (ausência ou alteração de paladar, náuseas e vômitos, intestino preso)

Arroz Cremoso (dor para engolir, feridas na boca, boca seca)

Sopa de grão-de-bico com abacaxi (radioiodoterapia, ausência ou alteração de paladar, dor para engolir boca seca, intestino preso)

Sopa de batata-doce com alho poró (radioiodoterapia, feridas na boca, boca seca)

Pratos doces

Flan de laranja com calda de hortelã (alteração no paladar, dor para engolir, feridas na boca, boca seca, náuseas e vômito)

Flan de melancia (radioiodoterapia, dor para engolir, boca seca)

Sorvete de erva-doce com maçã (ausência ou alteração no paladar, dor para engolir, feridas na boca, boca seca, náuseas e vômito)

Banana com cravo e canela (radioiodoterapia, ausência ou alteração do paladar, dor para engolir, boca seca)

Bolo de mel - sem ovo (radioiodoterapia, dor para engolir)

Bebidas

Suco de maçã, limão e hortelã (radioiodoterapia, ausência ou alteração do paladar, dor para engolir, boca seca, náuseas e vômito e diarreia)

Gelo verde (ausência ou alteração do paladar, dor para engolir, boca seca, náuseas e vômitos)

Suco de couve cítrico (ausência ou alteração do paladar, dor para engolir, boca seca, náuseas e vômito)

Espumante de maçã com hortelã (radioiodoterapia, ausência ou alteração do paladar, dor para engolir, boca seca, náuseas e vômitos, diarréia)

Suco de cenoura, tangerina e gengibre (radioiodoterapia, ausência ou alteração do paladar, dor para engolir, boca seca, náuseas e vômitos)

Milk-shake de banana (dor para engolir, feridas na boca, boca seca, intestino preso)
Diário da Saúde!!!

Azeite de oliva na dieta previne derrame!!!

O AVC é muito comum em pessoas mais idosas e o azeite de oliva seria uma maneira barata e fácil de ajudar a evitar isso. [Imagem: Wikimedia]

Dieta com azeite

Um novo estudo sugere que o consumo de óleo de oliva pode ajudar a prevenir um acidente vascular cerebral em pessoas idosas.

A pesquisa foi publicada no Neurology, o jornal médico da Academia Americana de Neurologia.

"Nossa pesquisa sugere que deve-se lançar um novo conjunto de recomendações dietéticas para prevenir o acidente vascular cerebral em pessoas com 65 anos ou mais," disse Cécilia Samieri, da Universidade de Bordeaux, na França. "O AVC é muito comum em pessoas mais idosas e o azeite seria uma maneira barata e fácil de ajudar a evitar isso."

Consumo de azeite de oliva

Os pesquisadores examinaram os registros médicos de 7.625 pessoas com 65 anos ou mais de três cidades da França: Bordeaux, Dijon e Montpellier. Os participantes não tinham histórico de acidente vascular cerebral.

O consumo de azeite de oliva foi categorizada em "não usa", "uso moderado" (usar o azeite de oliva para cozinhar ou como tempero ou no pão), e "uso intensivo", que incluía os três usos simultaneamente.

Samieri afirma os participantes do estudo utilizaram principalmente azeite extra-virgem, resultado da primeira prensagem a frio das azeitonas.

Depois de considerar a dieta, as atividades físicas, o índice de massa corporal e outros fatores de risco para acidente vascular cerebral, o estudo descobriu que aqueles que usaram o azeite mais intensivamente tinham um risco 41 por cento menor de acidente vascular cerebral em comparação com aqueles que nunca usaram o azeite em sua dieta.

Efeitos diretos e indiretos

O azeite de oliva, que tem propriedades antiinflamatórias, tem sido associado com efeitos potencialmente protetores contra muitos fatores de risco cardiovascular, tais como diabetes, pressão alta, colesterol alto, obesidade.

Neste estudo, não está claro quais os elementos do azeite de oliva servem de proteção - seus efeitos poderiam até mesmo ser indiretos, fazendo outros alimentos saudáveis mais saborosos.

Uma pesquisa anterior, contudo, descobriu os componentes específicos do azeite que atuam na prevenção de Alzheimer.

Somente novos estudos de dietas estritamente controladas esclarecerão essas dúvidas.
Diário da Saúde!!!

Lava-louças estão infectadas com fungos patogênicos!!!


Fungos extremos

Um fungo potencialmente patogênico encontrou um novo lar nas condições extremas de um dos aparelhos domésticos mais comuns atualmente, as lavadoras de louça.

Os pesquisadores descobriram que as lava-louças representam habitats perfeitos para os fungos chamados extremo-tolerantes (extremófilos ou extremofílicos), o que inclui as leveduras negras.

Alguns deles são especialmente perigosos para a saúde humana.

Infecção mundial

Uma característica típica de aparelhos como máquinas de lavar louça, máquinas de lavar e máquinas de café é um ambiente úmido e quente.

No caso das máquinas de lavar louça, altas temperaturas entre 60 º a 80 º C são produzidas de forma intermitente. Além disso, detergentes agressivos e altas concentrações de sal são utilizados em cada ciclo de lavagem.

Os pesquisadores coletaram amostras de fungos potencialmente patogênicos em máquinas de lavar louça de domicílios de 101 cidades em 6 continentes.

62% das máquinas de lavar louça continham fungos na borracha da porta, 56% dos quais incluíam as leveduras poli-extremo-tolerantes Exophiala dermatitidis e E. phaeomuriformis.

Ambas as espécies Exophiala apresentaram tolerância notável ao calor, altas concentrações de sal, detergentes agressivos, e água tanto ácida quanto alcalina.

Esta é uma combinação de propriedades extremas nunca observada anteriormente em fungos.

Fungos e leveduras patogênicos

A Exophiala dermatitidis é raramente encontrada isolada na natureza, mas é frequentemente encontrada como um agente de doença humana, tanto em pessoas debilitadas quanto saudáveis.

Elas são também conhecidas por seu envolvimento na colonização pulmonar de pacientes com fibrose cística e, ocasionalmente, causam infecções fatais em humanos saudáveis.

A invasão de leveduras negras nas residências representa um potencial risco à saúde.

Segundo os cientistas, a descoberta dessa presença generalizada de fungos extremofílicos em alguns dos aparelhos domésticos mais comuns sugere que estes organismos têm passado por um processo evolutivo extraordinário que pode representar um risco significativo para a saúde humana no futuro.
Fin Galligan
Diário da Saúde!!!

O Mito da Abelha Rainha: As mulheres são mesmo chefes ruins!!!

Simplesmente colocar as mulheres em posições mais altas e esperar que elas sirvam como mentoras de carreira para outras mulheres não vai funcionar. [Imagem: Wikimedia/Waugsberg]

Preconceito às avessas

Chefes do sexo feminino têm uma reputação de não serem muito agradáveis.

Algumas apresentam o que é chamado de comportamento de abelha rainha, distanciando-se das outras mulheres e se recusando a ajudar outras mulheres à medida que sobem na hierarquia.

Agora, um novo estudo, que será publicado na próxima edição da revista Psychological Science, concluiu que esse comportamento de fato existe.

Contudo, segundo as cientistas, é errado culpar a mulher por este comportamento: a verdadeira culpa caberia ao ambiente machista das empresas.

Sexismo

Belle Derks e suas colegas da Universidade de Leiden, na Holanda, fizeram uma série de pesquisas sobre como as pessoas respondem ao sexismo.

A partir de suas próprias observações de mulheres no local de trabalho, elas acreditam que as mulheres são frequentemente avaliadas por um padrão diferente daquele dos homens: comportamentos que seriam vistos de forma positiva nos homens, como a competitividade, são vistos negativamente quando as mulheres os adotam.

As pesquisadoras queriam verificar se o comportamento de abelha rainha - negar que a discriminação de gênero seja um problema, por exemplo - pode ser uma resposta às dificuldades de um ambiente dominado pelos homens.

Identidade de gênero

Elas aplicaram um questionário para 63 profissionais seniores nos departamentos de polícia em três cidades holandesas.

Uma das primeiras perguntas versava sobre a importância de sua identidade de gênero no trabalho. Por exemplo, foi-lhes perguntado o quanto elas se identificavam com outras mulheres na força policial.

Metade das participantes foi orientada a escrever sobre um exemplo de uma situação em que elas entendiam que ser mulher era prejudicial para elas no trabalho, elas eram discriminadas, ou ouviram outras pessoas falando negativamente sobre as mulheres.

A outra metade foi orientada a escrever sobre uma situação em que seu sexo não representou problema e que elas foram avaliadas por suas habilidades pessoais.

Então as mulheres foram questionados sobre seu estilo de liderança, quão diferentes elas se sentiam de outras mulheres, e se sentiam que o preconceito de gênero era um problema no seu trabalho.

Comportamento de abelha rainha

As respostas dependeram da força da identidade de gênero de cada uma no trabalho, ou seja, da resposta àquela primeira pergunta.

Aquelas que começaram dizendo que se identificavam pouco com outras mulheres no trabalho responderam como uma autêntica abelha rainha - que possuíam um estilo masculino de liderança, que eram muito diferentes das outras mulheres e que o preconceito de gênero não era um problema.

Aquelas que se identificaram fortemente com seu gênero no trabalho tiveram a resposta oposta - que se preocupavam com o preconceito de gênero e que se sentiam motivadas a ajudar outras mulheres em suas carreiras.

Mulheres no topo

O fato de que apenas algumas mulheres adotam o comportamento de abelha rainha, e somente depois de terem sido induzidas a pensar sobre o preconceito de gênero, sugere que, para as organizações que querem mais mulheres no topo, simplesmente colocar as mulheres em posições mais altas e esperar que elas sirvam como mentoras de carreira para outras mulheres não vai funcionar.

"Se você simplesmente colocar mulheres em posições mais altas sem fazer nada sobre o preconceito de gênero na organização, estas mulheres serão forçadas a se distanciar do seu grupo," afirma Derks.

Elas poderão negar a existência do preconceito de gênero ou evitar ajudar as mulheres abaixo delas na hierarquia.

As pesquisadores concluem ponderando o que seria de se esperar de uma chefe que precisa analisar as oportunidades para todo o grupo: "Algumas mulheres vão escolher outras mulheres. Mas por que elas deveriam escolher dentre seu próprio grupo? Os homens não precisam fazer isso," diz Derks.
Diário da Saúde!!!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Medicalização de crianças transforma modo de ser em doença!!!


Doenças inventadas

O Brasil vive uma epidemia de diagnóstico de transtorno de déficit de atenção, hiperatividade, transtorno de oposição desafiadora, depressão, dislexia e autismo em crianças e adolescentes.

Entre 5% e 17% de crianças encaminhadas para serviços de especialidades médicas recebem uma receita com medicações extremamente perigosas, como psicoestimulantes, antidepressivos e antipsicóticos.

O remédio tomou conta do processo de educação e atribuiu ao organismo da criança a responsabilidade pelo aprendizado.

Foi isto o que mais de 1.200 profissionais da área da saúde e educadores ouviram em duas sessões realizadas no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Medicalização do modo de ser

Segundo o pediatra Ricardo Caraffa, as crianças acabam sendo diagnosticadas muito rapidamente e de forma errônea sem receber nenhum outro tipo de atenção e análise.

Num esforço de reverter esse quadro, foi realizado em São Paulo, no mês de novembro, um fórum sobre o tema.

Cerca de 450 participantes de 27 entidades assinaram um manifesto no qual afirmam que a aprendizagem e os modos de ser e agir têm sido alvos da medicalização, transformando as crianças em consumidores de tratamentos, medicamentos e terapias.

"A venda de medicamentos à base de metilfenidato aumentou 1.000 por cento nos últimos anos. São dois milhões de caixas por ano. Esse número é muito expressivo", explicou Caraffa.

Diferenças pessoais, não doenças

Para a pediatra, professora e pesquisadora da Unicamp, Maria Aparecida Affonso Moysés, existem doenças e problemas de saúde que podem interferir com o desenvolvimento cognitivo e afetivo das pessoas.

Existem pessoas que aprendem com mais facilidade que outras e existem pessoas tranquilas, calmas, apáticas, agitadas, empolgadas e mais agressivas.

E entre os extremos há infinitas possibilidades.

Ainda segundo Moysés, existem diferentes modos de aprender e lidar com que já foi aprendido e cada um estabelece os seus próprios processos cognitivos e mentais para aprender.

"Cada ser humano é diferente do outro. Quais são as evidências científicas que comprovam que doenças biológicas e psiquiatras comprometem exclusivamente a aprendizagem?", questionou a pesquisadora que desenvolve um trabalho juntamente com Cecília Colares, da Faculdade de Educação, sobre déficit de atenção.

Retrocesso

Para a psicóloga da USP Marilene Proença Souza, a criança brinca, faz birra, chora e tenta impor sua vontade.

Mas, hoje em dia, quando ela corre um pouco mais é dita como hiperativa, se fala muito é rotulada de desatenta, e se troca letras no processo de alfabetização - o que é esperado - dizem que ela tem dislexia.

Segundo Marilene, ao diagnosticar a criança com algum distúrbio, a sociedade está deixando de considerar todo o processo de escolarização que produz o não-aprender e o não-comportar-se em sala de aula.

"Do ponto de vista da psicologia da educação, estamos vivendo um retrocesso. Estamos culpando a criança por não aprender e medicando-a. O remédio não pode ocupar o lugar da escola e da família. Se assim for, estamos invertendo valores do campo da saúde, da educação e da psicologia com relação ao desenvolvimento infantil e deixando de usar todos os instrumentos pedagógicos no início do processo de alfabetização", disse Marilene.

Problemas medicalizados já consomem mais recursos do que o câncer
Edimilson Montalti
Diário da Saúde!!!

Cabelos brancos: descoberto mecanismo que faz cabelos perderem a cor!!!


Sinalização Wnt

Um mecanismo molecular conhecido como sinalização Wnt, já conhecido por controlar muitos processos biológicos, pode ser o elemento determinante do embranquecimento dos cabelos.

Um novo estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, mostrou pela primeira vez que a comunicação entre os folículos pilosos e as células-tronco dos melanócitos pode ditar a pigmentação do cabelo.

A via de sinalização Wnt é uma rede de proteínas mais conhecida por seu papel na embriogênese e no câncer, mas também está envolvida em processos fisiológicos normais em adultos.

Cabelos grisalhos

"Sabemos há décadas que as células-tronco do folículo piloso e dos melanócitos, células produtoras de pigmento, colaboram para dar cores aos cabelos, mas as razões por trás disso eram desconhecidas," explica a Dra. Mayumi Ito, coordenadora da pesquisa.

"Nós descobrimos que a sinalização Wnt é essencial para coordenar as ações destas duas linhagens de células-tronco e crítica para a pigmentação do cabelo," afirma.

O estudo sugere que a manipulação da via de sinalização Wnt pode ser uma nova estratégia para lidar com a pigmentação dos cabelos, quando estes começam a ficar grisalhos.

Como os cabelos ficam brancos

Usando modelos animais geneticamente modificados, os pesquisadores foram capazes de examinar como as vias de sinalização Wnt permitem que as células-tronco dos folículos pilosos e as células-tronco dos melanócitos trabalham em conjunto para gerar o crescimento do cabelo e produzir a cor do cabelo.

A pesquisa também mostrou que a sinalização Wnt deficiente nas células-tronco do folículo piloso não apenas inibe o re-crescimento do cabelo, mas também impede a ativação das células-tronco dos melanócitos necessária para produzir a cor do cabelo.

A falta ativação da Wnt nas células-tronco dos melanócitos leva à despigmentação do cabelo, que torna grisalho e, finalmente, branco.

Regeneração de tecidos

A pesquisa também ilustra um modelo para a regeneração de tecidos.

"O corpo humano tem muitos tipos de células-tronco que têm o potencial para regenerar outros órgãos," disse Ito. "Os métodos por trás de comunicação entre as células-tronco do cabelo e da cor durante a reposição do cabelo podem dar-nos pistas importantes para regenerar órgãos complexos contendo muitos tipos diferentes de células."
Diário da Saúde!!!

Bactérias do intestino influenciam química cerebral e comportamento!!!


Do intestino ao cérebro

Cientistas da Universidade McMaster, no Canadá, afirmam ter encontrado provas conclusivas de que as bactérias que residem no intestino influenciam a química cerebral e o comportamento humano.

Os resultados são importantes porque vários tipos de doença gastrointestinais, incluindo a síndrome do intestino irritável, são frequentemente associados com a ansiedade ou com a depressão.

Além disso, tem havido especulações de que alguns transtornos psiquiátricos, como o autismo de início tardio, pode ser associado com um teor anormal de bactérias no intestino.

Importância das bactérias do intestino

O intestino de cada um de nós é o lar de cerca de 1.000 trilhões de bactérias, com as quais vivemos em harmonia.

Essas bactérias desempenham uma série de funções vitais para a nossa saúde: elas protegem contra infecções, capturam energia da nossa alimentação e fornecem alimento para as células do intestino.

Qualquer interrupção nessa simbiose pode resultar em condições potencialmente fatais, como a colite induzida por antibióticos pela infecção com a "superbactéria" Clostridium difficile.

Antibióticos

Os pesquisadores demonstraram que danos causados ao conteúdo bacteriano normal do intestino, por meio da aplicação de antibióticos, produzem alterações no comportamento.

Essa mudança foi acompanhada por um aumento do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF: brain derived neurotrophic factor), que tem sido associado com a depressão e com a ansiedade.

Quando os antibióticos orais foram interrompidos, as bactérias no intestino voltaram ao normal.

"Isto foi acompanhado pela restauração do comportamento normal e pela normalização da química do cérebro", disse o Dr. Stephen Collins, coordenador da pesquisa.

Comportamento ativo e passivo

Para confirmar que as bactérias podem influenciar o comportamento, os pesquisadores criaram camundongos em isolamento - livres de quaisquer germes - e inseriram neles bactérias retiradas de animais com padrões anormais de comportamento.

Eles descobriram que, quando os animais livres de germes com uma herança genética associada com um comportamento passivo foram colonizados com bactérias de animais com um comportamento mais exploratório, eles se tornaram mais ativos e ousados.

Da mesma forma, os animais normalmente ativos tornaram-se mais passivos depois de terem recebido as bactérias dos camundongos cuja genética de fundo está associada com o comportamento passivo.

Influência das bactérias

Collins afirmou que essa pesquisa indica que, embora muitos fatores determinem o comportamento, a natureza e a estabilidade das bactérias no intestino parecem influenciar o comportamento, e qualquer perturbação, seja por antibióticos ou por infecção, pode produzir mudanças no comportamento.

Pesquisas anteriores haviam se concentrado sobre o papel que as bactérias desempenham no desenvolvimento do cérebro no início da vida. Neste trabalho, a atenção se voltou para o estudo de animais adultos.
Diário da Saúde!!!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Nanotubos fluorescentes simulam transparência de animal vivo!!!

A nova técnica alcança vários centímetros com grande precisão - e centímetros, no caso do corpo de um camundongo, significa praticamente ter uma imagem tridimensional de todo o seu interior, quase como se ele fosse transparente.[Imagem: PNAS]

Transparência simulada

Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, criaram uma nova técnica de imageamento que usa nanotubos de carbono fluorescentes para enxergar dentro do corpo de um animal vivo.

Permitindo enxergar até vários centímetros dentro do corpo de um animal de laboratório, a técnica tem um impacto direto no desenvolvimento de novos medicamentos.

Uma fase essencial nas pesquisas de novos medicamentos envolve o teste dos candidatos a fármacos em animais. E, para ver os efeitos dessas drogas é essencial ver o comportamento dos órgãos dos animais vivos.

As técnicas atuais usam contrastes que produzem imagens com profundidade na casa dos milímetros.

A nova técnica alcança vários centímetros com grande precisão - e centímetros, no caso do corpo de um camundongo, significa praticamente ter uma imagem tridimensional de todo o seu interior, quase como se ele fosse transparente.

Rastreador de medicamentos

"Nós já usamos nanotubos de carbono similares para transportar medicamentos para tratar câncer nos testes com animais de laboratório, mas é necessário saber onde o medicamento realmente chegou, certo?" explica o Dr. Hongjie Dai, coordenador da pesquisa.

"Com os nanotubos fluorescentes, nós podemos despachar os medicamentos e gerar imagens simultaneamente, em tempo real, para avaliar a precisão da droga em atingir seu alvo," explica.

Depois de injetados na corrente sanguínea, os nanotubos fluorescem sob a ação da luz de um laser de baixa potência dirigido sobre o animal. Os raios re-emitidos, na faixa do infravermelho próximo, são capturados por um sensor especial.

A vantagem em relação aos contrastes atuais está justamente nessa frequência de fluorescência. Os tecidos biológicos fluorescem naturalmente em um comprimento de onda de 900 nanômetros, que é a mesma faixa dos corantes fluorescentes orgânicos biocompatíveis.

Isso significa que a imagem gerada tem uma fluorescência de fundo, gerada pelos próprios tecidos, que torna a imagem borrada e de pouco uso quando se necessita de alta precisão.

Os nanotubos usados pela equipe fluorescem entre 1.000 e 1.400 nanômetros, praticamente eliminando esse "ruído de fundo".

Parece transparente

A imagem recebe um pós-tratamento em computador, por meio de uma técnica chamada análise de componente principal, que permite um mapeamento muito preciso dos órgãos internos do animal separando as pequenas diferenças de fluorescência entre nanotubos com diversas propriedades, que são misturados na injeção.

"Quando você olha para essas imagens, parece que o animal adquiriu uma espécie de transparência," diz Dai.

Como a medicação está agregada aos nanotubos, a imagem mostra exatamente onde o medicamento está atuando, acelerando muito as pesquisas.

Bibliografia:

Deep-tissue anatomical imaging of mice using carbon nanotube fluorophores in the second near-infrared window
Kevin Welsher, Sarah P. Sherlock, Hongjie Dai
Proceedings of the National Academy of Sciences
Vol.: 108 (22) 8943-8948
DOI: 10.1073/pnas.1014501108
Inovação Tecnológica

Laser vivo: célula humana emite raios laser!!!

O laser biológico será útil para a criação de interfaces entre a eletrônica e os organismos biológicos, incluindo as próteses inteligentes, as interfaces neurais e os exoesqueletos. [Imagem: Gather/Yun]

Cientistas criaram um laser vivo, dando a uma célula humana a capacidade para emitir luz laser.

Embora encontrando cada vez mais usos na área da saúde, a emissão dos raios laser sempre esteve associada com materiais inertes, como cristais, espelhos e lentes.

Agora, pela primeira vez, cientistas demonstraram que um organismo biológico é capaz de emitir laser.

Laser vivo

Malte Gather e Seok Hyun Yun, trabalhando juntos no Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, modificaram geneticamente uma célula para que ela expressasse a proteína fluorescente verde, a chamada GFP (Green Fluorescent Protein).

A luz emitida por essa proteína é não-coerente - como a luz de uma lâmpada. Mas os cientistas transformaram-na na base para a geração da luz laser a partir da célula onde ela está implantada.

O isolamento da GFP valeu o Prêmio Nobel de Química de 2008 aos cientistas que trabalharam para que ela se tornasse um instrumento incomparável nas pesquisas biológicas e médicas e uma das principais ferramentas da engenharia genética.

Massa cinzenta cerebral fotografada em cores
Os dois pesquisadores agora usaram essa proteína para amplificar os fótons, transformando uma única célula em uma fonte de laser, que emite pulsos com duração de alguns nanossegundos cada um.

Os lasers pulsados são importantes em aplicações que vão dos vídeos holográficos à destruição de vírus no sangue, embora ainda não esteja claro se o laser vivo poderá ter utilidade tão ampla.

O laser celular foi montado colocando uma única célula em uma microcavidade composta por dois espelhos altamente reflexivos, espaçados por 20 milionésimos de metro. [Imagem: Gather/Yun]
Laser biológico

Os dois pesquisadores montaram um dispositivo composto de um cilindro de 2,5 centímetros de comprimento, com espelhos em cada uma das extremidades, preenchido com uma solução de GFP em água.

Depois de confirmarem de que a solução de GFP é capaz de amplificar uma energia de entrada - um outro laser de luz azul - para produzir seus próprios pulsos de luz laser, os pesquisadores estimaram a concentração de GFP necessária para produzir o efeito laser.

O passo seguinte foi desenvolver uma linhagem de células humanas expressando a GFP nos níveis necessários - os cientistas usaram células embrionárias do rim humano.

O laser celular foi montado colocando uma única célula expressando a GFP - com um diâmetro entre 15 e 20 milionésimos de metro - em uma microcavidade composta por dois espelhos altamente reflexivos, espaçados por 20 milionésimos de metro.

Uma descoberta inesperada foi que o próprio formato circular da célula funcionou como uma lente, focalizando a luz e induzindo a emissão de luz laser em níveis de energia mais baixos do que aqueles do dispositivo inicial baseado na solução de GFP.

Curiosidade de cientista

"Desde que foram desenvolvidos cerca de 50 anos atrás, os lasers têm sido construídos com materiais tais como cristais, corantes e gases purificados como meio de ganho óptico, dentro dos quais pulsos de fótons são amplificados enquanto refletem-se continuamente entre dois espelhos", comenta Yun. "O nosso trabalho é o primeiro relato de um laser biológico baseado em uma única célula viva."

Para seu colega Malte Gather, o grande motivador da pesquisa foi a curiosidade científica de saber se o laser era algo absolutamente artificial ou se essa emissão coerente de luz poderia ser feita no interior de organismos vivos.

A GFP - que é uma proteína encontrada originalmente em algumas espécies de medusa - mostrou-se interessante para a pesquisa porque ela pode ser induzida a emitir luz sem que seja necessário usar enzimas adicionais.
Uma descoberta inesperada foi que o próprio formato circular da célula funcionou como uma lente, diminuindo o nível de energia necessário para emissão do laser. [Imagem: Gather/Yun]
Terapias fotodinâmicas

As células usadas no laser biológico sobreviveram ao processo de produção da luz laser, chegando a produzir centenas de pulsos.

"Embora os pulsos individuais de laser durem apenas alguns nanossegundos, eles são brilhantes o suficiente para serem facilmente detectados, com informações úteis que podem representar formas totalmente novas de analisar as propriedades de um grande número de células de forma quase instantânea", afirma Yun.

A possibilidade de gerar laser a partir de uma fonte totalmente biológica poderá dar um novo impulso às promissoras terapias fotodinâmicas - uma das mais eficientes, por exemplo, para a eliminação do câncer de pele.

Comunicação óptica celular

"Um dos nossos objetivos a longo prazo será encontrar formas de levar as comunicações ópticas e a computação, feitas atualmente com dispositivos eletrônicos inertes, para a esfera da biotecnologia," acrescenta Gather.

Isto poderá ser particularmente útil para a criação de interfaces entre a eletrônica e os organismos biológicos, o que inclui as próteses inteligentes, as interfaces neurais e os exoesqueletos.

O próximo passo da pesquisa será tentar implantar os espelhos dentro da própria célula, criando um laser biológico autocontido e totalmente portável.

Bibliografia:

Single-cell biological lasers
Malte C. Gather, Seok Hyun Yun
Nature Photonics
12 June 2011
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nphoton.2011.99

Redação Inovação Tecnológica

Estudo explica ganho de peso em quem pára de fumar!!!


Cigarro e perda de peso

De um lado, é comum ver pessoas que engordaram após largar o cigarro - ou que dizem continuar a fumar para não ganhar peso.

No lado oposto, os fumantes costumam morrer mais cedo - e mais magros.

Agora, uma nova pesquisa, publicada na revista Science destaca a relação entre fumo e peso.

"Fumar não implica ficar magro, mas muitas pessoas dizem que não param de fumar por medo de ganhar peso. Nosso objetivo é ajudar as pessoas a manter seu peso após largar o cigarro e, eventualmente, ajudar também aos não fumantes que lutam contra a obesidade", disse Marina Picciotto, da Universidade de Yale (EUA).

Sem nova dependência

O trabalho, que reuniu cientistas dos Estados Unidos e do Canadá, indica que a nicotina realmente diminui o apetite, e o faz por meio da ativação de um grupo específico de neurônios no cérebro.

Embora o fumo continue como uma das principais causas de mortalidade em todo o mundo, o novo estudo levanta a possibilidade de desenvolver tratamentos com base na nicotina para ajudar pessoas a parar de fumar e, ao mesmo tempo, evitar a obesidade e distúrbios metabólicos.

Desde, é claro, que estudos mais detalhados não demonstrem dependência de qualquer medicamento desenvolvido para esse fim.

Mas a pesquisa está longe de propor fármacos para essa finalidade, tratando-se mais de um entendimento básico do funcionamento do mecanismo biológico.

Receptores cerebrais

Os cientistas realizaram em camundongos experimentos variados, entre os quais moleculares, farmacológicos, eletrofisiológicos, genéticos e comportamentais.

O grupo descobriu que a nicotina ativa um conjunto específico de circuitos nervosos centrais, conhecidos como receptores de melanocortina do hipotálamo.

Esses receptores, por sua vez, aumentam a atividade dos neurônios chamados de POMC (pró-opiomelanocortina) e de uma série de receptores de melanocortina 4.

Ou seja, a nicotina ativa células que sinalizam ao corpo que o indivíduo já comeu o suficiente.
Com informações da Agência Fapesp
Diário da Saúde!!!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Que tal uma poesia de insonidos!!!


Sem rumor,sem ruídos o som que preenche
todos os sentidos o som do Amor!!!

insonidos.blogspot.com

Charles o poeta Reciclador!!!

Fiocruz lança exame que detecta HIV em 20 minutos!!!


Além de substituir com vantagens o exame utilizado atualmente, o novo teste rápido para HIV tem custo cinco vezes menor.[Imagem: Fiocruz]

Exame rápido

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz), responsável pela produção de vacinas, reativos e biofármacos, desenvolveu um exame que comprova o diagnóstico do HIV em cerca de 20 minutos.

Atualmente, a espera pela confirmação pode chegar a um mês.

O teste confirmatório imunoblot rápido DPP® HIV 1/2 será distribuído pelo Ministério da Saúde na rede pública a partir do segundo semestre de 2011.

Com margem mínima de erro, o kit garante vários benefícios aos portadores da doença, que vão da agilidade no diagnóstico ao desempenho em termos de sensibilidade e especificidade.

Teste rápido para Aids

A Biomanguinhos investiu em soluções inovadoras que representam grande avanço no diagnóstico da doença, como o teste rápido, cujas versões anteriores são produzidas desde 2004.

O novo teste confirmatório, além de substituir com vantagens o utilizado atualmente - que leva, no mínimo, um dia para fornecer o resultado -, tem custo cinco vezes menor.

O gerente do Programa de Desenvolvimento de Reativos da Biomanguinhos, Antônio Ferreira, ressalta que, quanto mais rápido se tem o diagnóstico, melhor pode ser o tratamento do soropositivo.

"A tendência é, com o tempo, desenvolvermos testes ainda melhores, com resultados ainda mais rápidos, o que ajuda no tratamento", explica.

Diagnóstico e prevenção de doenças

Os produtos para diagnóstico desenvolvidos pela Biomanguinhos atendem aos programas de controle de endemias e agravos da Secretaria de Vigilância em Saúde e do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do MS.

Os kits de reativos para diagnóstico ampliam o acesso da população a exames e contribui para a detecção precoce de doenças como Chagas, leptospirose, leishmaniose canina, HIV, esquistossomose e outras enfermidades parasitárias.

Oferecem também algumas vantagens sobre os ensaios convencionais, como nível de sensibilidade de 10 a 50 vezes maior, uso de volumes mínimos de amostra e adaptação a diferentes tipos de fluidos corporais como sangue, soro, plasma, saliva, fezes e urina.

Aids no Brasil

A Aids, doença que se manifesta após a infecção do organismo pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), foi identificada no Brasil há quase 30 anos. O primeiro caso foi registrado em 1982, em São Paulo.

Segundo dados do MS, em 1987 havia 2.775 casos da doença no país. Nesse contexto, uma equipe de pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), coordenada pelo imunologista Bernardo Galvão, isolou pela primeira vez na América Latina o vírus HIV-1, dando visibilidade à pesquisa da Fundação.

Após mais de duas décadas, o programa nacional é referência mundial e distribui gratuitamente preservativos e medicamentos à população brasileira.

Segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que 630 mil pessoas estejam vivendo com HIV/Aids no Brasil, atualmente. Em 85% dos municípios haveria pelo menos um caso.
Diário da Saúde!!!

Estetoscópio digital detecta doenças do coração mais cedo!!!

O estetoscópio inteligente, também chamado de "ouvido digital", mostra seus resultados na forma de gráficos intuitivos na tela de um computador ou tablet. [Imagem: EPSRC]

Processamento de sons

Uma tecnologia inovadora de processamento de sons está contribuindo para o desenvolvimento de um estetoscópio digital
revolucionário.

Além de revelar sinais de doenças cardíacas para não-especialistas, o novo aparelho poderá tornar mais fácil para os médicos detectarem os primeiros sinais das doenças cardíacas.

A tecnologia baseada em computador é um algoritmo que sincroniza os vários sons que compõem um batimento cardíaco humano.

Sons do coração

O novo estetoscópio digital captura os quatro sons (frequências) que compõem um batimento cardíaco, um após outro, e os condensa em um som único.

Esse som integrado pode então ser analisado através de uma técnica chamada ICA (independent component analysis - análise de componentes independentes ) Apesar do nome, a técnica só funciona quando as diversas frequências estão integradas em um som único.

Essa tecnologia de sincronização dos sons, desenvolvida por cientistas da Universidade de Londres, no Reino Unido, tem um papel fundamental para que o estetoscópio consiga mostrar seus resultados de forma integrada e intuitiva.

Estetoscópio digital inteligente

O "ouvido digital" mostra seus resultados na forma de gráficos intuitivos na tela de um computador.

Esses gráficos fornecem uma representação visual dos batimentos cardíacos, mostrando qualquer anomalia presente.

Atualmente, essas anomalias podem ser perdidas por médicos que não são especialistas em cardiologia e não têm o treino de ouvido necessário para detectar mudanças muito sutis.

O projeto do estetoscópio digital inteligente é fruto de uma colaboração internacional liderada pela Universidade do Porto e pelo Centro Hospitalar Alto Ave, ambos em Portugal.
Diário da Saúde!!!

USP desenvolve novo protetor solar usando terras raras!!!

Os pesquisadores brasileiros descobriram uma nova forma de produzir nanopartículas de cério, um metal da família das terras raras.[Imagem: Wikimedia]

Protetor solar sério

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) sintetizaram um novo filtro solar, à base de fosfato de cério, que pode substituir com muito mais eficácia os filtros já utilizados que são produzidos a partir de óxidos de zinco e titânio.

A capacidade do cério de absorver a radiação ultravioleta, segundo os pesquisadores, já é conhecida pela comunidade científica - o óxido de cério já é utilizado em filtros solares que estão no mercado.

Já o fosfato de cério estudado pela equipe brasileira é menos fotocatalítico quando exposto à luz solar, aumentando a proteção.

Raios ultravioleta

"A pesquisa experimentou o uso de fosfato de cério como protetor solar e simplificou o processo de obtenção de suas nanopartículas por um processo mais simples", conta Juliana Fonseca de Lima, uma das autoras do estudo.

Além disso, afirma a pesquisadora, foram realizados estudos de reflectância difusa, que mede a absorção dos raios ultravioleta (UV) pelo fosfato de cério, e de atividade fotocatalítica, que avalia as modificações físicas e químicas da matéria na presença de luz e oxigênio.

"Os resultados mostraram que o fosfato de cério apresenta alta absorção na região do UV e na avaliação do seu comportamento na presença de óleo, calor, fluxo de ar, presença de luz e agitação constatou-se que o óleo é menos degradado quando comparado aos óxidos de zinco e cério," disse Juliana

A cientista afirma que ficou evidenciada a maior eficácia do fosfato de cério na proteção solar, pois ele é menos fotocatalítico quando exposto à luz.

Inconvenientes dos protetores solares

Segundo ela, até o momento, os óxidos de zinco e titânio têm sido usados como filtros UV inorgânicos.

Entretanto, eles apresentam dois grandes inconvenientes.

O primeiro é que ambos manifestam elevada atividade fotocatalítica quando expostas à luz, que podem levar à fotodegradação do meio orgânico onde estão, como, por exemplo, nos cosméticos. Ou seja, eles facilitam a geração de espécies reativas que são responsáveis pela degradação do meio orgânico.

O segundo inconveniente é que esses óxidos foram otimizados para serem usados como pigmentos brancos - é por isso que eles apresentam elevado índice de reflectância difusa na região visível do espectro eletromagnético.

As primeiras formulações contendo fosfato de cério estão em fase de desenvolvimento com um laboratório químico do Rio de Janeiro.

Cério

Juliana explica que o cério é um elemento químico pertencente ao grupo dos Lantanídeos e foi descoberto por Mosander, em 1839. Seu nome é atribuído em homenagem ao asteroide Ceres.

"O cério é a terra rara (TR) mais abundante na crosta terrestre e os minerais monazita e bastanasita possuem maior quantidade de cério, 44% e 49,8%, respectivamente. O fosfato de cério é encontrado em abundância no Brasil, na praia da areia preta em Guarapari, no Espírito Santo," explica.

Os compostos de cério são usados como componentes na fabricação de equipamentos de iluminação para a indústria cinematográfica, aplicações nucleares e metalúrgicas, catalisadores, fabricação de vidro, por exemplo.

"Os fosfatos de cério são de grande interesse devido ao seu alto ponto de fusão, baixa solubilidade e alta estabilidade química", aponta Juliana.

Os pesquisadores comemoram o fato de a invenção poder ser utilizada em diversas formulações como loções, sprays, pomadas, géis, emulsões, e em produtos para cuidado dos cabelos como xampus, condicionadores, relaxadores, clareadores, desembaraçadores, gel modelador, gel fixador, espumas na forma de spray, cremes modeladores, mousses, preparações para tingimento dos cabelos, temporárias ou permanentes.

Também pode ser adotada em produtos para cuidados da pele como cremes de barbear, loções pós-barba, cremes, sabonetes líquidos, sabonetes em barra, e produtos para cuidados com as unhas, como esmaltes.
Diário da Saúde!!!
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Como a beleza de um coração a escorrer, você e o mais belo amor que Deus fez para viver.

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A Saúde é como a cachoeira a deslizar, temos que cuidar prevenir, vigiar, viverá bem é longo.